Alex Pipkin
Onde há luz, há escuridão.
Sombrios tempos das trevas, movendo-se de todas as formas inimagináveis, a fim de apagar as luzes da verdade e dos valores civilizacionais.
A perseguição aos que falam a verdade nunca foi tão implacável. Os nomes desse jogo sujo são intimidação e coerção. Como judeu, devo e sei muito bem do que se trata.
Sem reducionismos, de uma certa forma, estamos no olho do furação da batalha entre o bem e o mal. A liberdade, de fato, está em risco -abissal.
Democracia não passa de um som emitido pela boca daqueles que agem de maneira totalmente distinta daquilo que falsamente falam e fazem. Vivemos numa ditadura, aquela que impõe medo e penalidades àqueles que ousam rejeitar a mentira e pronunciar a verdade como ela é.
Sectários ideológicos, religiosos e/ou outros tipos de interesseiros lutam arduamente para ceifar os direitos individuais e, em especial, a liberdade de pensamento e expressão. Todo homem verdadeiramente livre tem o direito de expressar aquilo que pensa. Evidente que as palavras importam e têm consequências; assim deve ser sempre.
A nova velha censura volta à cena, em um tempo de retrocesso, de emburrecimento e de infertilidade, da doença contagiosa da dissonância cognitiva. Só se pode pronunciar aquilo que vai ao encontro dos interesses pessoais e/ou tribais dos autoritários de plantão. Tudo que não se alinha à tribo “progressista” deve ser cancelado e punido.
No terreno lamacento de mentirosos contumazes, maldosos e hipócritas, os piores são os dissimulados e enrustidos. E como eles pululam! Só é mesmo um defensor da liberdade aquele que aceita a liberdade de expressão daquilo que é dito em contrário ao seus próprios pensamentos e ideais. Isso é a verdadeira liberdade, desde que não se transforme em um discurso de ódio e aniquilação factuais.
“Progressistas” e a velha e surrada mídia exercem livremente seu direito de expressar, omitindo, distorcendo e mentindo, por meio de suas narrativas populistas e falaciosas. Estes controlam o discurso, rejeitando a verdade e perseguindo aqueles que a dizem.
Até quando? Ninguém sabe. O que sei é que a supressão da verdade suprimiu também o debate sério e honesto, agregando terror e medo, amedrontando e calando. Vários já me confessaram.
Onde vamos parar? Não sei; o que sei é que estamos, seguramente, andando para trás – e o “moderno mundo novo” gira à la Voltaire. Supostamente, é de autoria do filósofo francês a seguinte frase: “Posso não concordar com o que você diz, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo”. Isso deveria ser a regra mais elementar da liberdade.
Não, não é. Os tempos sombrios são ditatoriais. O que vale para todos eles, desafortunadamente, é a liberdade de expressão somente para eles próprios. Integridade, coerência e justiça transformaram-se em raridade.
O que vale neste “modernoso” tempo “progressista do atraso” é, claramente, só, e somente só, as “verdades” e as opiniões deles.
publicadaemhttps://www.institutoliberal.org.br/blog/justica/a-perseguicao-implacavel-contra-a-verdade/
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