Jornalista Andrade Junior

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

POLICIAL MORTA ESCANCARA HIPOCRISIA DE CERTOS DEFENSORES DE DIREITOS HUMANOS

 Percival Puggina

            FOTO ANDRADE JUNIOR
Leio no Correio do Povo

Uma policial militar do 23º BPM morreu na tarde desta segunda-feira, no município de Sério, no Vale do Taquari, atropelada por um veículo que tentou fugir de uma barreira policial no interior do município. A soldada Marciele Renata dos Santos Alves, 28, atuava na força tática da BM de Santa Cruz do Sul e participava de uma operação para capturar suspeitos de roubos de camionetes, no fim de semana, em Venâncio Aires. Ela chegou a ser levada a um hospital da cidade, mas não resistiu aos ferimentos. De acordo com a BM, durante o confronto, pelo menos três criminosos morreram e um ficou ferido.

Comento
 Numa leitura dos fatos seríamos levados a concluir que Marciele é personagem errada dessa curta história. Mulher, negra, morta por uma viatura conduzida por homens compõe um quadro narrativo que abriria para ela ruidoso reconhecimento dos grupos feministas e de direitos humanos. Mas sua história perde o interesse quando os responsáveis por sua morte integram o mundo do crime, coadjuvante da ruptura da ordem e agente colateral da revolução social. Ademais, Marciele, mulher, negra, morta, era policial, operava nas hostes inimigas, defendia a sociedade, combatia o crime e promovia a quase inútil contenção da criminalidade. Então, tais grupos a ignoram e nada têm a dizer sobre ela.
 Não é preciso muita experiência de vida, nestes anos de tanta insegurança, para intuir que integrantes dos dois grupos criminosos que agiam na região de Sério (RS) já tiveram outrosencontros com a polícia e com a Justiça. Ninguém entra no mundo do crime dando tiro em policial. Mãos “benévolas”, porém, dizendo-se atadas pela lei, abriram-lhe as portas da liberdade para o exercício irrestrito daquele direto de ir e vir com que Marco Aurélio Mello justifica muitos dos habeas corpus concedidos. E assim, pelas mãos da “Justiça”, eles voltam às ruas para pôr em risco a vida e o patrimônio dos cidadãos e a vida dos policiais. Não tenho como verificar, mas é possível que essa seja num sentido remoto, a causa mortis da jovem PM. Ela talvez tenha morrido porque quem a matou deveria estar preso e não está.
Minha solidariedade aos familiares de Marciele Renata dos Santos Alves, bem como à nossa valente e honrada Brigada Militar.
 











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