Jornalista Andrade Junior

quinta-feira, 26 de julho de 2012

"DESFIZ A MACUMBA"

Pai de santo revela que ajudou Collor a ser senador e que sacrificou 400 búfalos para o ex-presidente


Além dos rituais de magia negra comandados por uma feiticeira na Casa da Dinda, na década de 90, Fernando Collor também contou com outros serviços de cunho espiritual para limpar seu caminho na política. Em entrevista à revista Isto É, o pai de santo Ralf Genary revelou que foi procurado por Collor após o impeachment e chegou a sacrificar 400 búfalos em trabalhos para o ex-presidente.
- Desfiz a macumba que derrubou ele da Presidência, impedi seu suicídio, consegui a absolvição no STF e o mandato de senador. Tudo com ajuda espiritual da entidade Maria Padilha. Sacrifiquei 400 búfalos - contou o pai de santo, que aparece em foto ao lado de Collor e a ex-mulher, Rosane.
Na imagem, o então casal aparece de branco, sentado ao lado do religioso: Collor segura um charuto e Rosane exibe penteado bem semelhante ao que mantinha à época do impeachment. O registro, publicado pela revista, está circulando nas redes sociais desde a última terça-feira.
O pai de santo também afirmou que Rosane teria mentido no depoimento ao ‘Fantástico’, no dia 15 de julho. Na entrevista, a ex-primeira dama Rosane Collor contou detalhes dos rituais que eram promovidos dentro da Casa da Dinda, a residência oficial na época. Rosane disse que os trabalhos de magia negra eram encomendados pelo próprio presidente a uma feiticeira de nome Maria Cecília, e também envolviam a morte de animais. Rosane e Maria Cecília se converteram e hoje são pastoras evangélicas.
- Ela mentiu sobre os rituais. Depois do impeachment, passei a trabalhar para o casal, que estava insatisfeito com a Maria Cecília. Eu livrei a Rosane do processo da Legião Brasileira de Assistência (LBA).
Entre 1990 e 1991, Rosane foi acusada de desvio de verbas públicas quando presidia a LBA. Ela chegou a ser condenada por peculato e corrupção passiva no processo de compra de leite superfaturado.
Ralf Genary também afirmou que Collor nunca fez trabalhos para causar mal a outras pessoas.
- Ele apenas pediu que seus inimigos recebessem de volta o que fizessem contra ele. É a Justiça de Xangô. Agora ele tem dívidas espirituais para pagar.

EXTRA

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