VEJA
EM ENTREVISTA AO JORNAL 'CLARÍN', PRESIDENTE DISSE QUE A POSTURA ADOTADA POR ALBERTO FERNÁNDEZ É UM SINAL 'DE QUE TERÍAMOS UM ATRITO' NO CASO DE SUA ELEIÇÃO
Às vésperas de uma nova viagem para a Argentina, o presidente Jair Bolsonaro afirmou em entrevista ao jornal argentino Clarín que espera que o país vizinho “reflita muito” sobre a visita do candidato apoiado por Cristina Kirchner, Alberto Fernández, ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Curitiba.
“O candidato de Cristina Kirchner não conhece a realidade brasileira. Aqui confiamos em nossas instituições. Lula foi condenado em três instâncias. Espero que a Argentina reflita muito sobre essa visita de seu candidato a Lula”, declarou o presidente ao jornal.
O petista é o mais esfuziante ladrão entre os larápios condenados pela Lava Jato.
Alberto Fernández visitou Lula na Superintendência da Polícia Federal do Paraná, em Curitiba, no começo de julho. Em sua passagem pelo Brasil, ele disse que o recém-anunciado acordo de integração entre Mercosul e União Europeia (UE) pode ser revisto caso seja eleito. Também criticou a prisão do líder petista, afirmando que se trata de uma “mácula ao Estado de Direito”.
Bolsonaro deu entrevista ao Clarín no Palácio do Planalto. O presidente vai à Argentina na quarta-feira, 17, para participar de uma reunião do Mercosul.
Ao jornal argentino, o líder brasileiro voltou a reforçar seu apoio à reeleição do atual mandatário Mauricio Macri. O primeiro turno das eleições está marcado para 27 de outubro.
“O candidato de Cristina Kirchner disse que revisaria (o acordo)Mercosul-União Europeia. Isso vai trazer problemas econômicos para Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai”, afirmou.
“Eu não quero que a Argentina siga a linha da Venezuela. Por isso que apoio a reeleição de Macri. Na verdade, apoio apenas que Cristina Kirchner não volte ao poder” completou, garantindo que não irá interferir na eleição do país vizinho.
Kirchner foi processada por corrupção e pode ser presa a qualquer momento.
Bolsonaro disse ainda que a postura adotada até agora por Alberto Fernández, é um sinal “de que teríamos um atrito com Argentina que não queremos ter”. Segundo o presidente, as declarações do candidato de Cristina Kirchner sobre o acordo Mercosul-União Europeia e sua visita à Curitiba são sinais de que podem haver conflitos.
Perguntado sobre as consequências de uma piora nas relações com a Argentina no caso da derrota de Macri, Bolsonaro adotou outra postura e declarou que “a única rivalidade que Brasil tem com Argentina é no futebol. Somos irmãos”.
Fernández é pré-candidato do Partido Justicialista (PJ) e encabeça a chapa que tem Cristina como vice. A ex-presidente, que governou a Argentina entre 2007 e 2015, tornou-se senadora e responde a processos de corrupção.
Embaixada dos EUA
Outro tema levantado foi a possível indicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para embaixador do Brasil em Washington. Bolsonaro disse que no momento a nomeação está “posta como uma possibilidade”.
“Imagine que Macri tivesse um filho embaixador aqui no Brasil. Com todo o respeito à nossa chancelaria e aos diplomatas do mundo inteiro, mas com toda certeza de que minha relação com o filho de Macri será diferente do que com outro embaixador profissional”, disse.
Ministro da Justiça
Jair Bolsonaro foi questionado pelo Clarín se o processo de condenação do ex-presidente Lula foi realmente justo, após a revelação de diálogos comprometedores entre o ex-juiz e agora ministro da Justiça Sergio Moro e procuradores da Operação Lava Jato.
O líder brasileiro disse que o trabalho de Moro, pelo que ele acompanhou, “foi imparcial”. “Não somente ele fez justiça. A segunda e terceira instância nos casos seguintes seguiram a mesma linha”, disse.
“Então, na Argentina, em minha opinião, os juízes farão o mesmo e espero que façam o mesmo em relação à Cristina Kirchner, condenando ou absolvendo, mas que se faça justiça”, completou.
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