Sabe
quando você quer se lembrar de uma coisa, está quase lá, mas a palavra
não vem? Essa angústia é estudada por neurocientistas, que a chamam
justamente de Fenômeno da Ponta da Língua. Toda essa confusão acontece
no nosso cérebro, por vários motivos (ver quadro Jogo de Memória, abaixo).
"A pessoa tem certeza de que conhece a palavra específica de que está
tentando se lembrar", comenta o neurologista Rogério Gomes Beato, da
Universidade Federal de Minas Gerais. Pior, ela recorda tudo
relacionado: sabe que é um inseto amarelo e preto, de picada forte, que
leva o pólen de flor em flor, mas a palavra "abelha" não vem. Afinal, é a
representação sonora dessas características que está bloqueada.
É como se fosse uma corrida que só termina quando seus dois
participantes cruzam a linha de chegada. Um deles, o sentido, já chegou
lá, mas o outro, o registro sonoro, ainda está lá atrás. Enquanto eles
não estiverem juntos, a palavra fica "na ponta da língua".
O curioso é que essa separação entre som e sentido já tinha sido
imaginada, na teoria, pela ciência que estuda os símbolos: na semiótica,
cada palavra é um signo, dividido em significante (o som) e significado
(o sentido).
Fonte: Super Abril
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