por João César de Melo, no Instituto Liberal.
ranscrevo trecho da excelente resenha de meu livro, feita por João César de Melo para o IL.
Por que ainda falar da ditadura cubana? Porque as forças que mantém aquela ditadura de pé são as mesmas que mantém Lula, mesmo condenado e preso por corrupção, como o principal nome da política brasileira. A Cuba da “igualdade social sabotada pelos Estados Unidos” é produto da mesma máquina de propaganda que diz “Lula é inocente, perseguido por ter governado para os pobres”.
A ditadura em Cuba nos mostra até que ponto a esquerda pode chegar para impor seu projeto ideológico. Ninguém apoia um regime sem compartilhar a maioria de suas políticas, assim como só defende Lula quem pensa como ele.
Não existe militante de esquerda ignorante. Eles sabem muito bem o que defendem.
Ainda é importante falar sobre Cuba porque ainda existem muitas pessoas comuns, vítimas da propaganda da esquerda, que não sabem o que realmente acontece naquela ilha; e justamente por não saberem, não enxergam a profundidade da militância de pessoas como Gleisi Hoffmann, Fernando Haddad, Guiherme Boulos, Manuela D’Avila e Marcelo Freixo.
Sempre esteve disponível um considerável número de publicações sobre os horrores da ditadura cubana, mas faltava um olhar brasileiro in loco sobre aquele regime. Alguém de nós que esteve lá não apenas uma vez, mas diversas vezes, em épocas diferentes. Não falta mais.
O livro A Tragédia da Utopia, do intelectual gaúcho Percival Puggina, traz não apenas dados e fatos sobre o regime, mas também relatos das viagens que o autor fez à ilha, seus contatos com cidadãos comuns e com dissidentes que acabaram sendo presos.
Puggina ainda expõe a relação da esquerda brasileira com aquele regime, destacando o papel da imprensa e da elite cultural no esforço de desinformação.
Como bem coloca o autor, nenhum brasileiro apontaria o Brasil atual como modelo para o mundo, mas há um verdadeiro exército de artistas, professores, parlamentares e jornalistas que apontam a ditadura cubana como modelo a ser seguido por todos os outros países.
Enquanto a grande maioria dos países - incluindo os mais pobres - progride, Cuba permanece ancorada na década de 1960. Onze milhões de cubanos continuam na miséria, dependentes do governo para quase tudo, sem qualquer perspectiva de melhora porque seus algozes vivem imersos num projeto ideológico que só consegue se manter de pé por meio da força e do apoio que recebe nos palcos, nos cinemas, nas universidades, nos parlamentos, na imprensa e de organizações internacionais.
O livro A Tragédia da Utopia nos coloca mais perto do drama cotidiano de um povo escravizado há 60 anos. A escassez de produtos, as péssimas condições de moradia, a prostituição em troca de itens que são acessíveis até a favelados brasileiros, a patrulha ideológica de vizinhos, o estado policial, os desesperados que preferem enfrentar uma travessia oceânica entre tempestades e tubarões a continuar vivendo em seu país natal.
Leia mais, aqui: https://www.institutoliberal.org.br/blog/olhar-para-cuba-para-entender-o-pt/?
* Aquisições: editoraarmada.com.br/br
**Exemplares autografados: http://www.puggina.org/fale-com-ele/
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