Jornalista Andrade Junior

domingo, 4 de julho de 2021

A 'terceira via' nasce do oportunismo emocional de Eduardo Leite e da astúcia da GloboLixo,

 segundo Bernadete Freire Campos - Psicóloga

Entrevistado pela Folha de S.Paulo, declarou sua intenção em ser candidato à Presidência da República em 2022. Ao ser perguntado o que precisa para ser viável como um candidato de terceira via, respondeu:

“Conectar com o sentimento do eleitor. O eleitor sabe o que ele não quer, ele demonstra a partir do nível de rejeição que a gente vê nos dois candidatos que ele não quer mais do mesmo. Então tem que poder representar o encerramento desse capítulo de divisão dos Brasileiros.”

Ele está se referindo obviamente, aos possíveis candidatos, o atual presidente Bolsonaro e o recém ex condenado Lula.

Eduardo Leite, acredita que pode vencer os dois, no primeiro turno:

“Trabalharemos para que o segundo turno não aconteça”.

Um otimismo assustador para quem tinha 0,2 por cento de alcance midiático até a semana passada...

Por enquanto, não dá para saber se é delírio, chuva de verão, ou um novo tsunami ameaçando o cenário político brasileiro.

O fato é que, o sujeito já ganhou mais de 100(cem) mil seguidores, e postou mensagem, que diz: que “o amor vai vencer o ódio”, além de receber uma enxurrada de mensagens de pessoas de extrema esquerda, identificadas com a causa política, e, especialmente com a sua sexualidade, e aproveita para se apresentar como esperança para os jovens e, sem demora, promete representar, em especial a causa LGBT.

Seria a oportunidade perfeita para implementar a ideologia de gênero? E quem sabe criminalizar a heterossexualidade?

Em um país em que ultimamente, se assemelha a uma zona, não é de se admirar que tudo gire em torno de sexo. Usar as questões de foro íntimo para comover um grupo de pessoas, é subestimar a maioria da população e tentar impor suas preferências pessoais, desrespeitando as dos outros.

A extrema esquerda apoderou-se das causas LGBT de tal forma, que discrimina e segrega as pessoas LGBT de direita.

A quem interessa eleger um presidente tão jovem e inexperiente?

Sinto cheiro de velhas raposas eufóricas com a possibilidade de volta ao poder... Um novinho dá para manipular. Certo?

O plano parece perfeito: o alvo é o presidente Bolsonaro. Com a falsa reputação de homofóbico, construída nos embates com os jornalistas militantes ao longo de sua jornada como político, tornou-se alvo de oportunistas.

As pessoas bem-intencionadas sabem que, o que o Bolsonaro repudia são as perguntas abusivas, não a pessoa ou instituição em questão. O comportamento, não a pessoa.

Em 2008, um fato protagonizado por dois deputados, Clodovil Hernandes e Jair Messias, merece destaque hoje. Ao concluir a sua fala, o solitário Clodovil em um plenário quase vazio, foi surpreendido pelo pedido de aparte, do então deputado Jair, que fez um comovente discurso: “Chegou aqui um grupo de jovens, na faixa etária de 10 anos, tenho um filho dessa idade. A sua pureza se assemelha à dessas crianças”

E prosseguiu:

“Se o parlamento tivesse a pureza da alma que Vossa Excelência tem; que confessa publicamente que não tem conhecimento suficiente para debater, aqui, temas com quem muitas vezes não debate pensando no Brasil, mas pensando em causa própria, o Brasil estaria muito melhor.”

E justo ele, o Jair, que era acusado de ser homofóbico, alertou para o fato de que o preconceito vinha dos seus colegas na câmara:

“Há uma certa discriminação, sim, em apartear Vossa Excelência. Alguns têm vergonha, ou simplesmente fazem algumas piadinhas, mas eu respeito a sua pureza, a sua inocência.”

E aproveitou para compará-lo aos outros políticos de Brasília:

“Sou diferente de Vossa Excelência em muita coisa, mas, na pureza, confesso, de vez em quando penso como Vossa Excelência. E o Brasil, e este Congresso, mostraria a força em poder mudar o nosso País se agisse um pouco mais com inocência, com pureza, com alma de criança, do que com alma de velhas raposas, astutas, sempre pensando em se perpetuar no poder.”

No final do aparte, ele desejou sucesso ao colega em primeiro mandato e disse:

“...a reeleição para quem é puro e honesto” se torna “muito mais difícil” do que para o político “impuro e desonesto”.

Duvido que o Clodovil tenha recebido em vida, alguma declaração tão respeitosa e primorosa. É quase uma poesia.

É relevante lembrar que o deputado Clodovil não gostava de dar evidência às causas LGBT especificamente e, nem de ser tratado como vítima.

“Não. Não tenho honra de ser homossexual e nem orgulho gay. Tenho honra de ser quem sou. E só permito esse assunto com Deus”.

Quem diria hein? Clodovil e Jair, tão diferentes na aparência e tão iguais na essência.

Se Clodovil estivesse vivo, com certeza estaria se sentindo honrado por ter o seu colega na presidência da República.

Ficaria ainda mais orgulhoso por seus ideais que permanecem os mesmos. Mesmo mal interpretado, acossado, desrespeitado, vilipendiado, não mudou o discurso. E só não conseguiu ainda colocar em prática por motivos óbvios.

O discurso do então deputado Jair reverbera ainda hoje no momento político. Fala das velhas e astutas raposas que trabalham para se perpetuarem no poder. Alerta para as dificuldades de reeleição para os puros e honestos, pois, muitas vezes, são vistos como despreparados e tolos.

Nos remete a necessidade de resgatar a pureza de alma, a inocência da criança, a franqueza, a honestidade, a coragem de ser tão somente si mesmo, sem rótulos, sem vitimismo, coragem de inspirar os outros a assumir a sua soberania pessoal.

O Brasil não pode ter segunda, nem terceira via.

Nenhum presidente enfrentou o desafio de uma pandemia e simultaneamente, uma perseguição política declarada e ferrenha como essa que vem enfrentando. Os mais de 58 milhões de eleitores sabem que não há outra via sem corrupção. Assim que a crise na saúde estiver controlada, não há outro caminho senão o da prosperidade. Avante Brasil!



















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