TEXTO QUE RECEBI VIA E-MAIL, DE AUTORIA DE ROBERTO FREIRE, DEPUTADO FEDERAL E QUE DIVIDO COM OS AMIGOS LEITORES DO BLOG.
A descoberta de
uma bilionária fraude contábil levou o grupo Silvio Santos a fazer um aporte de
R$ 2,5 bilhões no Banco Pan-Americano, que tem como sócia minoritária a Caixa
Econômica Federal.
O dinheiro que propiciou
a cobertura do rombo foi obtido por meio de um empréstimo ao Fundo Garantidor
de Crédito (FGC), criado em 1995 com objetivo de proteger os depósitos dos
clientes do sistema financeiro no país.
Hoje se sabe
que esse rombo é resultado de ativos e créditos fictícios registrados por
diretores do Pan-Americano visando inflar os resultados e, suspeita-se,
melhorar os bônus dos executivos.
O que não se
sabia é o que levou o governo federal a entrar nessa história, por meio da
Caixa Econômica Federal, que pouco antes de se constatar um rombo bilionário,
pagou mais de R$ 500 milhões por uma parte do Pan-Americano de um banco podre. Mas,
recentemente, como em um romance policial de péssima categoria, raios de luz
começam a iluminar a trama.
Uma doação
de R$ 500 mil do Banco Pan-Americano para Lula em 2006 foi descoberta por acaso
e vem a público cinco anos depois. O repasse foi mantido em
sigilo por todo este tempo porque o banco usou empresas de seus dirigentes para
disfarçar a origem das contribuições.
Segundo um
relatório feito por auditores que examinaram os livros do banco no início deste
ano, sete empresas foram usadas para repassar recursos da administradora de
cartões de crédito do Pan-Americano para o PT. A operação só foi descoberta
agora em março, depois que o banco BTG Pactual assumiu o controle do
Pan-Americano e seus auditores começaram a analisar o que os antigos
proprietários tinham feito na instituição.
Como é seu
dever, a PF abriu inquérito para investigar suspeitas de ocorrência de crimes
eleitorais.
Coincidências à
parte, o fato é que durante a campanha de 2010, enquanto fazia uma passeata na
Zona Oeste do Rio de Janeiro, há menos de uma semana para o fim da campanha,
José Serra foi intimidado por um grupo de militantes do PT que lhe encurralou e
lhe jogou objetos, um deles acertou a cabeça do candidato.
Tal
incidente ganhou uma versão estapafúrdia na rede de televisão de Silvio Santos,
o SBT, que dedicou horas de seu noticiário para tentar minimizar o fato e
desmoralizar o candidato, que, na época, concorria com a presidente Dilma,
afilhada política de Lula. A versão apresentada pelos jornais do SBT
visava mostrar que Serra não havia sido atingido por objeto capaz de causar
qualquer dano e sim por uma bolinha de papel.
O que não se
sabia, à época, era a estreita ligação entre o governo do PT e o SBT e que a
versão da bolinha de papel guardava uma concordância profunda e silenciosa
entre a empresa de comunicação e o governo do PT na busca de ridicularizar e
denegrir a imagem de seus opositores.
Passadas as
eleições, podemos melhor aquilatar o custo para a sociedade brasileira daquela
famosa bolinha de papel, e quanto foi lucrativo para os diretores do
Pan-Americano ajudar Lula seu partido. Mesmo com pontos obscuros,
ainda sobre o manto negro dos negócios escusos, mais uma vez o nome e a
impávida figura do ex-presidente Lula aparece em um negócio mal-explicado,
cheio de reentrâncias, voltas e labirintos, típico da forma petista de
governar.
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