Jornalista Andrade Junior

FLOR “A MAIS BONITA”

NOS JARDINS DA CIDADE.

-

CATEDRAL METROPOLITANA DE BRASILIA

CATEDRAL METROPOLITANA NAS CORES VERDE E AMARELO.

NA HORA DO ALMOÇO VALE TUDO

FOTO QUE CAPTUREI DO SABIÁ QUASE PEGANDO UMA ABELHA.

PALÁCIO DO ITAMARATY

FOTO NOTURNA FEITA COM AUXILIO DE UM FILTRO ESTRELA PARA O EFEITO.

POR DO SOL JUNTO AO LAGO SUL

É SEMPRE UM SHOW O POR DO SOL ÀS MARGENS DO LAGO SUL EM BRASÍLIA.

segunda-feira, 31 de março de 2014

Da série - Anos de chumbo ou de chumbinho?

Da série - Anos de chumbo ou de chumbinho?

Uma democracia devedora - 31 de março de 1964, por um Brasil acima de tudo e abaixo de nada
Por Alessandro Barreta Garcia
A esquerda raivosa parece não entender que a Lei de Anistia é um instrumento político para pacificar o país diante de conflitos insolúveis. Lembramos que a Lei de Anistia visou salvaguardar militares e terroristas.
Sob o ponto de vista histórico, os anos de 1960 foram bem turbulentos, de um lado o marxismo-leninismo de caráter violento e totalitário, e de outro a democracia americana. O Brasil estava no meio destas duas ideias, uma perversa e a outra humanitária.
Jango era a figura principal nesse cenário, e historicamente é possível relembrar passo a passo o empenho janguista a favor de uma reforma de base, reforma na lei e na marra, bem como uma nítida aproximação de Jango com o radical de esquerda, Leonel Brizola. O Brasil se encaminhava para um golpe de esquerda aos moldes de Cuba.

Paralelamente a este contexto, diversos grupos treinavam na China e em Cuba. Os enviados a China a mando do PC do B foram empregados na guerrilha do Araguaia. No nordeste existiam a Ligas Camponesas sob a direção de Francisco Julião e Brizola era responsável pelo Grupo dos 11.
Dentro das forças armadas é preciso lembrar a revolta dos sargentos em 63. Motim dos marinheiros em 64 e o jantar em apoio ao presidente oferecido pelos sargentos. Dessa forma, Jango se afastava dos militares, de uma classe conservadora e católica, era o prenúncio do caos.
Com o futuro incerto, a última coisa que poderia acontecer era um golpe comunista. Assim, uma intensa mobilização da sociedade civil se encaminhava inequivocamente contra esse golpe de esquerda. Vários jornais se expressavam a favor de uma intervenção militar. Toda essa agitação resumia-se na Marcha da Família com Deus pela Liberdade. E assim foi. Em 31 de março de 1964 o Exército Brasileiro assume o comando do Brasil. Em editorial, o jornal “O Globo de 2 de abril de 1964”, manifesta-se a favor da contrarrevolução. Segundo o jornal, “Vive a Nação dias gloriosos...”.
A partir da contrarrevolução, o Congresso institucionaliza o regime militar. Salta da 46ª potência para a 8ª potência econômica. Avança no planejamento estratégico, na construção de estradas, em um parque industrial, nas leis de trabalho, no mercado interno e serviços.
Segundo Vélez Rodriguez (2014)
No que tange à economia, o Brasil transformou-se num país industrializado. Consolidou-se a indústria petroleira e desenvolveu-se a petroquímica, bem como a siderurgia e a fabricação de maquinaria pesada. A engenharia deu um grande salto para a frente, com as obras públicas que pipocaram pelos quatro cantos do território nacional (VÉLEZ RODRIGUEZ 2014).
Sendo assim, o ciclo militar ou a contrarrevolução pode ser interpretado de forma clara, como um ciclo necessário para o impedimento de um golpe de esquerda violento e assassino (todos os exemplos revolucionários de esquerda provam esta tese). Foi importante para uma redemocratização a partir de 1978 e completando-se na Lei de Anistia de 1979. Lembramos que o processo de redemocratização brasileira foi conduzido por militares, quanto a nossa esquerda, ela jamais lutou por democracia.
Meus parabéns ao militares de 31 de março de 1964, parabéns pelos 50 anos de nossa contrarrevolução.
www.alessandrogarcia.org

Fontes Consultadas:
Palestra do: Gen. Eduardo ROCHA PAIVA - Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=m_-045mGPoA#t=943
USTRA, C. A. B. A verdade sufocada: a história que a esquerda não quer que o Brasil conheça. 6ª edição. Brasília: Editora, 2007.
Referências
VÉLEZ RODRIGUEZ, R. 1964, meio século depois.

31 DE MARÇO DE 2014



50 ANOS DA CONTRARREVOLUÇÃO DE 31/03/1964
DOCUMENTÁRIO – ARTIGO XXX
É o mínimo que você precisa saber para não estar fazendo papel de idiota, sendo levado de roldão pela política desastrosa do atual Governo Federal.
Por Aluísio Madruga de Moura e Souza
Terminada a guerra fria... Estaria retornando com a atual situação da Criméia? Será? Bem,  o certo é que o atual  maior ditador dos últimos tempos, o Sr. Fidel Castro juntamente com o Sr. Luis Inácio Lula da Silva, depois  presidente do Brasil  e outros criaram o Fórum de São Paulo. Assim fazem parte do referido Fórum o PT, O MST, a CUT e outras organizações brasileiras, além de organizações de outros países, muitas delas terroristas. Em verdade o Fórum de São Paulo representa  hoje uma rearticulação das antigas redes que promoviam a “guerra revolucionária” e o internacionalismo nas décadas de 60, 70 e 80. É bom que se diga que desde 1995, as redes do Fórum de São Paulo encontram-se em ativa escalada de ações em vários países, com diferentes grau de sucesso, mas que demonstram, em qualquer dos estágios em que se encontram suas intenções desestabilizadoras, sendo que no caso brasileiro citamos o atual grau de agitação em que o País se encontra no dia a dia, deixando, após tudo que escrevemos  que cada um faça a sua própria avaliação.


No Brasil,  o PT chegou ao governo mas sabe com bastante clareza que ainda não detém totalmente o PODER nas mãos. Então enquanto vem se esforçando para comprar com favores e o vil metal a consciência de vários componentes do Congresso Nacional, citando-se como exemplo o “mensalão”, tempos atrás enfrentava grandes problemas com o Judiciário. Hoje com novas nomeações de Ministros do STF pela Presidente Dilma nem tanto... Somente não se apercebe aquele que por interesse não quer ver. É verdade. Se o pior cego é o que não deseja enxergar, o pior mudo é aquele que não quer falar e o surdo o que não quer ouvir. E as elites brasileiras estão nesta situação, imaginando que “engolindo sapo” -principalmente  a maioria -. dos empresários – estarão salvos quando o comunismo chegar. Ledo engano!. Todos nós conhecemos, inclusive as ações dos presidentes da Venezuela e o que vem ocorrendo por lá, idem em relação a Argentina, Uruguai, Bolívia e ... Quanto ao Brasil deixo por conta do leitor, alertando que muitos dos que aí estão nos governos dos países citados também foram dignos representantes da antiga OSPAAL e da OLAS. Aí estão os dados para reflexão.

Enquanto isto, no Brasil, o PT deverá continuar com a estratégia da  política de lassidão e cooptando sempre que possível as autoridades e as massas para, em seguida, se existirem as condições objetivas e subjetivas desejáveis, tentar conquistar os três poderes nos quais o partido já possui muitos de seus militantes e onde estão por força de dispositivos legais.

Estamos no penúltimo capítulo e considero importante citar alguns tópicos a título de retrospectiva para que o leitor possa analisar melhor o atual momento político que vivemos: - as raízes mais remotas e profundas do Movimento Comunista Internacional(MCI) no Brasil estão contidas na Confederação Operária Brasileira(COB) de inspiração anarquista criada em 1908 no Rio de Janeiro;  - porém foi em 1922 com a criação do Partido Comunista – Seção Brasileira da Internacional Comunista(PC – SBIC) que o comunismo passou a influir definitivamente no País para não mais sair;  - Foram várias as tentativas de tomada do Poder porém três bastante marcantes, ou seja, em 1935 por intermédio da Intentona Comunista, em 1964 com os comunistas alinhando-se a uma parcela da burguesia e, posteriormente, por intermédio da violência revolucionária que durou de 1966 a 1974, ano no qual acabou de ser destruída pelas Forças Legais a Guerrilha do Araguaia; três oportunidades sem que obtivessem êxito. Mas continuam tentando e certamente continuarão por muitos e muitos anos implantar o comunismo no Brasil, utilizando a  miséria, a pobreza e a ignorância como os principais campos para a sua propaganda enganosa. Chegaram ao Governo de forma legítima, pelo voto, mas ainda não têm condições de manter sobre total controle o Executivo, o legislativo e o Judiciário. Possuem um maior controle sobre o Executivo, antes por intermédio do ex-Ministro da Casa Civil José Dirceu que com “mão de ferro” controlava todos os contratados  para os postos chaves fato que perdura até hoje com os seus substitutos. Nessas funções só militantes petistas e de preferencia dependentes do Partido. Daí a importância dos verdadeiros democratas terem sempre em mente que o preço da liberdade está diretamente relacionado com a eterna vigilância a respeito de onde estão e o que estão fazendo os marxistas-leninistas e todas as raízes dos trotskistas, hoje muitos também adeptos das teses gramscianas(falo de correntes e dos partidos pequenos antes encrustados no PT que por serem tão radicais criaram suas próprias siglas como o PSol, PSTU, PCO e outros), mas  que quando necessário estarão com o PT e este certamente os acolherá. Onde eles estão os democratas mais esclarecidos têm conhecimento, isto é, pouco a pouco ocuparam todos os postos chaves da administração pública por indicação do PT, mesmo consciente de que seus indicados  não possuem qualificação para ocupar os cargos para os quais foram indicados. E o que estão fazendo também não é segredo para ninguém, Já que pela política do toma lá da cá estão mantendo o Congresso e agora o Judiciário sob controle e buscando por todos os meios desmoralizar as Forças Armadas. Tentam agressivamente amordaçar a Imprensa, o que em parte têm conseguido – o que sabemos sobre o que realmente está ocorrendo na Venezuela? Também tentam controlar a Internet mas têm encontrado dificuldades. Estão direcionando a produção artística e cultural para a desmoralização da família, ao tempo em que promovem a instabilidade no campo e desarmaram o cidadão de bem, decisão clara de que o governo deseja ver a população desarmada, mas que beneficia a bandidagem, enquanto que o cidadão honesto ainda não se apercebeu do perigo dele estar desarmado se as esquerdas criarem o partido único. Foi assim na Rússia e nos demais países onde o comunismo teve êxito. 

Os JORNAIS E AS MACHETES EM 1964
















Os militares nunca foram intrusos na história brasileira



Entrevista - Leônidas Pires Gonçalves
TUDO SOBRE A DITADURA MILITAR

GENERAL QUE COMANDOU EXÉRCITO NA TRANSIÇÃO DEMOCRÁTICA AFIRMA QUE A ESQUERDA VENCEU NO 'TAPETÃO' E QUE A VERDADE É 'FILHA DO PODER'LUCAS FERRAZ ENVIADO ESPECIAL AO RIO

General responsável por comandar o Exército durante a transição democrática, a partir de 1985, Leônidas Pires Gonçalves, 94, não esconde seu ressentimento com a maneira como a ditadura é vista atualmente.
"A verdade é filha do poder. Nós, militares, nunca fomos intrusos da história. Mas, infelizmente, a história contada hoje é mentirosa. Há muita safadeza", afirma.
O ministro do Exército do governo Sarney defende com ardor o golpe dado por militares e civis contra o presidente João Goulart, forma para ele de defender a "liberdade". À época, Leônidas era tenente-coronel e, por isso, se autodefine como "um dos revolucionários históricos".

Leia trechos da entrevista.
Folha - Passados 50 anos do golpe, por que o Exército ainda não fez uma autocrítica?

Leônidas Pires Gonçalves
- O Exército não é intruso da história brasileira, mas um instrumento da vontade nacional. Atendemos aos apelos veementes da sociedade. Se as coisas continuassem como eram no governo João Goulart, não teríamos democracia nem liberdade. Sou muito feliz por ter nossa democracia, levamos 20 anos para chegar nela. Está pensando que não sou democrata? O episódio do comunismo no Brasil, do qual a revolução de 1964 faz parte, é contado de forma safada. Há safadeza histórica.
Não deveria haver uma análise realista do passado?Dói para se acabar com um tumor. No começo da revolução, esperávamos confronto militar. Mas depois vimos que o dispositivo militar do governo Jango não existia. Jango, aliás, não tinha nada de comunista, era um bon vivant, fazendeiro. A revolução não é cartesiana. É uma aparente confusão, mas tem definição bem nítida. Cortamos na própria carne. Fizemos isso e ninguém lembra. Quantos oficiais foram cassados? Não sei, mas foram centenas.

Isso sem falar na cassação de políticos, torturas e mortes.A esquerda dominou completamente o pensamento e a mídia. Sua geração foi impactada pelo veneno da esquerda. O Exército é poder moderador, garantidor da lei e da ordem. Evitamos a quebra do país. Ninguém fala o que eles [a esquerda] fizeram, preferem falar da bomba do Riocentro, quando dois idiotas fizeram aquilo. Fizemos uma coisa civilizada, chamada cassação, que é a mesma coisa do chamado ostracismo da Grécia. A revolução de 1964 foi absolutamente democrática. Não tivemos ditador, mas sucessivos presidentes eleitos. Votação indireta, mas não ilegítima. Todos eleitos pelo Congresso. Já vi que sua posição é meio esquisita.

Não havia liberdade, eram tempos de exceção.Se houve algo, foi pressão política. Isso sim. Mas a revolução não matou ninguém. Eles [a esquerda] montam essas teorias, isso nos irrita profundamente. O que aconteceu é que a subversão virou radicalmente, o que era para fazer? Não se esqueça que toda ação tem uma reação igual. Eram canalhas, matavam, assaltavam bancos e joalherias, no caso do sequestro do embaixador [americano Charles Elbrick, em 1969], desmoralizou o Brasil perante o mundo. São canalhas!

A tortura o sr. reconhece?Houve. Você não controla a raça humana. Não gosto de falar sobre o tema, não por não me orgulhar do Exército, mas acho que temos problemas maiores para ficarmos olhando para trás. Você quer parar o país por causa de quatro, cinco mortos? Ganharam no tapetão. Não querem falar da subversão, só falam de 1964 a partir do prisma da revolução. Mas a revolução não foi limpinha, também cometemos equívocos.

Por que o Exército ainda defende militares criminosos?O militar cumpre ordens. Contra bandido, você não pode fazer outra coisa. Na hora da guerra, é matar. Não somos pacifistas na hora da guerra. O soldado é o cidadão de uniforme para exercício cívico da violência.

Por que a Comissão da Verdade incomoda tanto?Por que a verdade, entre aspas, é filha do poder.

O QUE FOI 31 DE MARÇO DE 1964


Por Alexandre Garcia
Gostaria de dizer algumas coisas sobre o que aconteceu no dia 31/03/1964 e nos anos que se seguiram. Porque concluo, diante do que ouço de pessoas em quem confio intelectualmente, que há algo muito errado na forma como a história é contada. Nada tão absurdo, considerando as balelas que ouvimos… sobre o “descobrimento” do Brasil ou a forma como as pessoas fazem vistas grossas para as mortes e as torturas perpetradas pela Igreja Católica durante séculos.
Mas, ainda assim, simplesmente não entendo como é possível que esse assunto seja tão parcial e levianamente abordado pelos que viveram aqueles tempos e, o que é pior, pelos que não viveram. Nenhuma pessoa dotada de mediano senso crítico vai negar que houve excessos por parte do Governo Militar. Nesta seara, os fatos falam por si e por mais que se tente vislumbrar certos aspectos sob um prisma eufemístico, tortura e morte são realidades que emergem de maneira inegável.
Ocorre que é preciso contextualizar as coisas. Porque analisar fatos extirpados do substrato histórico-cultural em meio ao qual eles foram forjados é um equívoco dialético (para os ignorantes) e uma desonestidade intelectual (para os que conhecem os ditames do raciocínio lógico). E o que se faz com relação aos Governos Militares do Brasil é justamente ignorar o contexto histórico e analisar seus atos conforme o contexto que melhor serve ao propósito de denegri-los.
Poucos lembram da Guerra Fria, por exemplo. De como o mundo era polarizado e de quão real era a possibilidade de uma investida comunista em território nacional. Basta lembrar de Jango e Jânio; da visita à China; da condecoração de Guevara, este, um assassino cuja empatia pessoal abafa sua natureza implacável diante dos inimigos.
Nada contra o Comunismo, diga-se de passagem, como filosofia. Mas creio que seja desnecessário tecer maiores comentários sobre o grau de autoritarismo e repressão vivido por aqueles que vivem sob este sistema. Porque algumas pessoas adoram Cuba, idolatram Guevara e celebram Chavez, até. Mas esquecem do rastro de sangue deixado por todos eles; esquecem as mazelas que afligem a todos os que ousam insurgir-se contra esse sistema tão “justo e igualitário”. Tão belo e perfeito que milhares de retirantes aventuram-se todos os anos em balsas em meio a tempestades e tubarões na tentativa de conseguirem uma vida melhor.
A grande verdade é que o golpe ou revolução de 1964, chame como queira, talvez tenha livrado seus pais, avós, tios e até você mesmo e sua família de viver essa realidade. E digo talvez, porque jamais saberemos se isso, de fato, iria acontecer. Porém, na dúvida, respeito a todos os que não esperaram sentados para ver o Brasil virar uma Cuba.
Respeito, da mesma forma, quem pegou em armas para lutar contra o Governo Militar. Tendo a ver nobreza nos que renunciam ao conforto pessoal em nome de um ideal. Respeito, honestamente. Mas não respeito a forma como esses “guerreiros” tratam o conflito. E respeito menos ainda quem os trata como heróis e os militares como vilões. É uma simplificação que as pessoas costumam fazer. Fruto da forma dual como somos educados a raciocinar desde pequenos. Ainda assim, equivocada e preconceituosa.
Numa guerra não há heróis. Menos ainda quando ela é travada entre irmãos. E uma coisa que se aprende na caserna é respeitar o inimigo. Respeitar o inimigo não é deixar, por vezes, de puxar o gatilho. Respeitar o inimigo é separar o guerreiro do homem. É tratar com nobreza e fidalguia os que tentam te matar, tão logo a luta esteja acabada. É saber que as ações tomadas em um contexto de guerra não obedecem à ética do dia-a-dia. Elas obedecem a uma lógica excepcional; do estado de necessidade, da missão acima do indivíduo, do evitar o mal maior.
Os grandes chefes militares não permanecem inimigos a vida inteira. Mesmo os que se enfrentam em sangrentas batalhas. E normalmente se encontram após o conflito, trocando suas espadas como sinal de respeito. São vários os exemplos nesse sentido ao longo da história. Aconteceu na Guerra de Secessão, na Segunda Guerra Mundial, no Vietnã, para pegar exemplos mais conhecidos. A verdade é que existe entre os grandes Generais uma relação de admiração.
A esquerda brasileira, por outro lado, adora tratar os seus guerrilheiros como heróis. Guerreiros que pegaram em armas contra a opressão; que sequestraram, explodiram e mataram em nome do seu ideal. E aí eu pergunto: os crimes deles são menos importantes que os praticados pelos militares? O sangue dos soldados que tombaram é menos vermelho do que o dos guerrilheiros? Ações equivocadas de um lado desnaturam o caráter nebuloso das ações praticadas pelo outro? Penso que não. E vou além. A lei de Anistia é um perfeito exemplo da nobreza que me referi anteriormente. Porque o lado vencedor (sim, quem fica 20 anos no poder e sai porque quer, definitivamente é o lado vencedor) concedeu perdão amplo e irrestrito a todos os que participaram da luta armada. De lado a lado. Sem restrições. Como deve ser entre cavalheiros. E por pressão de Figueiredo, ressalto, desde já. Porque havia correntes pressionando por uma anistia mitigada.
Esse respeito, entretanto. Só existiu de um lado. Porque a esquerda, amargurada pela derrota e pela pequenez moral de seus líderes nada mais fez nos anos que se seguiram, do que pisar na memória de suas Forças Armadas. E assim seguem fazendo. Jogando na lama a honra dos que tombaram por este país nos campos de batalha. E contaminando a maneira de pensar daqueles que cresceram ouvindo as tolices ditas pelos nossos comunistas. Comunistas que amam Cuba e Fidel, mas que moram nas suas coberturas e dirigem seus carrões. Bem diferente dos nossos militares, diga-se de passagem.
Graças a eles, nossa juventude sente repulsa pela autoridade. Acha bonito jogar pedras na Polícia e acha que qualquer ato de disciplina encerra um viés repressivo e antilibertário. É uma total inversão de valores. O que explica, de qualquer forma, a maneira como tratamos os professores e os idosos no Brasil. Então, neste dia 31 de março, celebrarei aqueles que se levantaram contra o mal iminente. Celebrarei os que serviram à Pátria com honra e abnegação. Celebrarei os que honraram suas estrelas e divisas e não deixaram nosso país cair nas mãos da escória moral que, anos depois, o povo brasileiro resolveu por bem colocar no Poder.
Bem feito. Cada povo tem os políticos que merece.
Se você não gosta das Forças Armadas porque elas torturaram e mataram, então, seja, pelo menos, coerente. E passe a nutrir o mesmo dissabor pela corja que explodiu seqüestrou e justiçou, do outro lado. Mas tenha certeza que, se um dia for necessário sacrificar a vida para defender nosso território e nossas instituições, você só verá um desses lados ter honradez para fazê-lo.
======

Parabéns, Alexandre Garcia!
fonte - site militar.com.br

O complicado 2015 que Dilma prepara para o Brasil

Se restam dúvidas sobre a reeleição da presidente, já não há qualquer questionamento quanto à dificuldade que o próximo presidente terá para comandar o país.

O Brasil de 2015 promete ser ainda mais complicado que o de 2014. A inflação tem tudo para estourar, pois, a fim de garantir sua reeleição, Dilma Rousseff vem tomando medidas para segurar o preço das bases energéticas do país: luz e gasolina. De acordo com Vinicius Mota, o governo petista vem praticando o que um dia acusou FHC de fazer: estelionato eleitoral. Segundo sua coluna, alguém tem de pagar a conta para que os preços possam ser mantidos.
Como sempre ocorre no mundo sublunar, se uns estão pagando menos, é porque outros estão arcando com parte desse custo. Nos combustíveis, a conta do subsídio fica com a Petrobras, obrigada pelo governo a vender gasolina com prejuízo.
Na energia elétrica, o abatimento oferecido ao consumidor é bancado ou afiançado pelo Tesouro – ou seja, pelo conjunto dos que pagamos tributos. Se os mais pobres no Brasil pagam proporcionalmente mais impostos, eles estão ajudando a financiar o banho quente dos mais ricos.
Mas não é possível maquiar os números para sempre. Por isso, em 2015 a engenharia financeira do governo vai gerar um impacto entre R$ 21,2 bilhões e R$ 40,3 bilhões para as tarifas residenciais de energia.
Esses valores equivalem a um aumento de 21,9% a 42,7% para as tarifas, dependendo do cenário hidrológico ao longo deste ano. A estimativa é da consultoria de energia PSR, que considera, em um cenário médio, o impacto de R$ 32,4 bilhões, ou de 34,1% na tarifa, para os consumidores residenciais.
Dilma tem influência direta nisso. Além de tentar faturar uma equivocada redução no preço da luz há um ano, ignorou o apelo da oposição – que teve empresas ligadas a ela evitando essa redução – e ainda cometeu erros graves com a Petrobras, como no caso da refinaria de Pasadena. Hoje, uma ação da estatal vale R$ 12,60, contra os R$ 29 que valia na época em que ela assumiu a Presidência.
O que agrava o episódio é que tanto a Petrobras como a Eletrobras atolaram por causa de uma decisão politicamente oportunista e economicamente leviana. Trata-se de vender energia a preços baixos para acomodar o índice do custo de vida, segurando a popularidade do governo. O truque é velho. Mesmo quando deu resultados políticos imediatos, sempre acabou em desastres para a economia.

O principal argumento pró eleição de Dilma é que ela seria a pessoa mais indicada a manter o bom momento vivido pelo governo Lula. No entanto, por tudo que foi apresentado aqui, está mais do que claro que ela falhou nessa missão. Aos poucos a população se toca disso. No último ano, o governo Dilma perdeu uma média de 2,25% de aprovação por mês. Seguindo nesse ritmo, chegará a outubro com apenas 18% de aprovação. Lula tinha quatro vezes e meia mais que isso quando a indicou como sucessora no cargo. Se restam dúvidas sobre sua reeleição, já não há qualquer questionamento quanto à dificuldade que o próximo presidente terá para comandar o país. Contudo, a possibilidade de troca de comando anima o mercado já saturado da maquiagem financeira encabeçada por Mantega e companhia. 

MPF: Denunciado superfaturamento em CT da Copa no DF

  O MPF (Ministério Público Federal) denunciou à Justiça três sócios da Construtora Atlanta por superfaturamento nas obras de reforma do Complexo Esportivo do Gama, no Distrito Federal, onde fica o estádio Bezerrão -- CT (Centro de Treinamento) oficial da Fifa para as seleções que jogarão a Copa na capital federal. A reforma do local foi feita em 2007, e de acordo com o MPF o prejuízo aos cofres públicos é de pelo menos R$ 2,5 milhões. ...
O estádio pertence ao governo do Distrito Federal. A reforma, orçada em R$ 6 milhões, foi feita na maior parte com recursos do Ministério do Esporte, e depois de concluída foi alvo de investigação da CGU (Controladoria Geral da União) e da Polícia Federal por causa das suspeitas de desvios de dinheiro. Nenhum funcionário público foi denunciado à Justiça pelo caso.
Segundo o MPF entre as irregularidades encontradas estão pagamento de serviços extra e não executados, aumento arbitrário dos preços e alteração de qualidade e quantidade de materiais. As investigações demonstraram, ainda, manobras contratuais que permitiram aos denunciados enriquecer em mais de R$ 206 mil, pagos indevidamente.
"O valor que deveria ser efetivamente abatido em benefício do Estado não chegou nem perto de alcançar o valor do contrato original. Tal expediente fez com que a Atlanta recebesse o pagamento pelo fornecimento de materiais que, em verdade, não forneceu", afirma em sua denúncia denúncia o procurador Bruno Calabrich.
O MPF aponta também que a má qualidade do serviço prestado obrigou o complexo esportivo a passar por novas reformas depois que a obra acabou.O tanque de saltos ornamentais, por exemplo, entregue em fevereiro de 2011 e que sequer chegou a funcionar, precisou de mais R$ 313 mil para ser adequado.
Se condenados, os acusados podem pegar de três a seis anos de prisão, além de multa. O MPF pede também a devolução do valor superfaturado com juros. A reportagem não conseguiu localizar representantes da construtora para comentar o caso.
No último final de semana, o gramado do Bezerrão apresentou problemas na drenagem durante uma forte chuva, e uma partida do Campeonato Brasiliense de Futebol foi realizada no local com o gramado parcialmente alagado.


Fonte: Portal UOL 

‘Os ditadores de hoje são meras cópias repaginadas do que foram seus algozes do passado’

REINALDO BH

Tudo que é podre se desmancha no ar. A América Latina vive sob a “ideologia” do bolivarianismo. Fruto do delírio de um ditador que hoje apodrece em uma urna de vidro – quando não se transforma em passarinho.

Faz 50 anos que vivemos uma época negra de ditaduras no Cone Sul. Generais que mais pareciam bonecos de filmes de terror, sem cultura, sem decência e sem limites inventaram um nacionalismo que lembrava o comunismo, no centralismo decisório e no aparelhamento do estado. Nas ditaduras, nada restava a todos nós. Somente a indignação e a luta.
Hoje, vivemos um cenário de protoditadores que também acreditam possuir o estado e até nosso futuro. Não são diferentes. Somente chegaram ao poder por outras vias. E lá pretendem se manter.

São covardes, pois ameaçam – até fisicamente – quem deles discorda. São megalomaníacos, pois se julgam pais da pátria como os caudilhos do passado. Mentem. Envergonham a nação frente ao mundo. São piadas que se transformaram em pesadelos.
Seja em uma Venezuela abertamente ditatorial – com um poder judiciário dominado, um Congresso que lembra uma reunião escolar de radicais e agressões de grupos paramilitares apoiados pelo estado – ou no Brasil, onde roubos e corrupções são escondidas sob o tapete do Planalto.
Sem falar na eterna Cuba, que mudando de métodos continua como um parasita em um mundo produtivo, usando de escravos para receber divisas. Não se nega que foi um avanço: se antes prostitutas frequentavam os hotéis de luxo (continuam…..), hoje médicos são prostituídos em nome da “revolução”.
O que enoja é o apoio de um país que relembra hoje os 50 anos dos golpe militar. Um país que não aprendeu, que não reconhece que ditaduras são iguais.
Comemorar o quê em 2014? Os 50 anos de caminhada em que desaprendemos o que é LUTA? Dignidade? Estado de Direito? Ética?
É pedir muito que meio século tenha servido a algo? Ou – como vemos – serviu somente para ensinar a América Latina a ter um novo tipo de regime que nunca se soube o que é e o que deseja?
De 1964 a 2014. Cinco décadas durante as quais o POVO brasileiro aprendeu a dor da falta de liberdade. E nas quais eles aprenderam com os algozes a ser uma mera cópia repaginada.

Risco de guerra civil levou à violência do estado Militar



Luiz Eduardo Rocha Paiva

Nos anos 1960 e 1970,a Guerra Fria importou o conflito ideológico, chamado "guerra suja", para toda a América Latina. Caracteriza-se pela extrema e mútua brutalidade, cenário favorável à ação de extremistas à direita e à esquerda. A descentralização, amplitude e dinâmica das ações dificulta seu controle na ponta da linha em ambos os lados.
Guerrilhas começam fracas, mas sempre violentas. Se conquistar o apoio da população, se fortalece, escala a violência e pode estender o conflito por décadas. Ao final, se o socialismo tomar o poder patrocinará um banho de sangue como foi nos países onde venceu.
Em todos os casos históricos, a guerra contrarrevolucionária foi violenta, mas nenhuma foi menos traumática do que a brasileira. Mesmo assim, se desfiarmos o novelo de maldades de ambos os contendores, o quadro será constrangedor.
A Comissão da Verdade, ao investigar os crimes hediondos apenas dos agentes públicos, esconde as atrocidades cometidas pela luta armada, e isso não é justo nem legítimo.

A Comissão da Verdade, ao investigar os crimes hediondos apenas dos agentes públicos, esconde as atrocidades cometidas pela luta armada, e isso não é justo nem legítimo.
Retratação
Existe uma orquestração socialista para que as Forças Armadas peçam desculpas à nação por violações cometidas por militares na defesa da lei, da ordem e das instituições.
Não defendo crimes hediondos de nenhum dos dois contendores, mas sim a Lei de Anistia e o conhecimento imparcial da verdade dos fatos.
No Brasil havia um "centrão democrático" onde estavam o governo e a oposição legal, ambos querendo paz e redemocratização.
À direita do governo e à esquerda da oposição havia extremistas que cometeram violações.
Existe uma orquestração socialista para que as Forças Armadas peçam desculpas à nação por violações cometidas por militares na defesa da lei, da ordem e das instituições, como se fossem norma institucional e não desvios individuais.
Luta armada
E o que dizer da esquerda armada, cujo propósito era implantar um Estado totalitário e, incoerente com o que orquestra, empregava terrorismo, sequestro, tortura e execuções? Ela não tem legitimidade para fazer essa cobrança de quem a derrotou e a anistiou, em vez de promover o banho de sangue como ela faria, e como os socialistas fizeram em Cuba, na URSS e na China.
Culpados
A esquerda jamais pedirá  desculpas por retardar a redemocratização, criar o conflito que enlutou muitas famílias, cometer crimes hediondos e tentar liquidar a democracia.
Os socialistas intensificaram a luta armada quando o governo Costa e Silva ensaiou a abertura democrática. A resposta de Marighela no Manual do Guerrilheiro Urbano foi: "atacando de coração essa falsa eleição e a chamada solução política, o guerrilheiro urbano tem que se fazer mais agressivo e violento, girando em torno da sabotagem, terrorismo, expropriações, assaltos, sequestros e execuções".
Pois esse falso herói é o ícone da esquerda e vem dando o nome a locais públicos em todo o Brasil. Portanto, os socialistas não evoluíram.
Essa esquerda, mestra da hipocrisia e falsidade, jamais pedirá as devidas desculpas por retardar a redemocratização, criar o conflito que enlutou muitas famílias, cometer crimes hediondos e tentar liquidar a democracia.
Acusa os adversários por aquela que é a sua maneira violenta, totalitária e liberticida de ser e agir. Por que as vítimas, se militantes da luta armada, são casos emblemáticos? Com certeza porque defendiam a revolução comunista e pertenciam a uma pretensa elite intelectual marxista-leninista.
Lamento pelas famílias dos militantes mortos ou desaparecidos, mas lamento muito mais pelas vítimas de seus crimes e famílias, pois muitas ficaram com sequelas e outras nem souberam por que morreram.
Os torturados e assassinados pela luta armada, e suas famílias, nunca são lembrados nem indenizados. A mídia não mostra os dramas de famílias como as de: José Conceição (fazendeiro em SP)– torturado emorto a tiros pela ALN de Marighela; João Pereira (guia do Exército no Araguaia) – torturado e assassinado pelo PCdoB na frente dos pais. Cortaram suas orelhas, dedos e mãos, antes de enfiar-lhe uma faca.
Mortes
Lamento pelas famílias dos militantes mortos ou desaparecidos, mas lamento muito mais pelas vítimas de seus crimes e famílias.
E também de Edson de Carvalho (jornalista) e Nelson Fernandes (almirante), ambos assassinados pela AP no atentado à bomba no Aeroporto de Guararapes, com 17 feridos.
Fui observador militar da ONU em El Salvador, onde em 12 anos de luta armada houve 70 mil mortos, 400 mil deslocados de suas terras e um milhão de refugiados nos EUA. Na Colômbia, são mais de 50 mil mortos em décadas de conflito inacabado.
Alguém preferiria estar na situação da Colômbia? Preferiria ter vivido o drama de América Central, Peru, Argentina, Uruguai e Chile? Todos com milhares ou dezenas de milhares de mortos?
 Já pensaram que seus filhos poderiam estar convocados para combater ao invés de estar estudando ou vivendo em paz com suas famílias? A violência do Estado não era por simples paranoia, pois o risco de uma sanguinária guerra civil revolucionária não permitia relaxar na segurança.
Ao cortar o mal na raiz, o Brasil escapou desse destino infeliz. Foram cerca de 520 mortos em confrontos nas áreas urbanas e rurais, sendo 400 da esquerda armada. Um alto custo para poucos, mas muito baixo para a Nação. E ainda acusam o regime militar de genocida!

Luiz Eduardo Rocha Paiva
62 anos, general da reserva, é professor emérito da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército e membro da Academia de História Militar Terrestre do Brasil

Pesquisa CNI-Ibope: Popularidade e aprovação de Dilma despencam; chance de alternância de poder não é pequena; veja por quê

REINALDO AZEVEDO

A companheirada deve estar chateada. A pesquisa CNI/Ibope que veio a público não é nada boa para a presidente Dilma Rousseff. Outro levantamento do Ibope, divulgado no dia 21, já tinha dado o sinal de alerta, embora muita gente tenha feito questão de ignorar os dados. Vamos ver.

Segundo os números divulgados nesta quinta, a avaliação positiva da presidente Dilma caiu de 43% em dezembro para 36% agora. Em três meses, é uma mudança considerável. Os que consideram sua gestão ruim ou péssima subiram de 20% para 27%. O levantamento foi realizado entre os dias 14 e 17, quando o caso Petrobras ainda não havia, como direi?, “pegado’. Agora pegou.
Os que aprovam o modo Dilma de governar caíram de 56% para 51%; os que o reprovam subiram de 36% para 43%. Tão importante como os números é o fato de que Dilma não sustentou a recuperação de popularidade depois dos protestos de junho, quando sua aprovação despencou para 31% — dali saltou para 37% (em dezembro) e, depois, para 43%. Agora, volta a cair — e sem protesto.
Os dados de agora corroboram uma realidade que estava embutida na pesquisa da semana passada. Nada menos de 40,32% dos pesquisados deixaram claro que gostariam que o próximo governo mudasse de rumo e de presidente. Por quê?
Naquele levantamento, como destaquei aqui, 64% afirmaram esperar que o próximo governo mude tudo ou muita coisa em relação ao que aí está. Entre esses, nada menos de 63% expressam o desejo de mudar também o presidente — ou seja, 40,32% do total, número bem próximo dos 43% que hoje reprovam o governo Dilma. Considerando os que desejam que tudo fique como está e os que aceitam alterações, mas com a presidente no comando, chegava-se a 49,2%, número também compatível com os 51% que ainda aprovam o governo.
Na pesquisa Ibope de há uma semana, Dilma ainda vencia a eleição no primeiro turno, um número, observei então, enganoso. Até porque nem Lula nem ela própria, em circunstancias muito melhores, lograram tal feito em 2002, 2006 e 2010. O número verdadeiramente importante daquela pesquisa estava um tanto escondido: os 40,32% que não querem que ela continue.
Outra evidência importante daquele levantamento: juntos, o tucano Aécio Neves, com 15% das intenções de voto, e o pessebista Eduardo Campos, com 7%, somavam apenas 22%. Enormes 18 pontos percentuais separavam a insatisfação ativa com Dilma dos votos que eles teriam hoje, num sinal evidente de que o eleitor ainda não os identificou com a mudança. Ocorre que também ficava claro que expressivos 28% não conheciam Aécio, índice que chega a 35% com Campos. Como é sabido e evidente, Dilma dá plantão todo dia na TV, e a máquina oficial é poderosíssima.
A síntese é a seguinte: 1) a eventual reeleição de Dilma será tudo, menos tranquila; 2) a chance de o PT ser apeado do poder não é pequena.
Por Reinaldo Azevedo

PÕE MAIS VERBA NO ORÇAMENTO QUE ELE ESTÁ VOLTANDO...

PÕE MAIS VERBA NO ORÇAMENTO QUE ELE ESTÁ VOLTANDO... 
PERCIVAL PUGGINA

Franklin Martins foi o cara que tirou Lula do atoleiro em 2005. Atualmente com uma página ou coisa que o valha no Portal IG, o ex-terrorista, hoje guerrilheiro no mundo da comunicação petista, comunicou a seu indistinto público que está se afastando dessa atividade para assumir o "Ministério" da Comunicação Social. Ou seja, volta a comandar a comunicação social do governo num momento em que Dilma vê suas versões publicitárias serem substituídas por fatos muito desagradáveis.

Franklin Martins já mostrou sua competência quando tirou Lula do fundo do poço. Foi ele que, depois de Lula haver pedido perdão pelo Mensalão, criou a versão de que tal crime jamais ocorreu.

Agora, certamente, Franklin Martins vai colocar os grandes meios de comunicação com as mãos contra a parede graças à força do poder concedente. No entanto, em vez de lhes esvaziar os bolsos, vai enchê-los com verbas publicitárias. Em breve, saberemos que a refinaria de Pasadena foi um excelente negócio e que a Petrobras era a empresa falida, salva pelo PT. Dinheiro não compra felicidade, mas compra qualquer falsidade. 

domingo, 30 de março de 2014

O REPOUSO

Jacornélio M. Gonzaga (*)

         Há alguns meses, meditava eu na orla do “Brazilian River Thames”, mais conhecido como Tietê, quando me veio à memória, possivelmente a olfativa, a imagem do GANGES, o sagrado rio hindu. Perguntei-me então? O que faço aqui em terras de Haddad, Marta, Ignácio, e muitos outros iletrados. Por que não retorno a MOMBAI, na Índia, e termino meus estudos sobre o idioma Sânscrito.

         Vocês vão me inquirir: qual a razão da escolha dessa língua? Bem, o Sânscrito é uma língua indo-européia do ramo indo-ariano. Nela foram escritos os quatro Vedas (1200-900 AC) e durante dezessete séculos (VI AC – XI DC) foi a língua da literatura e da ciência hindus; é mantida, ainda hoje, por razões culturais, como língua constitucional da Índia. Guarda algumas semelhanças com o latim e o grego.

         A Constituição da Índia diz que o híndi e o inglês são as duas línguas oficiais da administração federal, mas reconhece outras vinte e uma com um status oficial especial. De todas as vinte três, a que eu tenho a maior dificuldade de domínio é o inglês.

         Doido para me livrar das Marias do Rosário da vida e com medo dos trombadões de 17,99 anos, entrei em contato com o Departamento de Sanskrit da Universidade de Mumbai, solicitando a aceitação de minha proposta de estudos.

         De posse da resposta positiva, embarquei num avião da Malaysia Airlines com destino “certo” (?), ou seja, qualquer ponto ao sul do Oceano Índico.

         A dez mil metros de altitude, envolvido em minhas meditações, comecei a “cair na real” de como estava ultrapassado. Eu ainda era do tempo que Pasadena era uma cidade da Califórnia/USA, onde havia ocorrido a final da Copa do Mundo de Futebol de 1994 e os irmãos Van Halen se juntaram, em 1974, para formar a banda de mesmo nome.

         Não! Passadena para a “glória” dos petralhas é uma refinaria localizada em outra Pasadena, a que fica no estado do Texas/USA, e que foi comprada, em 2005, pela empresa belga Astra Oil, por insignificantes US$ 42,5 milhões. Em 2006, esta mesma Pasadena, que não é a dos Van Halen, foi adquirida (50%) por Gabrielli, pela mixaria de US$ 360 milhões. Em 2008, a Petrobras, de Gabrielli, e a Astra Oil se desentenderam e uma decisão judicial, baseada em clausulas de contrato, obrigou a estatal brasileira a comprar, por US$ 1,18 bilhão, a parte que pertencia à empresa belga.

         Vejam as coincidências: Preocupado com o programa “fome zero” do Obama, que ia muito mal das pernas, o senhor Albert Frère, megaempresário belga, resolveu comprar, por intermédio da Astra Oil, uma refinaria obsoleta lá no Texas/USA, só para ajudar! Esqueci de informar que o Sr Albert é vice-presidente mundial e dono de 8% das ações da GDF Suez Global LNG, maior produtora privada de energia do planeta.

         Fã do carnaval baiano, apaixonado por acarajé e aderente, de primeira hora, do lepo-lepo, o “bom belga” influenciou para que a GDF Suez (não é o GDF do Agnelo) fizesse alguns negócios com a PETROBRAS no Recôncavo Baiano e realizasse outros, em diversos estados do Brasil, por meio da Tractebel Energia.

         Esta empresa, que é a maior companhia privada de produção de energia na Ilha de Vera Cruz, e que tem 68,7% do seu capital social nas mãos da GDF Suez, doou, em 2006, R$ 300 mil reais para a reeleição do apedeuta. Posteriormente, foi uma das patrocinadoras da grande obra cinematográfica “Lula, o Filho...”. Em 2010, para a eleição de Dilma, a Tractebel doou quase R$ 900 mil. Coincidência!!!!!!!!!

         Faço bem em refugiar-me em Mombai, não tenho mais estômago para agüentar a Senadora Gleisi Hoffmann dizer que a perda de valor das ações da PETROBRAS não é fruto da horripilante, trapaceira e “conchavista” administração petista e sim u’a manobra da oposição com a finalidade de privatizar a empresa petrolífera.

         Não terei mais que ver a exploração positiva na mídia dos atos de bravura do terrorista Carlos Eugênio Paz, o Clemente, ao mesmo tempo que as tardias revelações à Comissão Nacional da inVerdade, feitas pelo Dr Pablo (codinome, muito criativo, do TC Ref Paulo Manhães), um velho gagá, que é a cara do Saddam Hussein, são alcunhadas de vergonhosas. Não terei mais a dúvida se vergonha foi o que Clemente fez ou se vergonhoso é o “arrependimento pablístico” e suas controvérsias.

         Não mais azedarei o meu pobre e combalido fígado ao saber que a Maria do Rosário, durante uma coletiva de imprensa, defendia o pior dos infernos contra os matadores de um homossexual e, ao tomar conhecimento que o crime havia sido perpetrado por menores, respondeu: “crime não, o que eles cometeram foi um ato infracional e, após apreciação pelo Judiciário, não serão penalizados, mas submetidos à medidas sócio-educativas”. Indagada se a lei não estaria sendo branda demais com os bandidos, Maria respondeu:“não são bandidos. São menores em conflito com a lei”. Em seguida, retirou-se da sala, fingindo estar a atender o celular, ignorando os avisos de um de seus 4218 assessores que a advertia sobre o aparelho, no qual fingia falar, era, na verdade, o controle remoto do ar-condicionado.

         Quando eu estiver hospedado em um dos 560 quartos do Taj Mahal Palace Hotel, certamente, não terei tempo nenhum para me preocupar com as colocações do psiquiatra Agenor Antão de Aragonés Antúlio, que afirmou que as Marias desequilibradas, quando confrontadas com situações reais, tendem a ter surtos melindrosos, mas que na maioria das vezes é mera retórica para fugir da situação complicada.

         Quando ouvir na 98,3 FM, Rádio Mirchi Mumbai, o trecho da canção ARDOR DO INFANTE - “Vê, meu irmão, soa a metralha, sibilam balas a cantar” – não vou ter mais nenhuma dúvida sobre a necessidade da presença do marido da Ministra Ideli Salvatti, na comissão técnica que foi à Rússia para verificar a qualidade de um sistema de defesa antiaérea. O subtenente músico do Exército Brasileiro, Jeferson da Silva Figueiredo, munido de um diapasão, avaliará o sibilar da munição disparada pelo Pantsir-S1, sistema que custa o triplo dos modelos preferidos pelos militares brasileiros.

         Pois é, é muito mais fácil, ler, escrever, falar e pensar em sânscrito do que entender a incomPTência e a linha coruPTa da condução dos destinos desse Brasil. Sinceramente, mereço ou não mereço um repouso?

            (*) Jacornélio é tradutor juramentado nas línguas Panjabi e Tâmil. Trabalhou por muito tempo na Companhia Britânica das Índias Orientais.
Revisão: Paul Essence e Paul Word Spin (in memoriam).
.

A ESTUPIDEZ DA PROVOCAÇÃO

UM RECADO: “OS MILITARES DARÃO A PRÓPRIA VIDA PARA LIVRAR O BRASIL DO COMUNISMO". GENERAL DE EXERCITO PEDRO LUIS DE ARAUJO BRAGA.
A quase impossibilidade de tirar o PT do poder seja por eleições livres, mas viciadas pela prática de estelionatos eleitorais e fraudes, seja por um golpe contra o país lançado pelas forças paramilitares a serviço de um projeto de poder comunista, o clima de uma guerra civil está cada vez mais se afirmando como única saída para livrar nosso país de ser transformado em uma Cuba Continental.
A qualquer momento os efeitos sobre a caserna da overdose da covardia, da cumplicidade e da omissão que domina o comportamento apátrida de uma minoria de comandantes, militares - lacaios dos comunistas - poderá acabar, pela reação coletiva dos contrários, provocando uma intervenção militar muito mais grave do que a ocorrida em 1964, e colocando todos os corruptos genocidas diante de um Tribunal de Guerra para responderem diante da sociedade por todos os milhões de cidadãos assassinados por desgovernos traidores do país e mentores da Fraude da Abertura Democrática.
Os desgovernos do PT demonstraram e continuam demonstrando, diariamente, sua incapacidade de ter a auto crítica necessária para perceber ou aceitar seus erros como indicativos da péssima administração pública que têm exercido durante os últimos 12 anos.
Com o assistencialismo comprador de votos, e com a corrupção e o suborno de milhares de canalhas esclarecidos, os donos do poder acham que tudo está dominado e que não têm mais que dar satisfações a ninguém quando são criticados por suas atitudes, a não ser as costumeiras e deslavadas mentiras, leviandades, falsidades e hipocrisias que não enganam a mais ninguém.
As ameaças e ações punitivas contra militares da ativa e da reserva que estão se posicionando contra a destruição das FFAA e contra a comunização do país e sua degeneração social e econômica pelo projeto de poder do PT, gestado nas reuniões do Foro de SP, estão perdendo o limite, no mínimo, do bom senso.
Depois de semear durante os três últimos anos um inaceitável conflito de classes sociais, o desgoverno Dilma procura, insistentemente, demonstrar que não tem mais nada a perder, quando continua perseguindo sistematicamente as FFAA em ações diretas contra os que se colocam como críticos dos atos de um desgoverno que está jogando o país na ladeira de se transformar em uma Cuba Continental.
Por outro lado a sociedade vem sendo tratada como idiota, imbecil e palhaça do Circo da Corrupção que se instaurou no país durante a Fraude da Abertura Democrática.
As posturas da presidenta e seus lacaios significam interpretar que a calmaria da covardia e da omissão de alguns comandantes pode ser o qualificativo de toda a caserna.
Até quando esses canalhas traidores do país acham que o genocídio de milhares de pessoas inocentes como resultado do bilionário roubo do dinheiro público, a transformação do poder público em um Covil de Bandidos e de porcos comunistas, e o país em um Paraíso de Patifes, continuarão sendo aceitas por uma caserna, por enquanto defensora da disciplina militar em relação aos atos de desgovernos que estão destruindo o país?
Uma minoria de comandantes militares, lacaios de levante comunista que está tomando conta do país, não será capaz de segurar uma revolta latente que já se instaurou nos ambientes dos quartéis, pois todos os militares e superiores imediatos estão sendo testemunhas do assassinato de milhares de civis todos os anos como consequência do roubo do dinheiro público. Todos esses também têm filhos e famílias que estão na fronteira de se tornarem lacaios de uma Cuba Continental.
A qualquer momento as parcelas das FFAA não subservientes a bandidos, as polícias civis e militares, e a Polícia Federal, assumirão a consciência de que estão sendo feitas cúmplices do assassinato de milhares de cidadãos todos os anos pela obediência a um sistema de governo absolutamente corrompido e criminoso em todas as suas instâncias.
O resultado será um conflito armado com as forças leais ao desgoverno petista e seus cúmplices que, ao contrário do que pensam, serão mortalmente derrotadas, pois as armas necessárias para combater os inimigos de nossa pátria aparecerão, e a revolta se fará presente em uma guerra civil de absoluta responsabilidade do PT, que plantou durante décadas as sementes de um conflito civil-militar armado no país.
Que o submundo do PT continue tentado destruir as FFAA e chamando os comandantes militares de comandantes de merda. O preço a pagar por tanto atrevimento comunista se aproxima de ser pago.
De qualquer forma, pela insistência de muitos, estamos ainda procurando acreditar que a traição militar ao país se situe apenas no círculo de comandantes militares omissos, covardes e cúmplices e não em um comportamento coletivo da caserna.

GENERAL DE EXERCITO PEDRO LUIS DE ARAUJO BRAGA.

Meia, Meia, Meia, Meia ou Meia?

RECEBI ESTE TEXTO DO AMIGO E LEITOR DO BLOG, ANDRÉ. NÃO TENHO O AUTOR, MAS O TEXTO É FANTÁSTICO E, COMO TEREMOS PELA FRENTE UMA COPA DO MUNDO, É BEM PROVÁVEL QUE ESTRANGEIROS TENHAM SOFRIMENTOS SEMELHANTES.
A língua portuguesa é uma das mais difíceis do mundo, até para nós.
O português praticado no Brasil ...


*Na recepção dum salão de convenções, em Fortaleza*

- Por favor, gostaria de fazer minha inscrição para o Congresso.
- Pelo seu sotaque vejo que o senhor não é brasileiro. O senhor é de onde?
- Sou de Maputo, Moçambique.
- Da África, né?
- Sim, sim, da África.
- Aqui está cheio de africanos, vindos de toda parte do mundo. O mundo está cheio de africanos.
- É verdade. Mas se pensar bem, veremos que todos somos africanos, pois a África é o berço antropológico da humanidade...
- Pronto, tem uma palestra agora na sala 
meia oito.
- Desculpe, qual sala?
Meia oito.
- Podes escrever?
- Não sabe o que é 
meia oito? Sessenta e oito, assim, veja: 68.
- Ah, entendi, 
*meia* é *seis*.
- Isso mesmo, 
meia é seis. Mas não vá embora, só mais uma informação: A organização do Congresso está cobrando uma pequena taxa para quem quiser ficar com o material: DVD, apostilas, etc., gostaria de encomendar?
- Quanto tenho que pagar?
- Dez reais. Mas estrangeiros e estudantes pagam *
meia*.
- Hmmm! que bom. Ai está: *
seis* reais.
- Não, o senhor paga 
meia. Só cinco, entende?
- Pago meia? Só cinco? 
*Meia* é *cinco*?
- Isso, 
meia é cinco.
- Tá bom, 
*meia* é *cinco*.
- Cuidado para não se atrasar, a palestra começa às nove e 
meia.
- Então já começou há quinze minutos, são nove e vinte.
- Não, ainda faltam dez minutos. Como falei, só começa às nove e 
meia.
- Pensei que fosse as 9:05, pois 
*meia* não é *cinco*? Você pode escrever aqui a hora que começa?
- Nove e meia, assim, veja: 9:30
- Ah, entendi, 
*meia* é *trinta*.
- Isso, mesmo, nove e trinta. Mais uma coisa senhor, tenho aqui um folder de um hotel que está fazendo um preço especial para os congressistas, o senhor já está hospedado?
- Sim, já estou na casa de um amigo.
- Em que bairro?
- No 
Trinta Bocas.
Trinta bocas? Não existe esse bairro em Fortaleza, não seria no Seis Bocas?
- Isso mesmo, no bairro 
*Meia* Boca.
Não é meia boca, é um bairro nobre.
- Então deve ser 
*cinco* bocas.
- Não, 
Seis Bocas, entende, Seis Bocas. Chamam assim porque há um encontro de seis ruas, por isso seis bocas. Entendeu?
- Acabou?
- Não. Senhor é proibido entrar no evento de sandálias. Coloque uma 
meia e um sapato...
 
O africano enfartou...
 

sábado, 29 de março de 2014

ATÉ QUANDO, SENHORES DA CNBB?

Percival Puggina
Sei que o texto transcrito a seguir parece escrito com o cotovelo, mas era preciso ser fiel ao trabalho de seus redatores. Trata-se de um trecho do documento Análise de Conjuntura, referente a março de 2014, preparado pela assessoria da CNBB para a 83ª reunião do Conselho Permanente da entidade, ocorrida entre os dias 11 e 13 deste mês em Brasília.

"Em análises anteriores da conjuntura econômica foi assinalado o discurso alarmista da imprensa e o alarmismo de analistas econômicos, não sem contradições na análise da realidade. Está bem presente um viés ideológico que perpassa todas as análises evidenciando um conluio entre a imprensa e os donos do dinheiro no país. O tom das análises reflete rancor, raiva e oposição ao governo atual, com parcialidade tal que perde o sentido de objetividade. A chave de leitura é uma oposição visceral do mundo financeiro e empresarial ao governo da presidente Dilma, ampliada com o horizonte das eleições em outubro deste ano."

Por indicação de um leitor, retornei ao site da CNBB em busca desse documento. Havia onze anos que eu não perdia meu tempo lendo as análises mensais de conjuntura preparadas pela assessoria da CNBB. A entidade, na ocasião em que questionei o tom petista militante que caracterizava os textos, informou que os mesmos não eram "dela", CNBB, mas elaborados "para ela". Com tal afirmação, os senhores bispos supunham desobrigar-se de um volumoso conjunto de documentos que, estranhamente, levam o timbre e estão disponíveis no site da entidade que os congrega.

Entre minha visita anterior e esta, transcorreu toda uma década, mudou o mundo, mudou o Brasil, mas os assessores da CNBB continuam derramando seu fel ideológico sobre cada frase. A orientação persiste: defesa insistente do petismo e seus parceiros de aquém e de além mar. O texto acima, por exemplo, é parte de um trecho bem maior, dedicado à situação nacional. Ao longo dele algo, ao menos, fica bem claro: os peritos que socorrem a CNBB com sua visão da "conjuntura" já têm candidata a "presidenta" para 2014. O documento deve ter cerca de 5 mil palavras. De início, para desvendar sua eclesialidade, procurei ver quantas vezes apareciam nele a palavra Cristo e seus derivados. Usando o instrumento de busca, digitei as letras "crist" com o que abrangeria todos os vocábulos com essa raiz. Houve apenas três ocorrências. Pareceu-me pouco para um documento católico. Quando fui ver o que diziam do Mestre, descobri, não sem surpresa, que uma dessas referências tratava da senhora Cristina Kirchner, a outra do senador Cristovam Buarque. E a terceira mencionava as "milícias cristãs" que estariam sendo submetidas à lei de Talião na República Centro-Africana. Ou seja, do doce Nazareno, apesar de levar a assinatura de quatro padres, nada. Ni jota como diriam nossos vizinhos castelhanos. O texto ficaria muito bem num Congresso do PT ou numa reunião do Foro de São Paulo: apoio ao governo federal, à presidente Dilma, ambiguidade em relação à crise da Ucrânia e apoio a Maduro na crise venezuelana, onde sustentam os redatores que a oposição, sim, a oposição, estaria radicalizando.

Entre os quatro leigos que também subscrevem o documento incluem-se o secretário de Articulação Social da Chefia de Gabinete da Presidência da República (braço-direito do ministro Gilberto Carvalho) e o secretário de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda do governador petista do Distrito Federal. Os outros dois leigos são membros da Comissão Brasileira de Justiça e Paz, outro dos vários organismos da CNBB aparelhados pelo PT, como a Pastoral da Terra, as CEBs e a Pastoral da Juventude. Todos selecionados a dedo, portanto, para produzirem o que se lê. Esperavam o quê?

Não é com surpresa que faço estas constatações e escrevo estas linhas. A CNBB parece não se importar com as demasias praticadas sob o guarda-chuva de seu nome e logomarca, nem com sua instrumentalização para fins políticos e partidários. Pode chocar a você, leitor, saber que esse suposto desinteresse coloca a instituição a serviço de quem, inequivocamente, tem entre seus objetivos o de acabar com o pouco que ainda remanesce de valores cristãos e de presença da Igreja na sociedade brasileira. Mas isso não causa o menor constrangimento à CNBB.

Há muitos lobos no meio das ovelhas que lhes confiou o Senhor. Às avessas da recomendação evangélica, os mansos como as pombas não parecem ser prudentes como as serpentes. E os prudentes nada têm de mansos. 

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More