Jornalista Andrade Junior

sábado, 20 de julho de 2019

Dona Marisa Letícia era um fenômeno igual ao filho – nasceu pobre e ficou rica

Carlos Newton

                           FOTO ANDRADE JUNIOR
Está cada vez mais claro que o presidente do Supremo, ministro Dias Toffoli, não enxerga um palmo à frente do nariz. A pretexto de preservar “os direitos” do senador Flávio Bolsonaro, (além de blindar a si mesmo, à sua mulher e à esposa de seu amigo Gilmar Mendes), ele desativou as únicas armas eficientes que a Justiça tem  contra a corrupção, o narcotráfico e o crime organizado, justamente quando o pais tenta entrar na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), uma instituição que não aceita acobertamento a condutas ilegais.
Da mesma forma, o presidente Jair Bolsonaro está se tornando uma versão hétero de Dilma Rousseff. Tudo o que diz é extravagante e fora de ordem. Nesta sexta-feira, por exemplo, afirmou que não há fome no Brasil, criticou Bruna Surfistinha e chamou o Nordeste de “Paraíba”. Além disso, deu entrevista aos correspondentes estrangeiros e revelou sua receita de governo, que representa avanço ao liberalismo de Adam Smith e à anarquia de Mikhail Bakunin. Disse que “é só não atrapalhar” que tudo se resolve, vejam a que ponto chegamos.
PIADA DO SÉCULO – Esse criativo sistema de governo (não atrapalhar) é diferente do “laisser faire” (deixa rolar) do fisiocrata francês François Quesnay, sistema adaptado por Adam Smith, que jamais cultuou o não-governo e era até defensor do protecionismo – “O indivíduo, ao preferir dar apoio à indústria de seu país, mais do que à estrangeira, se propõe unicamente a buscar sua própria segurança”.
Adam Smith também achava que o governo devia se empenhar para reduzir a desigualdade social, advertindo que “nenhuma nação pode florescer e ser feliz enquanto grande parte de seus membros for formada de pobres e miseráveis”.
Por tudo isso, a teoria política de Bolsonaro poderia seria a Piada do Ano ou até Piada do Século, mas os jornalistas estrangeiros nem riram, pois não entenderam nada, até porque o presidente brasileiro faz a linha Buster Keaton – conta a anedota, mas fica sério.
OUTRO ASSUNTO – Como todos nós já estão cansados dessas maluquices de Dias Toffoli e de Jair Bolsonaro, que parecem dois macacos em loja de louças, vamos falar de outro assunto – os bens milionário deixados pela primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva.
Nesta semana, a defesa do ex-presidente Lula da Silva pediu,ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) o desbloqueio dos bens da falecida. Os advogados entraram com um recurso no tribunal contra a decisão da juíza federal substituta da 13º Vara, Gabriela Hardt, que manteve o bloqueio dos bens.
Os bens da ex-primeira-dama foram bloqueados no processo do tríplex do Guarujá, em que Lula foi condenado por ter recebido o apartamento de cobertura como propina por contratos obtidos pela OAS na Petrobras.
UM FENÔMENO – O  interessante nisso é o enriquecimento da primeira-dama, que há décadas não sabia o que era trabalhar. Mesmo assim. se tornou um fenômeno igual ao filho Fábio Luis, que o pai comparou ao atacante Ronaldo Nazário.
O inventário de Marisa Letícia aponta patrimônio declarado de  R$ 11,7 milhões, que significa 50% dos bens do marido. A lista inclui 20 bens e imóveis, carros e aplicações financeiras. Entre os mais valiosos estão duas aplicações na previdência privada, que alcançam R$ 9 milhões. O levantamento não possibilitou o acesso a todas as aplicações financeiras e foi preciso solicitar junto a Caixa Econômica Federal, no Banco do Brasil na Bolsa de Valores extratos e posições consolidadas.
BENS DECLARADOS – 1 – Apartamento no Edifício Green Hill, em São Bernardo do Campo. Valor: R$ 600 mil; 2 – Apartamento no Edifício Kentucky, em São Bernardo do Campo: R$ 180 mil; 3 – Outro apartamento no mesmo prédio: R$ 180 mil; 4 – Fração do Sítio Engenho da Serra, em São Bernardo do Campo. Valor: R$ 414 mil; 5 – Direito de aquisição de uma fração do Sítio Engenho da Serra, em São Bernardo do Campo. Valor: R$ 130mil; 6 – Automóvel Ford Ranger. Valor: R$ 104.732,00; 7 – Automóvel Ômega CD.Valor: R$ 57 mil; 8 – Conta-corrente no Bradesco. Valor: R$ 26 mil (posição de fevereiro/2017); 9 – Crédito junto à Bancoop referente a sua demissão do quadro de sócios Valor: R$ 320 mil; 10 – 98 mil cotas sociais da LILS Palestras, Eventos e Publicações. Valor: R$ 145 mil; 11 – Poupança na Caixa. Valor: R$ 127 mil; 12 – Poupança no Itaú. Valor: R$ 21 mil; 13 – Poupança no Bradesco. Valor: R$ 3 mil; 14 – Aplicação financeira Invest Plus, no Bradesco. Valor: R$ 17 mil; 15 – Aplicação financeira LCA, no Banco do Brasil. Valor: R$ 98 mil; 16 – Renda Fixa, no Banco do Brasil. Valor: R$ 192 mil; 17 – Renda Fixa, no Banco do Brasil. Valor: R$ 53 mil; 18 – Renda Fixa, no Banco do Brasil. Valor: R$ 40 mil; 19 – Previdência Privada VGBL, no Banco do Brasil. Valor: R$ 7,2 milhões; 20 – Previdência Privada VGBL, no Banco do Brasil. Valor: R$ 1,8 milhão.

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P.S. – Os valores – mais de R$ 22 milhões – são de 2017, necessitam de correção. Não estão incluídos o sítio de Atibaia, o apartamento de cobertura vizinho em São Bernardo do Campo, que foi incorporado ao patrimônio, nem os bens recebidos como presentes pelo casal durante o exercício da Presidência. Nada mal, não é mesmo. Com tanta grana, que maravilha viver, diria Vinicius de Moraes.  (C.N.) 







































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