Beleza é superficial – é o que a polícia do “politicamente correto” diz.
Mas quando o papo é conseguir emprego, quanto mais bonito você é, mais
fácil é ser contratado. A não ser, é claro, que você seja do sexo
feminino. Pesquisadores da Universidade
de Ben-Gurion e do Ariel University Center, em Israel, dizem que homens
bonitões têm 50% mais chances de serem chamados para entrevistas de
emprego do que os de aparência normal. Mas mulheres bonitonas são bem
menos propensas a conseguirem um tempinho com o entrevistador.
A razão? De acordo com os cientistas, a maioria do pessoal dos
departamentos de RH por aí, que é quem normalmente avalia os currículos,
são mulheres jovens e solteiras. Presumidamente, elas não se animam em
contratar “concorrentes em potencial”. Soa um tanto sexista, a gente
sabe – e os pesquisadores também. Mas os dados confirmam
.
Durante a pesquisa, foram enviados 5.312 currículos, em pares, para
2.656 vagas de empregolá mesmo em Israel. Em cada par, um currículo não
levava foto, enquanto o outro, quase idêntico, tinha uma foto de um
homem ou de uma mulher bem atraente, ou então de um homem ou de uma
mulher de aparência
normal. Os currículos dos bonitões renderam contatos em 19,9% das
vezes; os dos normais, em 13,7%; e os sem fotos, em 9,2% das vezes.
Mas o efeito dos good looks só foi positivo mesmo para os homens. “Entre
os currículos das candidatas do sexo feminino, os que não tinham fotos
tiveram a melhor taxa de respostas,22% maior do que os das “normais” e
30% maior do que os das especialmente bonitas”, conta um dos autores do estudo
,
Bradley Ruffle. E a quantidade de bonitonas discriminadas variou de
acordo com quem estava avaliando os currículos. Quando a seleção ficava
por conta deagências de emprego, o efeito discriminatório diminuía. Mas
quando o recrutamento ficava por conta da própria empresa, as chances
das moças bonitas caía pela metade.
Para verificar se a culpa era mesmo da inveja das profissionais do RH, os pesquisadores foram até as empresas
que receberam os currículos fictícios e entrevistaram os responsáveis
pela seleção em cada uma delas. Descobriram que, em 96% dos lugares,
essa pessoa era mulher. E que elas tinham de 23 a 34 anos. E que 67%
delas era solteira. “De fato, as evidências apontam que a inveja
feminina de mulheres mais atraentes no ambiente de trabalho é a razão
primária para a penalização na hora do recrutamento”, diz Ruffle.
Super Abril
0 comments:
Postar um comentário