Depois
de matar 100 milhões de pessoas, a tática agora é enfiar ideologia em
lugar impróprio. E com a arma mais perigosa e de fácil manuseio: a
mulher mal amada.
“Sexo anal contra o capital”, dizia uma das centenas de frases pintadas nos corpos de mulheres semi-nuas que protestavam contra o “machismo e a homofobia”, contra a sexualização da mulher e o uso de seus corpos como objetos de consumo pelo capitalismo. A frase que estampou a foto divulgada pelo Diário Catarinense em sua página no Facebook ontem à tarde (25/05/13) trouxe indignação e debates acalorados nos comentários. Foi impossível não perceber a aversão que aquela imagem causou na maioria dos internautas. No entanto, surge a pergunta: quem ainda é a favor das vadias?
“Tirem seu rosário da minha vagina”, dizia outra frase claramente direcionada à Igreja Católica. Aborto, homossexualismo e uma certa liberação sexual eram os motes da manifestação.
O protesto foi iniciado na Catedral Metropolitana a partir das 10 horas da manhã de ontem, onde permaneceram até às 12h, pintando o corpo e fazendo os seus cartazes ao som de funk. Mulheres com os seios à mostra, homens vestindo calcinhas e expondo frases feministas nos corpos, todos aparentemente estudantes universitários, confirmando o que todos já estão cansados de saber: a classe universitária, especialmente dos cursos de humanas, cava fundo em direção a mais profunda degradação moral.
Diante de tudo isso, Lucas Coral, estudante de administração que assistia a tudo aquilo estarrecido, tentava falar com o padre. “Enquanto eu o tentava convencer a reagir e pregar contra essas coisas – principalmente contra o aborto – o padre, do alto de sua pusilanimidade, tentava me convencer a aceitar a modernidade, os tempos e as coisas do mundo”, conta Lucas. O grupo ficou em frente à Catedral por três horas aparentemente sentindo-se muito a vontade e sem ser incomodados, quando então partiram em direção da Igreja Universal do Reino de Deus, na rua Mauro Ramos, talvez em busca de mais agitação.
Mas na IURD não permaneceram por mais de 10 minutos, pois o pastor logo chamou a polícia. Segundo o pastor, saíram quando viram a polícia chegar.
A desinformação dos fiéis sobre este tipo de militância que os afronta, em ambas as igrejas, é evidente e aberrante. “Eles não sabem o que é Pussy Riot, Femen, ateísmo militante, comunismo, revolução…”, diz Lucas.
A contradição inerente à ideia de protestar contra o machismo e a homofobia através da nudez das mulheres e de imagens que choquem as famílias não parece incomodar os manifestantes e muito menos os alvos da manifestação, religiosos e religiosas que preferem a cômoda posição de acompanhantes do mundo, pacifistas incondicionais, mornos filisteus.
Enquanto silenciam diante do “sexo anal contra o capital”, seus filhos e filhas, nascidos e não nascidos, aguardam uma atitude que os defenda da obrigatoriedade futura da aceitação, da tolerância diante do imoral e de tudo o que há de maligno. Não é ideia do marxismo. Sodoma e Gomorra foi a antecipação de Marx. Bons tempos em que o marxismo só chegava a nós por via educacional ou midiática. Para quem o assassinato de 100 milhões de pessoas não foi suficiente para mostrar o que é o marxismo, talvez o seja a ideologia por via anal.
Veja a foto:
Nenhuma tolerância há na Marcha das Vadias, isso é certo. Nenhum respeito muito embora a Igreja os trate com um respeito reverente. A tolerância, dizia Chesterton, é o que sobra depois que todos os valores morais já se foram, já foram ignorados e deixados de lado. Quando tudo se desmorona em imoralidade e crueldade, quando nenhuma ação ou reação mais é possível, então entra em cena a tolerância, única saída que resta dos amarrados, aprisionados. Mas ninguém está amarrado, aprisionado pelo mundo. Presos devemos estar à verdade.
Quem não luta pela verdade, perde-se escravo da mentira e da tibieza de espírito.
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"Sexo anal contra o capital", escrito nas costas duma gorda semi-nua em frente à Igreja foi o que sobrou da utopia socialista? Depois de matar 100 milhões de pessoas, a tática agora é enfiar ideologia em lugar impróprio. E com a arma mais perigosa e de fácil manuseio: a mulher mal amada.
Cristian Derosa é jornalista.
Publicado no blog da Juventude Conservadora da UFSC.
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