Milei e as mudanças na Argentina

 Roberto Rachewsky

Milei está mudando a Argentina. Os resultados são significativamente positivos, mesmo seu governo tendo iniciado há apenas um ano, me disse um amigo.

Eu disse para ele que o governo Milei não começou há um ano, mas há 40 anos, quando, na Argentina, as ideias liberais começaram a ser estudadas e ensinadas consistentemente.

Milei é fruto desta iniciativa e seu governo é o consequente resultado. As ações de Milei não surgiram ao acaso. Não são reagentes, nem experimentais. Elas seguem premissas e princípios básicos estabelecidos através do tempo com o uso da razão, com a integração entre observação empírica, ideias e abstrações desenvolvidas com objetividade e lógica.

Milei aprendeu, há muito tempo, como um governo deve se comportar sob qualquer circunstância em qualquer contexto para que ele funcione de acordo com as idealizações baseadas nas suas características e nos seus propósitos.

Milei está fazendo o que pode para implementar as ideias que gente como Alberto Benegas Lynch, Eduardo Marty, os Cachanovskys, Juan Carlos, Roberto e Iván, Martín Krause, Gabriel Zanotti da ESEADE de Buenos Aires, o ensinaram. Além de Ricardo Manuel Rojas, autor do livro de cabeceira que Milei recomenda: “Inflação como delito”.

No Brasil, não existe uma escola sequer especializada em ensinar sobre filosofia em geral, ciência aplicada à ética, à política e à economia com viés liberal. Existem professores avulsos, atuando de forma dispersa como que para povoar, com suas ideias indesejáveis, escolas ecléticas que desejam apresentar currículos amplos, misturando a verdade e o que dá certo com lixo ideológico baseado em ideias kantianas, hegelianas, marxistas, keynesianas, pós-modernas e outras bobagens.

Pragmatismo não resolve problemas, apenas os perpetua. Apenas ideias baseadas em pensamentos abstratos erigidos sobre premissas e princípios moralmente compatíveis com a natureza humana, respaldados pelos conceitos de liberdade e justiça, podem levar a ações transformadoras no curto, médio e longo prazo.

A Argentina é a prova de que haverá uma oportunidade na qual ideias indesejáveis se tornarão inevitáveis. Para que essas ideias sejam colocadas em prática, elas precisam existir

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