Jovens
imbecilizados pelos dogmas comunistas que imperam nas universidades
brasileiras agrediram a Dom Bertrand de Orleans e Bragança e a seu
assessor, José Carlos Sepúlveda da Fonseca, em evento realizado na
Unesp, em Franca, na última terça-feira (28), gritando slogans
stalinistas.
"Para que o mal triunfe, é só preciso que os homens bons não façam nada".Edmund Burke (1729-1797)
Tive
o prazer de conhecer Dom Bertrand de Orleans e Bragança em uma de
minhas viagens a São Paulo. Fui bem recebido por um senhor de semblante
austero, porém, de trato muito amistoso e gentil, e passamos horas
conversando sobre vários assuntos: história, política, religião católica
e os problemas do Brasil. O homem com quem dialoguei nutria um profundo
senso de dever e patriotismo que raramente encontramos no país. Era um
aristocrata por excelência, um homem que encarnava as virtudes como um
dever. E também conhecedor de uma extraordinária cultura histórica. No
desenrolar de nossos diálogos, fiz uma pergunta: o que é herdar o legado do príncipe? E
ele me respondeu, basicamente, como um serviço, uma responsabilidade,
um débito em prestar contas a Deus, ao país e aos altos valores que
defendia. Sentia-se com a consciência tranquila por conta desses
encargos.
Cabe lembrar: Dom
Bertrand é descendente da família que praticamente criou o Brasil tal
como existe, a Real Casa de Bragança, que fincou as bases da nossa
nacionalidade e independência política. Na verdade, Dom Bertrand tem
no sangue o patrimônio que é o próprio país. A história de sua família
se confunde com a história de Brasil, Portugal e de praticamente toda a
civilização europeia. Dos Braganças aos Habsburgos, dos Bourbons aos
Saxe-Coburgo, todo o peso de uma tradição está nas raízes de sua
existência. O Brasil está no seu sangue, como Portugal, Espanha, França,
Alemanha, Inglaterra, Holanda e toda a Europa incluída, aquela Europa
civilizadora, cristianizadora, que espalhou a grandeza do seu legado
para o mundo. O Brasil é produto da herança de uma grande família real,
unida a toda a família brasileira.
Se a
monarquia brasileira deu exemplos gloriosos de estadistas como Dom
Pedro II, homem sábio e erudito e cultor de livros e idiomas, a
república brasileira atualmente nos lega líderes grosseiros, iletrados,
demagogos e vulgares. Nos últimos dez anos, um apedeuta presunçoso,
corrupto e espertalhão e uma presidente, cuja fama é a de praticar
terrorismo e assaltar bancos, assolam o país. A desmoralização das
instituições é um caso sério. Entidades públicas, como o Judiciário e o
Legislativo, estão contaminadas pela agenda totalitária de um partido
que ousa subverter o Estado de Direito. E tais políticas afetam ao povo
de tal forma, que raramente se viu um rebaixamento tão completo da
moralidade de um país.
Um
exemplo desta decadência foi a agressão que o Príncipe Dom Bertrand
sofreu na UNESP da cidade de Franca, no dia 28 de agosto de 2012, quando
faria uma palestra sobre a história do Brasil. Baderneiros fanáticos de
extrema-esquerda atacaram o pobre senhor e sob ameaças, gritarias e
ofensas, tentaram expulsá-lo numa instituição que deveria ser uma casa
do saber e da tolerância. Aos gritos de “fascistas, não passarão”, os
estudantes revelaram seu espírito stalinista básico, bem ao gosto do
despotismo soviético. Para quem não sabe, “no pasarán” foi
o brado de guerra da comunista Dolores Ibarurri, “la pasionária”,
velhíssima e fiel capataz de Stálin e do Partido Comunista Espanhol, na
guerra civil espanhola. A felicidade da Espanha é que os franquistas
"passaram" e salvaram o país da destruição.
E
quem é que não sabe que o esqueminha mental do rótulo de “fascista” foi
francamente democratizado pela propaganda comunista, aos agrados do
tiranete da Geórgia? Se alguém não é comunista, certamente é um
fascista, na lógica desses energúmenos. Ou mais, eles hostilizam a
democracia pelos mesmíssimos métodos fascistas que acusam nos outros.
Lênin já dizia: acuse nos outros aquilo que você é!
Em matéria na Revista Carta Capital, uma dessas lunáticas dizia: “Queríamos
entender a razão para convocar para o ambiente universitário uma pessoa
que é contra a reforma agrária e a favor de uma monarquia.” A pergunta que não quer calar é: será que ela quis entender mesmo, gritando como uma louca do manicômio judiciário?
Só é possível entender algo ouvindo o outro lado. Provavelmente, na
cabecinha dessa idiota, não existe algo como debate político ou
liberdade de expressão. A universidade deve ser um gigantesco e
monolítico partido único, representando tão somente as ideologias
estéreis e fanatizadas do seu grupelho partidário. Questionar o engodo
da reforma agrária? Defender a monarquia? Que absurdo! O credo de
esquerda, por mais mentiroso que seja, é um dogma infalível e
inquestionável.
O
sequestro do mundo acadêmico pelas esquerdas mais parece disputa de
bandoleiros para dominar um bairro. Ou de traficantes querendo controlar
a favela. Não deixa de ser curioso: eles são contra a propriedade, mas querem se apropriar de um ambiente público, que é a universidade.
Na República de Weimar, os comunistas alemães não disputavam na
pancadaria os bairros da Alemanha, contra os SA nazistas e os pupilos
dos Reichbanner sociais-democratas? Por que seria diferente aos
totalitários comunistas daqui? A diferença é que aqui eles disputam
espaço contra a democracia. Querem destruí-la sem qualquer tipo de
oposição. A partir das universidades, os delinquentes querem dominar o
país.
Confesso-me
surpreso em ver o quanto a vida imita a arte. Tais cenas de vandalismo
me lembraram daquela imagem terrível que lemos no romance de George
Orwell, 1984, uma das leituras da minha adolescência. Li a obra quando
tinha 16 anos, em dois dias, de tão eletrizante que era aquele mundo
imaginário sombrio descrito pelo brilhante escritor inglês. Na narrativa
havia uma sessão de cinema chamada “Dois minutos de ódio”, onde os
militantes do Partido, chamado Ingsoc, eram reunidos em rebanho para
exalarem seus momentos de ódio a tudo aquilo que ia de encontro à
ideologia do ditador, o Grande Irmão. Na gigantesca tela, aparecia o
retrato do opositor do regime, Emmanuel Goldstein, que fazia críticas à
“revolução traída”. E os fanatizados gritavam, “matem”, “esfolem”,
“exterminem”, caídos na mais completa loucura e catarse. Ao mesmo tempo
em que gritavam, a imagem do opositor se transformava numa ovelha
berrando, e, num dado momento, a figura do Grande Irmão aparecia, para
delírio da plateia. As pessoas gritavam, choravam de comoção e
emocionadas e idolatravam o idolozinho do deus-partido. Qualquer
semelhança entre a histeria dos alunos esquerdistas da UNESP contra Dom
Bertrand e as imagens de George Orwell não é mera coincidência. A
universidade pública se tornou uma gigantesca sessão de “Dois minutos de
ódio”. Um laboratório caricatural de totalitarismo, bem ao estilo de
1984.
Por
falar em choro histérico por um Big Brother da vida, presenciei cena
semelhante num encontro de estudantes de direito que participei em
Belém, em 1999. Um certo protótipo do Big Bother, não da fictícia
Oceania de Orwell, nem da Rússia soviética, mas vindo dos confins de
Garanhuns, aparecia na capital paraense. Era o iletrado Lula, naquele
tempo, eterno candidato a presidente da República, realizando palestras
na Universidade Federal do Pará. A elite universitária iletrada entrou
num transe psicótico. Sob a gritaria de “Brasil urgente, Lula
presidente”, vi alunos de direito chorando como mocinhas de fã-clube do
grupo musical Menudo, apertando a mão ou tirando fotos com o
delinquente, hoje ex-presidente. Resta saber se pediam autógrafos, uma
vez que o uso da língua portuguesa não era o forte do ex-presidente (e
tampouco acredito que seja o dos alunos).
Aquilo
me pareceu orwelliano demais, no amplo sentido da palavra. As
ovelhinhas, tal como na sátira da “Revolução dos Bichos”, berravam e
diziam: “duas patas ruim, quatro patas bom”. Qualquer pessoa que viesse a ler os livros do romancista britânico acharia aquilo tudo lenda!
Mas
o Big Brother esquerdista não se limita ao rebanho fanático da UNESP.
Periódicos comunistas e colaboradores do governo federal, como a da
Revista “Caros Amigos”, já publicaram textos defendendo abertamente a
destruição da liberdade de expressão e do conhecimento. Sobre a presença
de Dom Bertrand na UNESP, publicaram a seguinte nota (30/08/2012) de um
tal “Coletivo Domínio Público” (claro, eles se autonomeiam “públicos”
sem autorização de ninguém) cujo trecho demonstra o caráter totalitário
de seu pensamento:
“Pelo absurdo que é a presença desses dois indivíduos em uma Universidade Pública - que deve estar a serviço do povo, da livre ciência, das artes, das humanidades e afins - é que diversas entidades estudantis, coletivos estudantis, grupos de extensão, outros tipos de organizações políticas e estudantes independentes formaram uma frente para contrapor o evento realizado pelo C.I.V.I”.
Os dois citados, no caso, são o príncipe Dom Bertrand e seu assessor para assuntos de monarquia, José Carlos Sepúlveda da Fonseca.
“Pelo absurdo que é a presença desses dois indivíduos em uma Universidade Pública - que deve estar a serviço do povo, da livre ciência, das artes, das humanidades e afins - é que diversas entidades estudantis, coletivos estudantis, grupos de extensão, outros tipos de organizações políticas e estudantes independentes formaram uma frente para contrapor o evento realizado pelo C.I.V.I”.
Os dois citados, no caso, são o príncipe Dom Bertrand e seu assessor para assuntos de monarquia, José Carlos Sepúlveda da Fonseca.
Ser
a “serviço do povo”, na novilíngua esquerdista, é calar a boca de todo
mundo, inclusive do povo. Defender a “livre ciência”, as “artes” e as
“humanidades” é propagar doutrina marxista a granel, sem qualquer
questionamento de ninguém. Ou melhor, calando a boca das pessoas no
grito, na violência e na intimidação psicológica, arma típica dos
fascistas e comunistas. Claro que a dissidência é absurda, não é mesmo? A
censura se tornou um direito adquirido das esquerdas na universidade.
Debate de comunista funciona quando só há comunistas falando a mesma
coisa e berrando, como ovelhinhas seguidoras do todo-poderoso porco
Napoleão. Ou quem sabe, do Grande Irmão. A inversão semântica das
palavras denuncia a tirania, criminalidade e a destruição. Guerra é paz,
liberdade é escravidão, ignorância é força, democracia é ditadura,
inteligência é estupidez! Tal é o estado psicótico deste hospício
chamado universidade brasileira.
0 comments:
Postar um comentário