Alex Pipkin
Não enxergamos o mundo como ele é, vemos o mundo como somos. Nesta direção, catastroficamente, os “incentivos progressistas” têm “ensinado” e estimulado ao estresse, em especial aos mais jovens, à nociva cultura da vitimização. Há vítimas e vítimas, seguramente: reais e construídas.
Desde muito cedo, as pessoas têm suas mentes marteladas pelas narrativas – “nobres” – e ideias altruístas, idealistas e bondosas, de que o seu dever é “consertar e salvar a humanidade”. Notadamente, em referência a uma sociedade capitalista, que “explora e oprime” os mais fracos para enriquecer os poderosos.
Todos têm a obrigação de tomar café, almoçar e jantar com a dor emocional em relação às mazelas sociais. Daí, infere-se que a grande mãe Estado, compulsoriamente, tem a missão precípua da “salvação terrena” de todos.
Sim, é importante se ter empatia em relação aos outros. Adam Smith já nos ensinava sobre o nosso expectador imparcial, o nosso eu interior, aquele que faz julgamentos morais, impelindo nossa preocupação com os outros.
Porém, vive-se na era do sentimentalismo exacerbado. Para usar o termo da moda, tóxico. Além disso, não basta ser, tem que parecer ser, e alardear aos quatro ventos.
Os jovens são impulsionados, manipulados e pressionados, a pensar e agir, exclusivamente, utilizando a parte límbica do cérebro, aquela responsável pelas emoções.
A dor, sabemos, é imanente ao ser humano, portanto, algo inevitável. No entanto, dor é diferente do nefasto sofrimento, aquele é impulsionado pelo “progressismo” coletivo, que assola os jovens – e velhos. O sofrimento coletivo se transformou no centro da experiência e do objetivo de vida de indivíduos. A vida passou a ser “vivida” dentro de mentes infectadas e lacradas às experiências e às possibilidades do mundo exterior.
O progressista politicamente correto pressiona e culpa as pessoas pelo sofrimento alheio, independentemente das razões individuais para tal sofrimento dos outros. Todos os coletivistas das “mentes das cavernas interiores”, passam a viver o presente, projetando um futuro sombrio e “explorador”, o que opera como um antídoto contra o poder da agência individual, da autoresponsabilidade e das possibilidades de evoluir e se desenvolver, por meio do esforço individual contínuo e do autoaperfeiçoamento.
Literalmente, às narrativas e às histórias das mazelas sociais, e da ideia fixa da opressão, faz a cabeça dos jovens.
A verdadeira salvação está na mudança da atitude individual. É necessário fugir do coletivo, pensar criticamente, assumindo a agência e o controle de sua própria vida! Salve primeiro a si próprio, para depois, eventualmente, “salvar os outros”. Melhor, seja misericordioso consigo mesmo!
A dor é poderosa, factualmente, ela ensina a gemer. Essa nos move a tomar as rédeas de nossas próprias vidas, enfrentando as dificuldades naturais impostas pelo simples fato de viver. Todos, absolutamente todos, passam por adversidades, distintas, de diversas e diferentes ordens.
Só há uma forma de melhorar mundo, e o seu próprio mundo. O caminho, necessariamente, passa por assumir a propriedade da sua mente, exercendo as virtuosas virtudes do esforço individual, da disciplina e de suas próprias conquistas.
Mude seu comportamento e sua atitude. A partir daí, seja livre para fazer o que julgar ser o melhor. De forma consciente, faça “por você” e, se desejar, racionalmente pelos outros.
Ser benevolente e dar o perdão do seu coração é uma decisão sua. Ninguém deve ser forçado e/ou coagido a fazê-lo.
Por fim, é vital frisar: sem os valores civilizatórios basilares, não há oportunidades, para ninguém!
publicadaemhttps://www.institutoliberal.org.br/blog/politica/sentimentalismos-toxicos/
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