por Marcelo Rates Quaranta (advogado)
Dizem que o hábito do cachimbo deixa a boca torta, e a Igreja Católica mostra, através do seu líder máximo, que esse dito popular é pura verdade.
A atitude do Papa em receber o Lula e dar-lhe o status de "honesto" não é algo novo na Igreja Católica. Parece prática comum dessa instituição associar-se com o lado errado da história.
Após a queda da Alemanha, na Segunda Guerra, em 1945, a Igreja Católica na Espanha concedeu abrigos confortáveis em seus mosteiros para centenas de agentes da Gestapo, da Abwehr, da SD e das SS que fugiam em busca de um refúgio seguro, e que aguardavam embarque para a América do Sul (especialmente Argentina).
Os Monges providenciavam tudo, inclusive falsas identidades e acobertamento aos criminosos de guerra.
Mas o que é receber Lula diante disso?
O que é proteger criminosos de Guerra para uma instituição que durante seis séculos (do XIII ao XIX) protagonizou uma das maiores barbáries da humanidade, que foi a Inquisição?
A barbárie teve duas versões: a medieval, nos séculos XIII e XIV, e a feroz Inquisição moderna, concentrada em Portugal e Espanha, que durou do século XV ao XIX.
Lula é apenas um capítulo minúsculo diante do histórico daquela que é a maior multinacional do mundo. Uma multinacional que produz o cinismo sob o manto de santidade.
Em tempo, antes que alguém me diga que posso ser "excomungado", eu não tenho qualquer receio em relação a isso. Eu acredito na moral da Igreja Católica para excomungar alguém, da mesma forma que acredito na "honestidade"do Lula. E quem seria uma igreja que torturou e matou milhares de pessoas; que protegeu criminosos que mataram milhões de pessoas e que se associa a criminosos modernos para excomungar alguém?
Só Jesus me excomungaria. Mas ele definitivamente não está dentro da Instituição Igreja Católica Apostólica Romana. - Talvez no coração de muitos fiéis inocentes e que não conhecem a história sim.
Pra finalizar: Não tem nenhum padre exorcista para exorcizar esse Papa não?
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