Jornalista Andrade Junior

sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Desemprego diminui a receita do INSS e aumenta a favelização das cidades

Pedro do Coutto

Reportagem de Antônio Werneck, edição de ontem de O Globo, destaca o fato de 300 mil pessoas no estado do Rio de Janeiro habitarem em milhares de áreas de risco sujeitas a problemas de todo o tipo, sobretudo quando desabam os temporais de verão. Nessas áreas de risco há referências á áreas do Rio, cada vez mais favelizadas, sem rede de esgoto e abastecimento de água potável. Aliás, é mais que sensível o crescimento das favelas cariocas. Basta olhar de longe a ocupação de áreas que não apresentam condições básica de sustentabilidade, especialmente aquelas implantadas quase nas pedras dos morros.
Basta comparar as fotografias de qualquer época e as que forem feitas hoje para se verificar o crescimento acelerado de habitações à primeira vista expostas aos problemas da natureza, da higiene, do saneamento, enfim das condições mínimas para que sejam construídas, dentre elas as mais expostas às tempestades.
RAÍZES PROFUNDAS – A favelização não surgiu do nada. Ao contrário, tem raízes profundas, a começar pelo desemprego, pela baixa renda e pela mobilidade que o transporte, mesmo ruim, oferece para as idas diárias aos empregos. Mas mencionei o desemprego como uma das causas. Nesse ponto, cito reportagem de Douglas Gavras, em O Estado de São Paulo também de ontem, que, com base em estudos da Fundação Getúlio Vargas, do IPEA e do Focus, boletim do Banco Central, que têm ideias convergentes sobre a crise do emprego, não só no Rio mas em todo o país.
A três entidades assinalam que de 2012 a 2018 o desemprego cresceu de 7,4% para 12,2% da mão de obra ativa brasileira. Portanto os 12% de hoje recaem sobre os 100 milhões de empregados que formam essa mão de obra ativa, correspondendo à metade da população do país.
RETOMAR O CRESCIMENTO – Banco Central, IPEA e FGV concordam que para reduzir o desemprego de 12 para 7%, serão necessários 10 anos, desde que haja crescimento da economia a ser observado no Produto Interno Bruto. Portanto, o crescimento da economia pode ser previsto através de uma taxa lenta e gradual de recuperação. Foi a esse ponto que as políticas públicas dos últimos 15 anos conduziram o país implantando uma nova realidade muito negativa.
Estamos assim face a face com uma situação que vai exigir investimentos em larga escala, sobretudo visando o ser humano.

Previdência, favelização e desemprego formam o tríplice desafio para o próximo governo. Bolsonaro assume semana que vem.
















































extraídaetribunadainternet

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