Carlos Newton
No pronunciamento, o Ministério manifesta preocupação quanto à segurança energética caso sejam formados monopólios privados. Informa ainda que a indústria em geral compartilha a preocupação (provavelmente incluem-se aí as manifestações de funcionários da própria Petrobras).
Informa ainda que a Petrobras está livre para realizar o desinvestimento, mas que estaria sujeita a condicionantes do Ministério, acentuando que esta seria a hora ideal de aproveitar e criar um clima de saudável competição com uma variedade de empresas atuando na área do gás.
ENFIM, ACORDARAM – Parece que finalmente alguém está trabalhando em defesa da Petrobras. E isso até parece estranho. O que teria feito o Ministério de Minas e Energia, neste início de governo Temer, perceber agora que há gravíssimos riscos na entrega desse estratégico ativo da Petrobras para instituir um monopólio privado?
Bem, o fato concreto e auspicioso é que finalmente surgiu um lapso de bom senso, que demonstra cautela e necessidade de maior planejamento quando está em jogo o interesse nacional.
COINCIDÊNCIA? – Este posicionamento coincide com a posse do novo secretário da área de Petróleo e Gás: Marcio Félix. Engenheiro de carreira da Petrobras, com 33 anos, conhecido pelo seu “espírito animal”: bonachão, carismático, esperançoso com as oportunidades, mas muito rígido com os subordinados.
Ou talvez seja iniciativa do “fenômeno” Ministro Fernando Coelho Filho (filho de alguém que é senador e citado como recebedor de quantias do dono do jato que matou Eduardo Campos. O ministro tem 32 anos, não de experiência, mas de idade.
Vai saber… O que importa é que tem alguém trabalhando no Ministério de Minas e Energia. Em pleno São João. Impressionante.
A única dúvida é como será dividido o Gasene, gasoduto único e sem caminho paralelo, em várias empresas concorrentes. Mas, de qualquer forma, se preocupar com o assunto já é um ótimo começo.
extraídadetribunadainternet
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