Jornalista Andrade Junior

segunda-feira, 28 de novembro de 2022

'Haddad é um caso de fracasso testado e comprovado',

 por J.R. Guzzo O nome que a esquerda colocou no ar para assumir o Ministério da Fazenda é uma garantia de falência. Vive de intenções, não de resultados


O ex-presidente Lula nunca disse aos eleitores o que ele iria fazer em relação à economia do Brasil – não disse nem sequer quem iria ser o seu ministro na área. 

Para qualquer outro candidato, esse tipo de postura seria denunciado como oportunista e irresponsável; afinal, é um dever elementar de quem pretende presidir o País explicar honestamente quais as decisões que pretende colocar em prática em questões essenciais para a vida da população.

Em Lula, é claro, a recusa de assumir compromissos e a opção de esconder propósitos foram elogiadas como mais uma prova de sua “sensibilidade política” – não dizendo nada, ele dá a entender que tudo é possível, e com isso recebe o apoio de gente que espera ações opostas umas das outras. 

O resultado é que os brasileiros ainda não foram informados, um mês após a eleição, a respeito do que Lula quer fazer com a economia do País.

Fala-se, agora, numa arrumação amarrada com barbante para “dividir” a administração da economia em dois pedaços, cada um querendo coisas diferentes – um pedaço de esquerda, com as mesmas soluções que dão errado há 100 anos, e um pedaço descrito como mais “liberal”. 

Tem tudo para dar errado, é claro, como sempre acontece com a fabricação de miragens – mesmo porque quem vai mandar de verdade é um dos lados, enquanto o outro vai ficar fingindo o desempenho de um papel de “moderação” que resultará em três vezes zero. 

No caso da gambiarra que vem sendo cogitada para a “equipe econômica”, tanto faz quem vai ficar no papel de “liberal” – se não vai resolver nada mesmo, podem colocar qualquer um. 

Já o nome do outro ministro, aquele que decidirá de fato as coisas porque vai estar lá para executar as ordens de Lula, pode fazer diferença, e muita, no seu grau de ruindade.

O nome que a esquerda colocou no ar é uma garantia de falência.

 Foi um ministro da Educação ruim; foi um prefeito de São Paulo pior ainda. 

É um desses casos de fracasso testado e comprovado. 

Vive de intenções, não de resultados. 

Tem desejos e não um programa de governo. 

Não quer fazer, objetivamente, nada de bom para o Brasil; só quer experimentar ideias e essas ideias são um curso completo na arte de fazer a coisa errada. 

É um clássico, em matéria de PT – esse tipo de governante que quer acabar com a pobreza mantendo vivos, na folha de pagamento do Estado, os Correios, o Dataprev e outros bichos da mesma espécie, ou então socando mais gente na máquina estatal, ou criando empresa estatal. 

São os que acham que a estabilidade financeira torna impossível o progresso social. 

O resto do que querem é parecido. Não há nenhum risco de dar certo.

Publicado originalmente no Estadão


Revista Oeste













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