“O meu ideal político é a democracia, para que todo homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado” ─ Albert Einstein.
Qual expectativa se pode ter quando um rebanho primitivo ─ na definição magistral de Augusto Nunes ─ se divide entre a idolatria e a veneração? Só enxergo um caminho: a insistência na democracia. A democracia, porém, não se faz por espasmos. É exercício diário, permanente, que abrange todos os poderes da República. E que permeia nossas opções e ações.
Não é ofensa chamar a muitos de primitivos. Menos ainda se os enxergarmos como um rebanho. É uma constatação dolorosa.
Se há dez anos fomos (muitos de nós) enganados, hoje nem isso serve como desculpa. Primitivamente assumimos a face da corrupção como sendo endógena ao ser humano, como insiste o lulopetismo. Que fazer política ─ como afirmou um ator desta nova era dos não-intelectualizados ─ é “enfiar a mão na merda”.
Só os primitivos aceitam que o trabalho de cada um pague amantes do protoditador aprendiz de bolivariano. Quantas Roses os primitivos aceitam como cota pessoal de Lula?
Somente os muito toscos (sinônimo de primitivo, antes que me acusem de usar palavrs ofensivas) entendem que “eu não sabia”, “eu não fiz” e “eu fiz, mas todos fazem” são argumentos políticos.
Quem assim age se deixa instrumentalizar. Por qualquer discurso que eleve a ignorância a valor, a mentira a argumento e a esperteza se sobrepondo ao esforço.
São capazes de protestar ─ como em junho ─ contra aumento de passagens e superfaturamento de estádios. E se calam quando ladrões condenados continuam soltos, e certamente ainda ladrões, com a cumplicidade do Poder Judiciário.
Uma coletividade de primitivos (politicamente) não é realmente um rebanho?
O que esperar de um rebanho de primitivos quando tem que escolher quem o governe? E os valores destes governantes?
Conceitos como estado de direito, cidadania, respeito às oposições, direito de discordância, liberdade de imprensa, entre outros, não fazem o menor sentido para eles.
Seria como esperar que Sarney, Maluf e Collor passassem a ser honestos quando se tornaram aliados preferenciais do PT.
Não faz o menor sentido. O primitivismo é incapaz de conter, em si, alguma noção de dignidade política ou respeito próprio.
O primitivo não se respeita. Não crê em si próprio. Esconde-se no anonimato, pois tem vergonha do que é.
Parafraseando Einstein, meu ideal político é a democracia. Sem rótulos. Um regime em que todos sejam respeitados, em que a veneração, mitificação e idolatria não sejam uma cerca que prenda rebanhos de qualquer espécie.
Por fim, que haja alternância de poder sem ser necessário esperar que um dia estejam todos presos e o regime se desmanche por si. É muito primitivo pensar assim e, até lá, ser mais um deles.
O problema ─ ao fim e ao cabo ─ não é ser primitivo. É saber-se primitivo. E optar por continuar a ser.
1 comments:
Pobre democracia brasileira com seres primitivos como Lula e Dilma e com juízes como o" Semi-Deus" Celso de Mello que leva duas horas e cinco minutos para proferir um voto criminoso que destruiu o último poder em que o povo ainda tinha esperança.
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