GILBERTOSIMÕESPIRES/PONTOCRITICO
ALERTA DO BIS
Nesta semana, para quem não sabe, o BANCO DE COMPENSAÇÕES INTERNACIONAIS -BIS-, importante instituição financeira internacional que atua como um "BANCO CENTRAL DOS BANCOS CENTRAIS" fez um alerta quanto as implicações de dúvidas sobre a sustentabilidade fiscal em mercados emergentes, após "medidas" de CORTE DE GASTOS do governo Lula terem sido -amplamente questionadas-.
POSIÇÃO FISCAL EM ORDEM
Segundo o BIS, "O Brasil é mais um exemplo dos PROBLEMAS que temos destacado em mercados emergentes -com um HISTÓRICO DE INFLAÇÃO MAIS ALTA-, mas isso se aplica a todas as economias. 'É por demais importante, portanto, manter a POSIÇÃO FISCAL EM ORDEM, a CASA EM ORDEM, enfatizou o diretor do Departamento Econômico e Monetário do BIS, Cláudio Borio, ao comentar o relatório trimestral da entidade, publicado nesta terça-feira, 10.
OBVIEDADE
Na real, o BIS percebeu o tamanho da FRUSTRAÇÃO da sociedade brasileira e fez coro proferindo a seguinte obviedade: No Brasil, as esperadas medidas de CORTE DE GASTOS foram mal-recebidas pelo mercado, o que levou o real a desvalorizar frente ao dólar e pressionou os juros futuros para cima.
VIGILANTES DE TÍTULOS
Uma grande preocupação do BIS diz respeito ao EXPRESSIVO AUMENTO DA OFERTA DE DÍVIDA PÚBLICA, o que pode causar RUPTURAS NO MERCADO DE TÍTULOS QUE PODERIAM SE ESPALHAR PARA OUTROS ATIVOS. E, embora os mercados ainda não tenham sofrido os chamados ataques de “vigilantes de títulos”, em que os investidores em dívidas aumentam drasticamente os custos dos empréstimos para forçar os países a se afastarem da negligência fiscal, as autoridades não devem esperar que isso aconteça, diz o relatório.
Os mercados financeiros, completa Borio, estão começando a perceber que terão de absorver esses volumes crescentes de dívida pública. “Leva tempo para que as autoridades ajustem suas políticas e, se eles esperarem que os mercados acordem, será tarde demais.” Os grandes déficits orçamentários sugerem que a dívida soberana dos países pode aumentar em um terço até 2028, chegando a 130 trilhões de dólares, de acordo com o Instituto de Finanças Internacionais.
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