Alex Pipkin, PhD
Na vida e nos negócios, existem variáveis que se encontram sob nosso controle, e aquelas que, para obtê-las e/ou controlá-las, precisamos de coragem.
Aristóteles, na Grécia Antiga, ressaltava o valor da grande virtude: a coragem.
De acordo com o filósofo, a coragem é o equilíbrio entre o medo e a ausência dele. Coragem de verdade não é a falta do medo, mas a vitória sobre ele.
Eu diria que a “coragem racional” está entre o medo e a bravura irresponsável.
Em tempos verde-amarelos acinzentados, sombrios no mundo, eu nunca vi tamanha falta de coragem.
Não, não se trata de achismo, basta verificar o que ocorreu no auge da cólera pandêmica.
Parece-me que para a maioria dos brasileiros, factualmente, a coragem é uma virtude antiquada.
Vou além da generalização, que é sempre imprecisa e perigosa.
Falta-nos coragem para encarar situações e eventos nas diferentes esferas da vida “vivida”, como também no nível de fazer escolhas e, portanto, tomar decisões no meio empresarial. Refiro-me aqui tanto às decisões operacionais do dia a dia quanto às estratégicas de alocação de recursos no presente, visando à construção de uma posição diferenciada e favorável no futuro. A incerteza do futuro gera medo…
Desejo me concentrar em um aspecto da realidade nacional.
É claro que todo mundo sabe que essa composição do STF, a pior da história nacional, é formada por membros despreparados, interesseiros, ideológicos, aspirantes a tiranetes, arcaicos - a lista é extensa, paro por aqui.
O tiranete-mor, sem dúvida, é o xerife Alexandre de Moraes. Arrogância e demonstrações de imposição e força sobram-lhes, faltam-lhes imparcialidade e razão.
Contudo, reconheço nesse semideus togado a coragem. A coragem desvairada, aquela que beira a loucura.
A grande questão tupiniquim hoje, portanto, diz respeito a como combater essa legítima anomalia irresponsável.
Penso que não há outro remédio - administrado em doses cavalares - que não seja com a corajosa manifestação popular. A sabedoria popular é sabia.
O povo sacou que chegou a hora…
Não há nada de irresponsável nos milhões de pessoas que se encontram nas ruas do país, protestando por liberdade, justiça, ordem e prosperidade.
Friso que o referido equilíbrio envolvido na coragem de Aristóteles está na identificação da luta que deve ser travada, naquela que vale todo o esforço dispendido.
O povo brasileiro - já repararam como o ex-presidiário utiliza essa expressão? - identificou e comprou a “boa luta”. Independente do desfecho, valeu a pena!
“Quero ser alguém que faz… Levar o que faz da minha vida algo que valeu a pena ser… Valeu a pena ser!”.
Pois é a luta da coragem desarrazoada contra aquilo que todo mundo vê, e mesmo daquilo que não se vê (oh, grande Frédéric Bastiat!), efetivamente, daquilo que deve e precisa ser feito.
Certo que as elites - podres - impõem o medo para controlar o povo. Visível que vivemos a ditadura da toga verde-amarela.
Então, encarna Aristóteles, e se estiver com um certo temor, aperta aquela tecla “f…”, e vai com medo mesmo!
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