Jornalista Andrade Junior

FLOR “A MAIS BONITA”

NOS JARDINS DA CIDADE.

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CATEDRAL METROPOLITANA DE BRASILIA

CATEDRAL METROPOLITANA NAS CORES VERDE E AMARELO.

NA HORA DO ALMOÇO VALE TUDO

FOTO QUE CAPTUREI DO SABIÁ QUASE PEGANDO UMA ABELHA.

PALÁCIO DO ITAMARATY

FOTO NOTURNA FEITA COM AUXILIO DE UM FILTRO ESTRELA PARA O EFEITO.

POR DO SOL JUNTO AO LAGO SUL

É SEMPRE UM SHOW O POR DO SOL ÀS MARGENS DO LAGO SUL EM BRASÍLIA.

terça-feira, 31 de dezembro de 2024

Anistia, a próxima vítima de uma “Corte Inconstitucional”

 Judiciário em Foco 


Em nações regidas pelo império da lei, magistrados restringem sua atuação, na esfera penal, à sobriedade do julgamento de condutas descritas como delitivas pelos legisladores e tidas como puníveis pelo ordenamento vigente. Nos sombrios territórios dominados pelo capricho humano, togados se dão ao luxo de usurpar a atividade legislativa, de modificar situações constituídas, de reescrever o passado e de dispor sobre o futuro da coletividade, tudo ao sabor das próprias conveniências.


Em recente canetada monocrática, o ministro Flávio Dino, do STF, pretensamente imbuído do nobre anseio de honrar os mortos, criou mais um perigoso precedente para a nossa já cambaleante estabilidade jurídica. A pedido do Ministério Público Federal (MPF), o togado comunista propôs ao seu tribunal a discussão de uma tese segundo a qual o crime de ocultação de cadáver não estaria amparado pela Lei da Anistia (Lei 6683/79). Em discurso ideologizado, inspirado pelo filme “Ainda estou aqui”, Dino pavimentou a rota em direção à responsabilização penal de agentes do estado brasileiro pelo desaparecimento de corpos de combatentes na guerrilha do Araguaia, durante o regime militar.


De boas intenções, o inferno está cheio, e das melhores falácias se alimenta a nossa cúpula judiciária. Na visão de Dino, os autores do sumiço dos esqueletos do Araguaia não mereceriam o benefício da anistia por terem incorrido em um chamado crime permanente, cuja consumação se espraia para muito além da data de sua prática. Em outras palavras, como os corpos subtraídos entre os anos de 1961 e 1979 seguem desaparecidos em 2024, o togado sustenta que os responsáveis não poderiam ser anistiados por delitos que se protraem até hoje. Será mesmo?


Por seu cunho de norma penal, em cujo âmbito o que está em jogo é a própria liberdade de ir e vir, a Lei de Anistia tem de ser interpretada de forma restritiva, em consonância apenas com o seu teor literal, por mais abjetas que possam ter sido as condutas de seus beneficiários. Nem mesmo a constitucionalidade da lei de 79 poderia ser questionada por Dino e seus pares, na medida em que o próprio Supremo a reconheceu, em julgamento proferido já no período democrático.


De acordo com a letra fria da lei, a concessão do benefício abarcava, em termos bem genéricos, todos os crimes políticos, os eleitorais e os demais delitos ensejados por motivação política. A preocupação dos governantes, em 79, residia em extinguir a punibilidade tão somente dos ilícitos voltados à derrubada ou à manutenção do modo de exercício do poder desde o golpe de 64, em uma tentativa de apaziguar os ânimos e de facilitar a transição do regime então vigente para uma nova ordem democrática. Portanto, o único critério para a concessão da anistia consistia na natureza política dos crimes, quer se tratasse de delitos de consumação instantânea, como os homicídios, quer se tratasse de crimes permanentes, como os de ocultação de cadáveres. Daí saltar aos olhos a impertinência da discussão suscitada pelo MPF e acatada por Dino, em uma estarrecedora desconexão com a norma sobre a matéria.


Aliás, os envolvidos nesse pseudodebate fingem desconhecer que a própria Lei de Anistia recusava o benefício a indivíduos já condenados pelos crimes de terrorismo, assalto, sequestro e atentado pessoal e, desse modo, estipulava exceções à regra da anistia aos autores de delitos políticos. Assim, como não cabe a Dino, na qualidade de intérprete da norma, a inserção de uma hipótese excepcional, não prevista pelos agentes políticos da época, a canetada do magistrado comunista pode ser enxergada como mais uma atuação legislativa indevida por parte de uma corte dada à usurpação dos poderes alheios.


O judiciário de Dino, que menospreza a Lei de Anistia de 79 a ponto de pretender “inová-la” para nela inserir a vedação do benefício a autores de crimes permanentes, é o mesmo estamento que escancara sua censura prévia ao PL da Anistia ora em tramitação junto ao parlamento e destinado a isentar de punição todos os atuais presos políticos, inclusive os envolvidos nos episódios do 8 de janeiro. Tanto sob os holofotes midiáticos quanto em declarações “reservadas” a certos jornalistas, não têm sido raras as manifestações de repudio, por supremos togados, ao projeto legislativo por eles rotulado, de forma apriorística e arbitrária, como pretenso desvio de finalidade e ato inconstitucional. Sem qualquer respeito ao dever de continência imposto pelo cargo, ao princípio da inércia do judiciário (segundo o qual magistrados só podem atuar mediante provocação das partes interessadas) e à autonomia legislativa, nossos magistrados de elite não hesitam em intimidar congressistas e em prejulgar uma iniciativa que, se transformada em lei, poderá vir a ter sua constitucionalidade questionada junto ao tribunal por eles integrado.


No caso da Lei de Anistia do final da década de 70, Dino avança rumo à desconstituição de situações formadas à luz da norma vigente na época, expondo pessoas outrora anistiadas à incerteza de uma eventual privação da liberdade. Devido ao afastamento temporal de quase 50 anos em relação ao período da ditadura, o despacho de Dino dificilmente produzirá efeitos práticos, pois imagina-se que a maior parte dos agentes fardados de então já tenha falecido ou esteja entregue à decrepitude. De toda forma, o despacho poderá ser entendido, pelos demais poderes e pela sociedade em geral, como uma mensagem de desprezo à anistia em si, prevista em nossa atual Constituição como prerrogativa do congresso, condicionada à sanção do Executivo. Como panfleto de propaganda subliminar, a deliberação de Dino servirá ainda para associar as práticas da tortura e da ocultação de cadáveres nos anos 70 às condutas dos nossos atuais fardados, buscando legitimar todas as medidas arbitrárias que têm sido tomadas pelo STF e por sua polícia federal contra militares envolvidos na tal “tentativa de golpe bolsonarista” que jamais houve.


A deliberação pretensamente humanitária de Dino trará a asfixia de mais um mecanismo que, apesar de constitucionalmente descrito como faculdade atribuída a agentes políticos, sofrerá um “remanejamento” para ficar a cargo de togados desprovidos de representatividade popular. A força da canetada poderá levar uma massa já acovardada de parlamentares a empurrarem para os fundos inalcançáveis de suas gavetas empoeiradas um projeto que poderia ser redentor para milhares de brasileiros vitimados pelo encarceramento injusto, à margem do devido processo legal.


Os pactos de esquecimento resultantes em anistia tendem a se transformar na mais nova ficção do país que alardeia uma condição democrática, mas banaliza práticas autoritárias. Por aqui, não há mais pactos político-sociais eficazes e muito menos a possibilidade de esquecimento por parte de autoridades eleitas. Afinal, nos tornamos um país de togas, onde os mandachuvas da magistratura conferem autênticas “anistias” a práticas do universo da criminalidade grossa enquanto se recusam a anistiar presos políticos, miseráveis vítimas de seus desmandos. Sob a ótima jurídica, apagão do estado de direito; sob a ótica cristã às vésperas de mais um Natal, ausência de compaixão.



Judiciário em Foco

Katia Magalhães é advogada formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e MBA em Direito da Concorrência e do Consumidor pela FGV-RJ, atuante nas áreas de propriedade intelectual e seguros, autora da Atualização do Tomo XVII do “Tratado de Direito Privado” de Pontes de Miranda, e criadora e realizadora do Canal Katia Magalhães Chá com Debate no YouTube.




















publicadaemhttps://www.institutoliberal.org.br/blog/justica/anistia-a-proxima-vitima-de-uma-corte-inconstitucional/

STF deve gastar R$ 100 milhões com segurança armada

 Agentes vão atuar em São Paulo, no Rio Janeiro, no Paraná e no DF

revistaoeste


O Supremo Tribunal Federal (STF) deve gastar pouco mais de R$ 100 milhões com segurança privada armada. O contrato vai durar dois anos. De acordo com a encomenda, os agentes vão atuar em São Paulo, no Rio Janeiro, no Paraná e no Distrito Federal. Na solicitação, o tribunal exigiu pistolas calibre.380, munições, coletes e spray. Ainda conforme o pedido, esses profissionais terão de conduzir os veículos dos ministros do STF.


“Em tempo, insta destacar que esta Secretaria de Segurança tem adotado todas as medidas a fim de garantir a segurança de suas excelências, os senhores ministros”, observou o tribunal. “Dessa forma, por vezes, alguns eventos implicam em maior risco, o que gera a necessidade de alocação de maior efetivo nos serviços de proteção.” 


Presidente do STF interfere na segurança de SP


No início deste mês, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, determinou à Polícia Militar (PM) do Estado de São Paulo que use câmeras corporais nas fardas de seus agentes. Além disso, o juiz do STF estabeleceu ao governo Tarcísio: Barroso atendeu a um pedido da Defensoria Pública do Estado. “Identifico um agravamento do cenário fático em relação à situação observada em dezembro de 2023, quando foi ajuizada a presente contra cautela”, observou Barroso, no despacho. “Essa é a premissa adotada nessa decisão, conforme histórico da política pública de uso de câmeras corporais pela PM do Estado de São Paulo.” 


A coluna No Ponto analisa e traz informações diárias sobre tudo o que acontece nos bastidores do poder no Brasil e que podem influenciar nos rumos da política e da economia. Para envio de sugestões de pautas e reportagens, entre em contato com a nossa equipe pelo e-mail noponto@revistaoeste.com. 


VAMO QUE VAMO...

 gilbertosimõespires/pontocritico


2024: ANO MARCADO POR TRAGÉDIAS

O ano de 2024 encerra deixando um rastro de tragédias naturais espalhadas em vários lugares do mundo, tais como:  

1- No Caribe, o furacão Beryl causou grande destruição em várias ilhas, como Barbados, São Vicente e Granadinas e a República Dominicana.

2- Na Grécia, uma onda de calor intenso com ventos fortes devastou áreas próximas à Atenas, queimando cerca de 10 mil hectares.

3- Na Ásia, o super tufão Yagi atingiu seis países -Filipinas, China, Vietnã, Laos, Tailândia e Mianmar, matando 603 pessoas e deixando outras 2.156 feridas.

4- Nos Estados Unidos, o furacão Helene, ao atingir a costa da Flórida, Geórgia, Carolina do Norte e Carolina do Sul, provocou a morte de mais de 200 pessoas além de um prejuízo de US$ 89 bilhões. 

5- Em Portugal, foram mais de 100 incêndios florestais;

6- Na Espanha, enchentes classificadas como as piores do século, levaram à morte cerca de 220 pessoas, sendo a grande maioria na região de Valência. 

7- Na Europa Central e Oriental, a Tempestade Bóris, com chuvas intensas, provocou sérias destruições na Romênia, Polônia, Áustria, República Tcheca e Hungria.

BRASIL

Já no nosso empobrecido Brasil, além das TRAGÉDIAS NATURAIS, provocadas por centenas de incêndios, que simplesmente devastaram cidades e deixaram muitas famílias sem casas; e a avassaladora enchente no Rio Grande do Sul, que levou à morte mais de 180 pessoas e provocou danos econômicos sérios em 468 municípios, o ano de 2024 também ficará marcado pela TRAGÉDIA FISCAL -sem precedentes-, protagonizada prazerosamente pelo criminoso governo Lula. Esta GRANDE TRAGÉDIA, mais do que sabido, infelizmente, vai custar muito caro para os CIDADÃOS de -SEGUNDA CLASSE-, ou seja, aqueles que simplesmente -CARREGAM O BRASIL NAS COSTAS-, por se dedicarem, teimosamente, a FAZER PRODUTOS E PRESTAR SERVIÇOS. 

PELA FRENTE, PELOS FUNDOS E PELOS LADOS...

Pois, mesmo tomado por grande tristeza provocada por uma consciente e reconhecida IMPOTÊNCIA para tentar reverter a dramática situação, onde:

1- a importante LIBERDADE já foi estuprada;

2- a ECONOMIA dá sinais claros de o governo Lula comprou ingresso para integrar o seleto grupo de PAÍSES SUBMERGENTES; e,

3- o ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO simplesmente já deixou de existir, assim como o cumprimento da CONSTITUIÇÃO;

ainda assim estou pronto para entrar no ANO DE 2025, com muita disposição, para enfrentar as NOVAS TRAGÉDIAS que, inevitavelmente, serão produzidas pelo péssimo governo Lula. Como tal convoco os leitores, amigos e familiares para que, juntos, enfrentemos com muita coragem, os malditos GIGANTES DO ATRASO. Recebam, portanto, e compartilhem mais do que nunca, os meus votos de MUITA SAÚDE para poder enfrentar o que vem pela frente, pelos fundos e pelos lados. VAMO QUE VAMO, meus caros. Feliz Ano Novo!



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publicadaemhttps://www.pontocritico.com/artigo/vamo-que-vamo

Em meio a rombo bilionário, Correios batem recorde de patrocínio e financiam até feira de livro em Bogotá

  Enquanto de 2019 a 2022 a média anual era de R$ 430 mil, neste ano os investimentos chegaram a R$ 34 milhões

Revista Oeste


Os Correios, sob a gestão de Fabiano Silva dos Santos, conhecido como “Churrasqueiro de Lula”, ampliaram drasticamente os gastos com patrocínios culturais em 2024. O investimento ocorre em meio ao rombo de R$ 2 bilhões que a estatal teve de janeiro a setembro deste ano. Essas cifras podem ultrapassar o déficit de R$ 2,1 bilhões de 2015, durante o governo Dilma Rousseff.

Enquanto de 2019 a 2022 a média anual era de R$ 430 mil, neste ano os investimentos em publicidade chegaram a R$ 34 milhões. 

Um dos eventos patrocinados foi a 36ª Feira Internacional do Livro, em Bogotá, na Colômbia. O evento recebeu R$ 600 mil dos Correios, mostra reportagem do portal Poder360.

O festival, em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursou na abertura, ocorreu em abril, com o tema “Leia a Natureza”, em homenageou ao Brasil. + Leia mais notícias de Política em Oeste Os Correios justificaram o patrocínio com o objetivo de “ampliar o alcance e a visibilidade da marca”. Juliana Picoli Agatte, diretora de Governança e Estratégia da estatal e ligada ao Partido dos Trabalhadores (PT), representou a empresa no evento. 

As justificativas dos Correios Apesar de não operar na Colômbia, a estatal argumentou que os valores investidos são compatíveis com as contrapartidas e os formatos de participação.


Uma dessas contrapartidas foi a palestra de Juliana, intitulada “Sustentabilidade nos Correios: impacto e eficiência para todos”. Além disso, foram destinados R$ 400 mil à Bienal do Livro de São Paulo. A estatal também defende que os investimentos visam a potencializar a marca e os negócios, conforme diretrizes específicas e alinhamento ao plano estratégico. Desafios financeiros e gestão atual 

 Em razão do rombo bilionário, os Correios enfrentam risco de insolvência. Conforme a atual gestão, a culpa recai sobre o governo anterior e a “taxa das blusinhas”, promovida pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. No entanto, decisões recentes, como a desistência de uma ação trabalhista bilionária e a assunção de uma dívida de R$ 7,6 bilhões com a Postalis, também são responsabilizadas pela crise. Além disso, o balanço do período do ex-presidente Jair Bolsonaro, entre 2019 e 2022, é positivo em cerca de R$ 3,7 bilhões. 

Mesmo com o superávit do período, o governo anterior ainda tentou privatizar os Correios e outras estatais. Ao assumir o 3º mandato, contudo, Lula tirou a estatal da lista de privatizações. 

Fabiano Silva dos Santos, advogado de 47 anos, foi indicado ao cargo pelo grupo prerrogativas — aliado de Lula e crítico à Operação Lava Jato. Por causa da deterioração das contas, os Correios decretaram um teto de gastos de R$ 21,96 bilhões para 2024, conforme comunicado em outubro.


Revista Oeste



















publicadaemhttps://rota2014.blogspot.com/2024/12/em-meio-rombo-bilionario-correios-batem.html

A COLHEITA

 THIAGOSMELO/INSTAGRAM


A COLHEITA



FAZ U ÉLLI

 amiltonbh/instagram


ELE ESTÁ ARRASANDO O PAÍS



PROBLEMA NÃO É TRABALHAR 6 X 1

 INSTAGRAM


Menos Horas, Mais Qualidade de Vida? Você já imaginou trabalhar menos horas por semana e ainda ser mais produtivo? 



Nikolas Ferreira critica Janja e pede investigação de gastos milionários

 REVISTAOESTE/YOUTUBE


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Guerra à censura! Trump se coloca contra derrubada do TikTok nos EUA e menciona BR como mau exemplo

 DELTANDALLAGNOL/YOUTUBE



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Lula taxa até saneamento com a reforma tributária, enquanto o Brasil se afunda em caos econômico!

 RUBINHONUNES/YOUTUBE


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Daniel Silveira, o bode expiatório do sistema

 GAZETADOPOVO/YOUTUBE/PAULOBRIGUET


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segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

O governo e a velha doença do “escapismo”

  Lucas Berlanza 


Um “meme” que não chegou ao meu conhecimento – nem vi ser comentado por ninguém que eu conheça – foi o motivo para nosso laborioso governo federal, com seu ministro da Fazenda saindo de férias, não conseguir impedir a desvalorização recorde do real.


Getúlio Vargas acreditava que as “forças e interesses contra o povo” inviabilizaram seu governo nos anos 50.

Juscelino Kubitschek rompeu com o FMI, porque havia um plano dos órgãos internacionais para impedir que o Brasil saísse do subdesenvolvimento. Jânio Quadros renunciou sob pressão das “forças ocultas” que não aceitavam seu governo. Nas últimas décadas, Fernando Henrique Cardoso, Gustavo Franco, o “golpe” do impeachment, o Eduardo Cunha, o “mercado”, o Paulo Guedes e agora uma operação sinistra de Elon Musk e da extrema direita que comanda as “big techs” foram e são os culpados pelo fato de o PT não conseguir fazer um governo que preste.


São diversas manifestações da velha doença do “escapismo”, como diria Roberto Campos, que acomete nosso país de tempos em tempos.


Não adianta usar a AGU ou a polícia enquanto o governo for capitaneado pela vagabundagem demagógica e pela gastança de profissionais em fugir de suas responsabilidades.


Nessa toada, caminhamos para o precipício de uma nova devastação econômica em poucos anos (ou meses). Se acontecer, o país que não aprendeu a lição com Dilma Rousseff terá merecido.








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'O ano de toga'  

  Retrospectiva resumida ajuda a entender a crescente impopularidade do Supremo

Augusto Nunes e


Janeiro


Dia 15 – Dias Toffoli autoriza abertura de inquérito contra o senador Sergio Moro, acusado pelo ministro de “fraude em delação”. 


18 – O deputado federal Carlos Jordy é acordado em casa por batidas de fuzil na porta, desferidas por policiais federais engajados numa operação ordenada pelo STF. 


22 – Alexandre de Moraes anuncia a nona prorrogação do inquérito das milícias digitais. 




Fevereiro 


Dia 1º – Dias Toffoli suspende o pagamento de multas no valor de R$ 8,5 bilhões impostas à Odebrecht no acordo de leniência que livrou da cadeia os diretores da construtora. O ministro se baseou nos mesmos critérios que o levaram a presentear a J&F, no Natal de 2023, com a suspensão do pagamento de uma multa calculada em R$ 10 bilhões. 


5 – Dias Toffoli manda investigar a ONG Transparência Internacional por críticas ao governo do PT. 


8 – STF ordena prisão de Valdemar Costa Neto, presidente do PL, e confisca o passaporte do ex-presidente Jair Bolsonaro. No mesmo dia, a Polícia Federal executa operação contra militares e ex-ministros de Bolsonaro investigados por “tentativa de golpe”. 


10 – Moraes determina a permanência na prisão de Filipe Martins, exassessor internacional de Bolsonaro, acusado de ter feito uma viagem que não fez.


14 – Supremo gasta R$ 120 mil na compra de vacinas contra a gripe. 


16 – Moraes reafirma que acusados de “tentativa de golpe” estão proibidos de comunicar-se entre si. 


19 – Moraes nega pedido de Bolsonaro para adiar depoimento à PF.


20 – Luís Roberto Barroso rejeita 192 ações que explicam por que Moraes deve declarar-se impedido de julgar casos ligados às ocorrências de 8 de janeiro de 2023. 


23 – STF avisa que vai gastar R$ 2 milhões em manutenção de veículos. No mesmo dia, Flávio Dino afirma que o Supremo “tem grande papel de controle sobre outros Poderes”, e um vendedor ambulante preso no 8 de janeiro vira réu no STF sem ter conseguido algum advogado de defesa. 


26 – André Mendonça autoriza empresas a renegociarem acordos de leniência firmados em consequência de investigações da Operação Lava Jato.


28 – Investigação sobre Aécio Neves é arquivada pelo STF. 

Março 


Dia 2 – Luiz Edson Fachin mantém multa de R$ 30 mil imposta ao deputado Nikolas Ferreira por ter divulgado um vídeo sobre Lula durante a campanha eleitoral de 2022. 


8 – STF absolve por falta de provas morador de rua preso quase um ano antes. 


11 – Gilmar Mendes ataca proposta de anistia e propõe uma “Comissão da Verdade” para investigar os juízes, procuradores e policiais engajados na Lava Jato. 


13 – STF estende a licença-maternidade a gestantes em união homoafetiva. 


20 – Moraes revoga leis que vetam o ensino da linguagem neutra em cidades de Minas Gerais e Goiás.


Abril 


Dia 3 – Moraes recusa pedido de transferência de Daniel Silveira para o regime semiaberto e multa advogado que fez a solicitação. 


7 – STF condena mecânico sexagenário a 14 anos de prisão, e Moraes inclui Elon Musk no inquérito das milícias digitais. 


24 – Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes e Dias Toffoli participam em Londres do Fórum Jurídico — Brasil de Ideias. 


29 – Moraes ignora pedido de vista de André Mendonça e manda prender marceneiro acusado de participação no 8 de janeiro. 


Maio 


Dia 2 – Moraes condena a 14 anos de prisão autista acusado de participação em “tentativa de golpe de Estado”.


5 – Dias Toffoli anula todos os atos praticados no âmbito da Lava Jato contra o executivo Marcelo Odebrecht. A decisão inclui o depoimento em que o filho de Emílio Odebrecht revela que é Dias Toffoli o homem rebatizado com o codinome “Amigo do Amigo de Meu Pai”. 


16 – Moraes nega mais um pedido de soltura de Filipe Martins e bloqueia verba alimentar de mãe inscrita no Bolsa Família para sustento do filho. 


17 – A pedido do Psol, Moraes suspende norma que dificulta o aborto.


18 – Moraes ordena a prisão de todos os acusados que deixaram o Brasil.


21 – STF extingue pena aplicada a José Dirceu pela prática de corrupção. 


21 – Dias Toffoli anula decisões da Lava Jato contra Marcelo Odebrecht. 21 – Fachin arquiva inquéritos que associam Renan Calheiros e Romero Jucá a crimes praticados pela Odebrecht.


23 – Moraes ordena prisão de contador com 63 anos por “receio de fuga”29 – STF mantém saidinhas de presos condenados por roubo cometido antes da extinção do benefício.


Junho


 Dia 3 – Polícia Federal muda de ideia e indicia família que teria hostilizado Moraes no Aeroporto de Roma. 


14 – Moraes ordena volta à cadeia de mulher que cumpria pena em prisão domiciliar e estava internada por surto psicótico. 


18 – Moraes aplica multa de R$ 700 mil à plataforma X, ex-Twitter. 


19 – Moraes nega a concessão de prisão domiciliar para mães com filhos menores acusadas de envolvimento no 8 de janeiro. 


20 – Dias Toffoli anula provas apresentadas por diretores da Odebrecht que incriminam João Santana, marqueteiro do PT.


24 – STF descriminaliza porte de maconha para uso pessoal, e Flávio Dino rejeita pedido de habeas corpus feito pelo advogado de Filipe Martins.


26 – Começa em Portugal o Fórum de Lisboa, também conhecido como “Gilmarpalooza” por ser organizado por Gilmar Mendes. Além do decano, representaram o Supremo no evento, que durou três dias, os ministros Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Cristiano Zanin, Dias Toffoli e Flávio Dino.


Julho 


Dia 3 – Atendendo a pedido do Psol, STF ordena a todas as escolas que combatam “discriminação de gênero”. 


4 – Moraes manda prender envolvido no 8 de janeiro que se recuperava de cirurgia. 


15 – Moraes manda retirar o sigilo do áudio que registra uma conversa entre Bolsonaro e o deputado federal Alexandre Ramagem. 


24 – Moraes ignora direito a progressão de pena de Daniel Silveira e ordena atualização da multa aplicada a seu perseguido favorito. 


31 – Por ordem de Moraes, STF abre inquérito para investigar o jornalista Allan dos Santos, exilado nos EUA.

Agosto 


Dia 2 – Moraes mantém prisão de cabeleireira que rabiscou estátua do STF com batom (“material inflamável”, segundo o ministro). No mesmo dia, vota pela condenação de idosa “golpista” a 17 anos de cadeia. 


5 – Moraes rejeita pedido de remoção de tornozeleira de acusada de envolvimento no 8 de janeiro que luta contra um câncer. 


7 – STF decide que motoboy e empresa contratados pelo iFood têm vínculo empregatício. 28 – Alexandre de Moraes proíbe a Folha de entrevistar Filipe Martins. 


29 – Moraes determina bloqueio dos recursos financeiros da Starlink, empresa pertencente a Elon Musk.


30 – Moraes proíbe a plataforma X de atuar no Brasil


Setembro 


Dia 9 – STF rejeita 39 recursos contra bloqueio de perfis nas redes sociais.


Outubro 


Dia 8 – Alexandre de Moraes restabelece o funcionamento do X no país. A liberação aconteceu depois da plataforma comprovar que indicou um representante legal no Brasil, bloquear perfis de nove investigados no STF e pagar R$ 28,6 milhões em multas


Dia 18 – STF condena presos do 8 de janeiro que rejeitaram o acordo com a Procuradoria-Geral da República que obriga o signatário a admitir crimes que não cometeu. 


Novembro 


Dia 21 – Moraes decide que a delação do tenente-coronel Mauro Cid está valendo.


29 – Moraes manda prender de novo o radialista Roque Saldanha. No mesmo dia, dá por encerrado o caso do bate-boca no Aeroporto de Roma com o pedido de retratação feito pela família ameaçada de prisão por excesso de inocência. 


Dezembro


Dia 5 – Em sessão do STF, Luiz Fux responsabiliza “o robô” pela disseminação de notícias falsas. Dias Toffoli acrescenta que a inteligência artificial piorou as coisas e, depois de elogiar Milton Nascimento e comparar a internet a trens mineiros, exige que as redes sociais tratem de implantar a autocensura. 


12 – Moraes afirma numa palestra em Brasília que “o populismo extremista de direita utiliza mecanismos estratégicos dos regimes nazista e fascista para corroer o sistema democrático por dentro”.


 14 – Moraes ordena a prisão preventiva do general Braga Netto, candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro, e de outros militares acusados de planejar um golpe de Estado.


16 – Moraes prorroga por 180 dias o inquérito das fake news, aberto há mais de cinco anos, e bate o recorde mundial da modalidade não olímpica Investigação em Extensão. 


18 – Dias Toffoli elogia a visão do compositor Gilberto Gil e recita cinco versos da música Pela Internet. Na mesma sessão, Barroso declara que “Justiça também é poesia”. 


20 – Moraes concede liberdade condicional ao ex-deputado Daniel Silveira. 


22 – Por ordem de Moraes, Polícia Federal captura o cacique Serere. 


24 – Daniel Silveira volta à prisão acusado de descumprir determinações judiciais do STF.


26 – Gilmar Mendes determina o trancamento do inquérito que investiga a prática de caixa 2 pelo velho amigo Aécio Neves na campanha presidencial de 2014. Moraes mantém o general Braga Netto preso preventivamente.

Não é tudo. Mas não é pouca coisa. É suficiente, por exemplo, para entender a crescente impopularidade do Supremo Tribunal Federal, reiterada neste fim de ano por uma pesquisa divulgada pelo Poder360. Coletados entre 14 e 16 deste mês, os números informam que 43% dos brasileiros acham “ruim” ou “péssimo” o desempenho do STF. 


No levantamento produzido em junho de 2023, eram 31%. Há um ano e meio, também somavam 31% os que qualificavam tal desempenho de “bom” ou “ótimo”. Hoje não passam de 12%. Os integrantes do que chamam de Egrégio Plenário podem muita coisa, mas não podem tudo. Não podem, por exemplo, trocar o povo de um país, nem mudar por decreto o que pensa essa imensidão de brasileiros. 


Mais simples é cair na real, captar o recado das urnas ou pesquisas e compreender que uma genuína democracia dispensa tutores. Liberdade não rima com tutela. É hora de lancetar o tumor que há quase seis anos atormenta o Brasil que pensa. 


— Com reportagem de Eugenio Goussinsky 



Revista Oeste












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Rombo das estatais no desgoverno do ex-presidiário Lula chega a R$ 6,6 bilhões; pode ser o pior resultado em 15 anos  

 Déficit pode agravar a situação fiscal do Brasil


As contas das estatais brasileiras registraram rombo de R$ 6,6 bilhões até novembro, conforme dados divulgados pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira, 30. No mês passado, o déficit foi de R$ 1,6 bilhão. Esse cenário é o pior desde 2009, quando a metodologia de cálculo foi ajustada para excluir grandes estatais, como Petrobras e Eletrobras. + Leia mais notícias de Economia em Oeste Segundo o BC, o resultado nominal do setor público consolidado, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, teve um défcit de R$ 99,1 bilhões em novembro. 


No acumulado em 12 meses, o déficit nominal alcançou R$ 1.111 bilhões (9,50% do PIB), ante o déficit nominal de R$ 1.092,8 bilhões (9,42% do PIB), acumulado até outubro de 2024. O governo deve se pronunciar publicamente sobre esses resultados ainda hoje. Os dados negativos abrangem empresas de níveis federal, estadual e municipal, mas não inclui estatais lucrativas, como Petrobras, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. 


A diferença pode ser coberta pelo caixa das próprias empresas ou pelo Tesouro Nacional. Especialistas alertam para impacto fiscal de rombo nas estatais Economistas ressaltam que esses déficits podem agravar a situação fiscal do país. 


Para Cláudio Frischtak, “alguém tem que pagar por esse déficit”. “E quem vai pagar somos nós, evidentemente, porque o governo não produz dinheiro”, disse ele ao g1. Frischtak ainda alertou para o fato de que “isso fragiliza ainda mais o arcabouço fiscal do governo, resultando em juros mais elevados e câmbio mais estressado.” 


Desafios e principais déficits 

O Ministério da Gestão e Inovação afirmou que, em anos anteriores, o superávit foi possível graças a aportes do Tesouro para investimento. Os maiores déficits do ano são:


• Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron): R$ 2,49 bilhões; 


• Correios: R$ 2,19 bilhões; 


• Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro): R$ 590,43 milhões; 


e • Infraero: R$ 541,75 milhões


Esses resultados negativos são parcialmente relacionados a investimentos capitalizados em anos passados, não sendo necessariamente um prejuízo imediato.  



Revista Oeste























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Déficit do setor público brasileiro no desgoverno do ex-presidiário Lula supera R$ 1,1 trilhão com juros da dívida

 Em novembro de 2024, o acumulado de 1 ano chegou ao 8º mês seguido com marca negativa acima de R$ 1 tri; confira dados do Banco Central


Impulsionado pelos juros da dívida, o setor público consolidado brasileiro, que compreende a União, Estados, municípios e empresas estatais, registrou um déficit nominal de R$ 1,111 trilhão nos 12 meses encerrados em novembro. 


Esse valor representa 9,50% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, conforme dados divulgados pelo Banco Central nesta segunda-feira, 30. Confira o documento na íntegra.


O déficit superou a marca de R$ 1 trilhão no consolidado de 12 meses por oito meses consecutivos, ou seja, desde abril de 2024. Durante o auge da pandemia de covid-19, as contas públicas ficaram negativas e ultrapassaram esse valor por três meses. 

O déficit atual é o mais elevado desde agosto de 2024, quando foi ligeiramente superior a R$ 1,111 trilhão. Juros da dívida impulsionam déficit público

O gasto elevado com juros da dívida, que atingiu R$ 918,2 bilhões, é um dos fatores principais para esse déficit. Este é o maior valor desde o início da série histórica em 2002. A taxa básica de juros, a Selic, que está acima de dois dígitos desde fevereiro de 2022, contribui para o aumento do custo da dívida. 

Além disso, o resultado primário, que exclui as despesas com juros, registrou um déficit de R$ 192,9 bilhões. Este é o menor saldo negativo acumulado em 12 meses desde novembro de 2023. 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, enviou ao Congresso um pacote fiscal, com o objetivo de conter as despesas públicas. Os parlamentares aprovaram a medida, antes do recesso de fim de ano. 


No entanto, a reação dos agentes financeiros foi negativa, e o valor do dólar em comparação com o real disparou e ultrapassou os R$ 6. A percepção é de que as medidas são insuficientes para estabilizar as contas públicas. 


Na comparação dívida e PIB, o déficit atingiu 9,89% do PIB em julho de 2024, sob Lula. Durante a pandemia, em outubro de 2020, o pico foi de 13,48% do PIB, sob o ex-presidente Jair Bolsonaro.


Revista Oeste

O recuo da lacração

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O recuo da agenda woke é motivo de comemoração. 



ATÉ QUANDO??

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A QUEM INTERESSA A IGNORÂNCIA?




Exército nega ilegalidades em visitas a militares presos

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Gravíssimo: novo 4TENT4D0 em Brasília: suspeito foi preso, mas há outros envolvidos?

 DELTANDALLAGNOL/YOUTUBE



QUEM PODE? E QUEM NÃO PODE?

 LUISERNESTOLACOMBE/YOUTUBE


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No nirvana, entre almofadas e perfumes...

 PERCIVAL PUGGINA



domingo, 29 de dezembro de 2024

Resumo de 2024: o Brasil não tem mais uma Constituição, só inquérito policial

 J.R. Guzzo:


O ano de 2024 se encerra com o Brasil atolado na pior situação que viveu, em matéria de respeito às liberdades individuais e aos direitos humanos, desde o fundo do poço da ditadura militar. O ano de 2024 começou mal; está acabando ainda pior, pois nada do que podia melhorar na “democracia” no Brasil melhorou, e quase tudo que podia afundar mais afundou. O resumo da ópera, para quem não tem paciência com palavrório de analista político, é o seguinte: o saldo de 2024 é que o Brasil não tem mais uma Constituição, nem aquela marca barbante que vem caindo pelas tabelas desde 1988. Em lugar de Constituição, tem um inquérito policial.


É essa a nossa lei máxima há quase seis anos, desde que foi imposta aos brasileiros pelo STF: o inquérito sem data para acabar, sem limites para o que pode fazer e sem esperanças para as suas vítimas (pois não há ninguém acima para o cidadão recorrer), que o ministro Alexandre de Moraes comanda para reprimir a oposição ao regime Lula-Supremo.


O inquérito de Alexandre de Moraes, enfim, pode tudo – se pode condenar pessoas a 17 anos de cadeia sob a acusação de tomar parte num “golpe armado” onde as armas mais perigosas eram estilingues e bolas de gude, é óbvio que não há limite para nada


Nenhuma lei brasileira tem mais força que esse procedimento de delegacia de polícia. Nada do que Moraes ou seus agentes decidem ali pode ser contestado por ninguém. Nenhuma autoridade pública do Brasil manda mais do que ele. Nenhum cidadão ou seus advogados podem exigir que os direitos constitucionais a que fazem jus sejam respeitados por Moraes e por sua Polícia Federal.


Essa lei suprema, que jamais foi discutida, votada ou aprovada por Congresso Nacional algum, acaba de ser “prorrogada” por mais “seis meses” – ou seja, até anúncio oficial em contrário, está aí para sempre. O presidente do Supremo, molemente, murmurou tempos atrás que o inquérito iria ser encerrado este ano. Não foi. No Brasil, o ano de 2024 já acabou e Moraes não tomou conhecimento do que o presidente do STF disse. Na verdade, na única vez que falou de datas para o encerramento do inquérito, ele disse o seguinte: “Acaba quando acabar”. Não voltou mais ao assunto.


O inquérito ilegal que governa o Brasil de 2024, como o AI-5 governava a ditadura dos militares, se move no escuro. Nada é feito em público e à luz do sol, como a lei exige – tudo se faz em “segredo de Justiça”, sem que os indiciados saibam do que estão sendo acusados, sem que os advogados possam ler o que a polícia não quer que leiam e sem que o Congresso Nacional tenha qualquer possibilidade de fiscalizar nada. Nesse inquérito há o flagrante perpétuo, a prisão preventiva por tempo indeterminado e o julgamento por lotes, como se faz em leilão de gado. O cidadão pode ser punido por falar o que ainda não falou. Podem bloquear sua conta no banco, proibir você de falar no WhatsApp e confiscar seu passaporte.


O inquérito de Alexandre de Moraes, enfim, pode tudo – se pode condenar pessoas a 17 anos de cadeia sob a acusação de tomar parte num “golpe armado” onde as armas mais perigosas eram estilingues e bolas de gude, é óbvio que não há limite para nada. É óbvio, também, que nem o ministro, nem seus colegas e nem qualquer força que os apoie têm o mais remoto interesse em defender democracia nenhuma. O que querem é chegar ao fim de 2025 numa ditadura mais avançada do que a que construíram até agora. 




.J. R. Guzzo - Gazeta do Povo





















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Profissão: mulher de ministro -

 Cônjuges de aliados do presidente Lula se proliferam em cargos vitalícios em Tribunais de Contas — com a anuência do Judiciário e o dinheiro dos pagadores de impostos 

Por Anderson Scardoelli 


A sessão plenária do último dia 13 da Assembleia Legislativa do Ceará contou com a presença do ministro da Educação, Camilo Santana. A votação, contudo, não era sobre nenhum projeto para o ensino público do país ou para o Estado nordestino. O aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva estava em Fortaleza para acompanhar algo de interesse meramente familiar. Diretamente da sede do Legislativo cearense, ele comemorou a aprovação de sua mulher, Onélia Santana, para o cargo de conselheira do Tribunal de Contas do Estado. 


O resultado da votação, que foi secreta, foi de 36 deputados favoráveis à indicação — apenas cinco votaram contra. Esse tipo de conduta seria impraticável em países de Primeiro Mundo. Mas não é o caso do Brasil. Para se ter ideia, Onélia é só mais um exemplo de algo que está em alta no mercado de trabalho desde que o PT voltou ao poder. Com a aprovação, ela se tornou a quinta mulher de ministro a ter status de conselheira de um Tribunal de Contas. Onélia assumiu o cargo independentemente da aptidão profissional e da formação acadêmica, visto que ela é médica e psicopedagoga.

E não para aí. Conselheira do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia e casada com o titular da Casa Civil, Rui Costa, Aline Peixoto é enfermeira. Em Alagoas, Renata Calheiros, cônjuge de Renan Filho, que comanda o Ministério dos Transportes, é formada em administração e tem especialização em liderança em desenvolvimento da primeira infância. A lista se completa com a administradora de empresas e bacharel em Direito Rejane Dias, no Piauí, e a delegada aposentada e também bacharel em Direito Marília Góes, no Amapá. Elas são casadas com os ministros Wellington Dias (Desenvolvimento Social) e Waldez Góes (Desenvolvimento Regional), respectivamente. 


O povo paga a conta 


Os casos de Onélia, Aline, Renata, Rejane e Marília compartilham outras similaridades. Antes de se tornarem ministros de Lula, por exemplo, os maridos foram governadores por dois mandatos consecutivos — justamente nos Estados onde as mulheres passaram a ser conselheiras. A estabilidade, comum no funcionalismo público, é outra similaridade na carreira do quinteto. Afinal, os cargos para os quais foram eleitas são vitalícios, o que as impede de ser demitidas até se aposentarem de forma compulsória, ao completarem 75 anos. Outro ponto em comum são os vultosos salários. O mais baixo é o de Renata, que ganha R$ 35,4 mil por mês. Na outra ponta está Aline Peixoto, com R$ 41 mil. Assim como em qualquer outro cargo público, seja de concursado ou não, o dinheiro sai do bolso dos pagadores de impostos.


A soma dos salários das cinco conselheiras representa um gasto mensal de quase R$ 200 mil. Por ano, o valor ultrapassa os R$ 2,3 milhões. Uma vez no primeiro escalão do governo federal, os maridos recebem pouco mais de R$ 46 mil.  

De acordo com a economista Marina Helena, tal situação não deve ser normalizada. “A farra das mulheres de ministros nos Tribunais de Contas estaduais, que servem para fiscalizar as contas dos Estados, não para”, afirmou ela, que é filiada ao Partido Novo e foi secretária especial de Desestatização e Desinvestimento durante parte do governo Jair Bolsonaro. 


“Aparentemente, ter ‘mulher de ministro do Lula’ no currículo é o maior diferencial.” Um dos poucos deputados estaduais do Ceará que tiveram coragem de se opor à indicação da mulher de Camilo Santana para o Tribunal de Contas do Estado, Carmelo Neto (PL) lembrou que a função do órgão é, sobretudo, fiscalizar os gastos do Poder Executivo local. Trabalho esse que, de acordo com o parlamentar, pode ser comprometido com esse tipo de indicação. 


“O TCE fiscaliza o governo e as prefeituras”, enfatizou Carmelo, em postagem no X. “Como é que Onélia vai ter independência para julgar as contas do Elmano [de Freitas, atual governador do Ceará], de quem ela é secretária, e do marido, ex-governador Camilo Santana? A farra precisa acabar.”


Antes de se tornar conselheira, Onélia trabalhava como secretária de Proteção Social da gestão de Elmano, que, assim como o marido dela, é filiado ao Partido dos Trabalhadores. Agora, com o nome validado pela Carmelo Neto @carmelonetobr · Seguir A mulher do Camilo foi indicada pro TCE: cargo vitalício e 40 mil por mês. E o pior? 


O TCE fiscaliza o governo e as prefeituras 


Como é que Onélia vai ter independência pra julgar as contas do Elmano, de quem ela é secretária, e do marido, ex-governador Camilo Santana? Vou… Assembleia Legislativa, trocará o Poder Executivo pelo Tribunal de Contas do Estado. Judiciário lava as mãos Apesar de tanto Marina Helena quanto Carmelo Neto denunciarem como “farra” a prática cada vez mais comum de mulheres de ministros se tornarem conselheiras de Tribunais de Contas, o Poder Judiciário tem dado aval para esse tipo de indicação. 


No caso mais recente, protagonizado pelo casal Camilo-Onélia, a Justiça cearense negou uma ação popular contra a presença da mulher do ministro da Educação no órgão. Em relação à indicação de Onélia, o advogado Antônio Carlos Fernandes, responsável por mover a ação popular, indagou se a companheira de Camilo detém “notório conhecimento jurídico, econômico, financeiro e contábil” para exercer o cargo. No entanto, para a juíza Lia Sammia de Souza Moreira, da 3ª Vara Pública de Fortaleza, a indicação foi legítima. 


De acordo com a magistrada, Onélia “goza de respeitável currículo”. O Judiciário também lavou as mãos no caso de outra indicação, que envolveu a mulher de um aliado do presidente Lula. Casada com o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), a advogada Daniela Lima Barbalho foi eleita conselheira do Tribunal de Contas do Estado em março de 2023. De lá para cá, recebe o salário mensal de R$ 35,4 mil — além de ter a certeza de que seguirá na função por quase três décadas.


A nomeação de Daniela despertou a ira em parte do Ministério Público Federal (MPF). À Procuradoria-Geral da República (PGR), procuradores lembraram que, em suma, a tarefa da conselheira é supervisionar o trabalho do próprio marido. Violação dos preceitos constitucionais e indícios de nepotismo foram alguns dos problemas apontados. 


“O currículo da primeira-dama não demonstra que ela tenha qualquer competência ou atuação em área contábil, econômica e financeira, que constituem a capacidade técnica exigida e elementar ao regular exercício do cargo”, afirma um trecho da representação contra Daniela entregue à PGR. “As Constituições também impõem, como requisito para conselheiros de contas, mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija esses conhecimentos.” 


Apesar da reclamação por parte de procuradores do MPF, a Justiça não viu problema algum com o fato de a primeira-dama do Pará ter de supervisionar o trabalho do marido. Ao validar a indicação de Daniela para o Tribunal de Contas, o desembargador Mairton Marques Carneiro, do Tribunal de Justiça paraense, se limitou a afirmar que o afastamento dela da função provocaria “enorme prejuízo” ao Estado. 


Governo Lula 


Poder Judiciário Alexandre de Moraes Partido dos Trabalhadores (PT) 2 comentários Assine ou cadastre gratuitamente para comentar Dessa forma, com a anuência do Judiciário e sem contestações por parte do governo federal, mulheres de aliados de Lula vão se proliferando em Tribunais de Contas estaduais. É a comprovação de que, num governo em que nem as moedas jogadas nos espelhos d’água dos palácios de Brasília escapam de entrar para o caixa do Tesouro Nacional, os donos do poder podem tudo. Sorte das companheiras deles. Azar do povo, que, como sempre, paga a conta. 


Revista Oeste









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O governo Lula mostra o que nos aguarda: entre o autoritarismo e a estupidez

  Gabriel Wilhelms 


A essa altura do campeonato, só há duas classes de pessoas capazes de defender a criminalização das chamadas fake news e o controle do discurso nas redes sociais: quem é ingênuo ou estúpido o suficiente para não antever as consequências; e quem entende perfeitamente as consequências e as aceita de bom grado por ter uma índole autoritária. Uma das consequências de dar ao Estado o poder de ser o árbitro da verdade é que isso seja usado pelo governo para silenciar seus críticos e se furtar da responsabilidade por suas políticas e decisões. O governo Lula 3, fiel sócio da onda censória que assola o país, dá mais um exemplo do que temos adiante.


Não é que o ministro da Secom, Paulo Pimenta, o mesmo que fez a Polícia Federal investigar postagens críticas à resposta do governo durante as inundações que devastaram o Rio Grande do Sul, apontou que a alta do dólar, que tem quebrado recorde após recorde de maior cotação da história (no momento em que escrevo este artigo, está custando R$ 6,15), é fruto, vejam só, da “indústria da fake news”? Ele alude a um comentário da jornalista Daniela Lima, da Globo News, segundo a qual um perfil no X teria disseminado informações falsas a respeito de falas inverídicas atribuídas ao próximo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo. A AGU não se furtou à sua nova tradição e já correu para acionar a Polícia Federal, que deve instaurar um inquérito para investigar a coisa. O real vem mantendo uma desvalorização consistente ao longo do ano, fruto, como todos sabem (ou deveriam saber), da falta de confiança em relação ao compromisso do governo com a estabilidade fiscal, mas a culpa da alta do dólar seria de uma meia-dúzia de postagens de um perfil obscuro, e já desativado, no X.


Não é uma novidade que o governo tente se furtar de sua responsabilidade e apontar fantasmas e conspiradores como artífices de seu fracasso; isso sempre aconteceu e continuará acontecendo. O que é novidade é o aditivo da fake news — que, recordemos, não é crime em nosso ordenamento jurídico. Se aceitarmos que o Estado se torne árbitro da verdade, o que agora é feito ao arrepio da lei (mas sob aplausos da alta cúpula do Judiciário), será oficializado como uma política de Estado. O dólar subiu? Culpa das fake news. A inflação está alta? Culpa das fake news. O PIB caiu? Culpa das fake news. Essa política pública fracassou? Culpa das fake news. A taxa de aprovação do governo diminuiu? Culpa das fake news.


Basta seguirmos o exemplo de Hercule Poirot e usar nossas “células cinzentas” para concluir o óbvio: o combate à dita desinformação é uma desculpa para que o governo consiga o que realmente deseja, isto é, a censura de seus críticos, bem como a manipulação da informação, de forma que ela seja mais favorável à sua imagem. Ora, não foi a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que, após o resultado pífio de seu partido nas eleições municipais deste ano, afirmou com todas as letras que as redes sociais precisam ser “regulamentadas” para que a esquerda deixe de ser “massacrada”? Aliás, esse é o partido que sempre teve a “regulamentação da imprensa” como uma de suas bandeiras.


Diante desse exemplo, insistir em que o que se intenciona é combater a mentira é puro cinismo ou franca estupidez. A própria afirmação de que as fake news são responsáveis pela alta do dólar pode muito bem ser enquadrada como desinformação: por óbvio, a mera existência de uma informação falsa não basta para que se prove causalidade, sobretudo em algo como a alta do dólar, cuja explicação não guarda nenhum mistério. Se mentir, manipular a verdade ou “desinformar” fosse de fato crime, não só os responsáveis pelo tal perfil deveriam ser responsabilizados, mas a própria jornalista pela tese de que isso colaborou para a alta do dólar, a Globo News, por permitir a divulgação da fala, e o ministro, Paulo Pimenta, por propagar ele mesmo uma desinformação.


Se apresento aqui o dilema entre ser autoritário e estúpido, destaco que essa dualidade é temporária, pois, no longo prazo, prevalece a estupidez de qualquer modo. Se o ingênuo peca por não antever as consequências hoje, o autoritário peca por não as antever no futuro. Ele parece pensar que o governo atual será eterno. Não sabe ele que o mundo gira? Não assistiu, para citar um exemplo bem recente, o surpreendente retorno de Trump à Casa Branca? O que dizer de alguém que apoia a criação de uma máquina de censura oficial pelo Estado, a ser ardilosamente usada pelo governo de ocasião, ignorando que amanhã ele pode ser (e será) a nova vítima dessa máquina? Estúpido, simplesmente estúpido.


Fontes:


https://www.poder360.com.br/poder-midia/globonews-diz-que-fake-news-impulsiona-dolar-e-planalto-concorda/


https://www.infomoney.com.br/politica/gleisi-esquerda-vai-continuar-sendo-massacrada-se-nao-regular-redes-sociais/


https://www.cnnbrasil.com.br/politica/lula-volta-a-defender-a-regulamentacao-da-imprensa/


https://www.infomoney.com.br/mercados/agu-aciona-pf-e-cvm-para-apurar-fake-news-sobre-galipolo-que-teria-afetado-o-dolar/









publicadaemhttps://www.institutoliberal.org.br/blog/politica/o-governo-lula-mostra-o-que-nos-aguarda-entre-o-autoritarismo-e-a-estupidez/

O ataque especulativo

 Roberto Rachewsky 


Existem vários tipos de ataque que causam mal à vida humana ou são consequência de problemas na saúde física, ou mental daqueles indivíduos que sofrem com isso:


Ataque isquêmico transitório (AIT): também conhecido como “mini-AVC”, ocorre quando há uma interrupção temporária do fluxo sanguíneo para o cérebro, mas sem causar danos permanentes. Ataque de pânico: um episódio súbito de medo ou ansiedade intensa, frequentemente acompanhado de sintomas físicos, como palpitações, sudorese, dificuldade de respirar e sensação de morte iminente. Ataque asmático: episódio de falta de ar severa causada por inflamação e estreitamento das vias respiratórias em pessoas com asma. Ataque psicótico: episódio de perda de contato com a realidade, que pode incluir alucinações e delírios, muitas vezes associado a esquizofrenia ou outros transtornos mentais. Entre outros.


Mas há um que só faz bem para a preservação da vida e uma perspectiva de prosperidade futura que os místicos da esquerda e da direita consideram um mal, equivocadamente ou por safadeza:


Ataque especulativo: ocorre no contexto econômico e financeiro. É uma ação coordenada ou em massa por investidores ou instituições financeiras com o objetivo de desestabilizar o preço de um ativo, moeda ou mercado. Isso frequentemente acontece em mercados vulneráveis, onde especuladores apostam contra uma moeda ou ativo, esperando lucrar com a queda de seu valor.


Essa definição de ataque especulativo foi dada pelo ChatGPT. A minha é: toda ação humana determinada a tirar proveito de situações onde a outra parte ou desconhece a natureza do negócio em que se meteu ou está fragilizada a ponto de ficar à mercê dos demais participantes daquele mercado, inclusive os governos.


Pode ser descrito também como a tomada de risco por parte de um ou mais agentes do mercado que divisaram uma oportunidade na qual existe boa chance de lucrarem muito sem terem que violar os direitos de ninguém – algo moral e salutar para o mercado onde alguns lucram com seu saber e coragem e outros aprendem importantes lições.


Ah! Ainda tem outro ataque que os coletivistas estatistas costumam ter quando percebem que o mercado os deixou para trás: o ataque de fúria.









publicadaemhttps://www.institutoliberal.org.br/blog/politica/o-ataque-especulativo/

PRESENTES DE NATAL DO GOVERNO LULA

 GILBERTOSIMÕESPIRES/PONTOCRITICO


PERÍODO FESTIVO

Houve um tempo em que o período do NATAL e  até a entrada do NOVO ANO, era reservado para alegres e festivas reuniões com familiares e amigos, todos devidamente prontos e desejosos para expressar, sob o domínio da mais pura sinceridade, votos incalculáveis de muita SAÚDE, FELICIDADE E PROSPERIDADE.

CRIMINOSOS IRRECUPERÁVEIS

Entretanto, notadamente nestes dois últimos anos, esse TRADICIONAL PERÍODO DE FESTAS deixou de ser respeitado pelas AUTORIDADES TIRÂNICAS DO NOSSO EMPOBRECIDO PAÍS, as quais, de forma muito COESA, FIRME, ARTICULADA E ORGANIZADA, fortemente poiadas pelo CONSÓRCIO -MÍDIA ABUTRE-, acharam por bem que todos aqueles que SÃO -DE DIREITA-, e/ou se dedicam a FAZER PRODUTOS E PRESTAR SERVIÇOS, devem ser vistos aqui, ali e acolá como CRIMINOSOS IRRECUPERÁVEIS. Para esses, a PROTEÇÃO DA LEI simplesmente NÃO VALE. 

DÍVIDA PÚBLICA

Mais: como PRESENTE DE NATAL, o presidente Lula está entregando um AUMENTO SIGNIFICATIVO DA DÍVIDA PÚBLICA. Sem tirar nem pôr, nestes dois anos de governo, a DÍVIDA PÚBLICA BRUTA cresceu 10% (começou em 72% do PIB e jogou para irresponsáveis 79% do PIB). Insatisfeito, Lula já acena com a certeza de que o endividamento vai crescer muito nos próximos dois anos de mandato. Tudo por conta de uma GASTANÇA SEM LIMITE, onde nenhum real é destinado para melhorar o crescimento e o desenvolvimento do nosso empobrecido Brasil. Mais: no mês de novembro, a DÍVIDA PÚBLICA FEDERAL cresceu 1,85%, totalizando R$ 7,2 TRILHÕES. Que tal? 

TRAGÉDIA EM NÚMEROS

A consequência desta DIREÇÃO PERIGOSA é retratada, dia após dia, através da TAXA DE RISCO PAÍS, calculada e informada, on-line e em tempo real, pelos meios financeiros do mundo todo. Ontem, para quem não tomou conhecimento, o RISCO BRASIL superou a marca de 200 PONTOS BASE, superando a máxima verificada em maio do ano passado (2023), quando Lula tinha completado pouco mais de um ano do seu TRÁGICO MANDATO. 

FOTO DO EX-MINISTRO PAULO GUEDES

Para confirmar o FANTÁSTICO E ILIMITADO DESRESPEITO a Folha de São Paulo noticiou que a -FOTO DO EX-MINISTRO DA ECONOMIA, PAULO GUEDES, ficou de fora de um mural exposto no Ministério da Fazenda com personalidades que comandaram a pasta em governos anteriores. Na real, como bem escreveu o pensador Rodrigo Constantino, na Gazeta do Povo, Paulo Guedes não merece estar ao lado de figuras como Mantega ou Delfim Netto. Um país que tem Fernando Haddad como substituto de Paulo Guedes é amaldiçoado mesmo. Paulo Guedes foi a chance que tivemos de sair desse lamaceiro e experimentar o CAMINHO DA PROSPERIDADE COM LIBERDADE. Mas os "eleitores" escolheram a desgraça...


















publicadaemhttps://www.pontocritico.com/artigo/presentes-de-natal-do-governo-lula

Lula ou Milei: quem é melhor?

 gazetadopovo


Lula ou Milei: quem é melhor?


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https://www.youtube.com/watch?v=b1hSUflYyEU

Primeira dama do PT, Janja usa estrutura do Estado e gasta R$ 1,2 milhão em viagens

 Mesmo sem cargo oficial, primeira-dama tem 12 assessores à disposição; equipe informal custa R$ 160 mil por mês em salários



Embora não tenha um cargo oficial no governo brasileiro, Janja da Silva, mulher do presidente Lula da Silva, conta com 12 assessores. Juntos, esses funcionários recebem por mês R$ 160 mil. A equipe responde também por uma despesa acumulada nos últimos três anos de R$ 1,2 milhão em viagens para a acompanhar a primeiradama. Os números fazem parte de uma reportagem que o jornal O Estado de S. Paulo publicou nesta quinta-feira, 26. 


O grupo que presta serviços para Janja reúne assessores de imprensa, fotógrafos, especialistas em redes sociais e até um militar como ajudante de ordens. Janja tem estafe de ministro Janja usa profissionais que, na prática, deveriam trabalhar para o governo brasileiro. Ou seja, por extensão, trabalhar em favor dos pagadores de impostos. Mas não é o que acontece. Essa equipe, conforme a própria primeira-dama demonstra nas redes sociais, a auxilia na produção e na divulgação de conteúdos pelos quais Janja tenta se promover. 


A Secretaria de Comunicação Social (Secom) informa a relação de funcionários que estão à disposição de Janja. São ao menos 11 profissionais que deveriam executar funções institucionais. Isto é, para a Presidência ou para outros gabinetes. Para ter uma ideia, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem menos de dez secretários diretos.

Os assessores de Janja estão vinculados a setores específicos do governo, mas trabalham para a primeira-dama. É o caso, por exemplo, de Neudicléia Neres de Oliveira. Ela é assessora especial do Gabinete Pessoal do Presidente da República. No organograma do time de Janja, no entanto, Neudicléia é uma espécie de chefe do ‘gabinete informal’ da mulher de Lula. Outro nome em condição similar é Brunna Rosa Alfaia. Oficialmente seu cargo “pertence” à Secom, do ministro Paulo Pimenta. 


No dia a dia, contudo, ela tem a missão de ajudar Janja a conquistar mais seguidores e visualizações nas redes sociais, especialmente no Instagram. Primeira-dama quis ter gabinete especial De acordo com a Casa Civil da Presidência da República, Janja não tem uma equipe formal, mas dispõe de integrantes do Gabinete Pessoal da Presidência da República que a auxiliam eventualmente. Se dependesse da primeira-dama, no entanto, a situação seria outra. Ela, inclusive, chegou a projetar o que seria o seu gabinete. 


No início do terceiro mandato do marido, Janja fez campanha por um cargo próprio. A ideia não vingou. Aliados de Lula dentro do governo o advertiram sobre risco de configuração de nepotismo, que é o favorecimento a parentes e familiares.


Revista Oeste

















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NÃO EXISTE DINHEIRO PUBLICO

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VC TRABALHA OITO MESES PARA ELES E QUATRO PARA VOCÊ...



STF limpa ficha de José Dirceu: salvará Lula e será eleito?

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STF limpa ficha de José Dirceu: salvará Lula e será eleito?

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SEGUNDA FASE DAS QUATRO

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MOMENTO POLÍTICO ATUAL 



sábado, 28 de dezembro de 2024

Não há nexo de causalidade entre trama golpista e o 08 de janeiro (Parte 2)

 14/12/2024  Gabriel Wilhelms


Podemos concluir que, ainda que tomássemos o 8 de janeiro de 2023 como um episódio isolado, não há elementos para qualificar aquilo como um golpe ou tentativa de golpe de Estado, fato que já abordei anteriormente. Daí advém a necessidade de tentar vincular esse episódio com as tratativas golpistas ocorridas no ano anterior, retratando-o como uma continuidade de um plano golpista não efetivado em 2022. A gravidade dos fatos revelados, que incluiria até o desejo de assassinar o presidente e vice eleitos, comandaria maior seriedade ao 8 de janeiro, que, nessa narrativa, passa a despontar como a tentativa de levar enfim a cabo o plano abortado enquanto Bolsonaro ainda estava na presidência. Para que essa narrativa fizesse sentido, seria necessário demonstrar não uma correlação ideológica entre os conjuradores de alta patente e os civis acampados na porta de quartéis, mas casualidade, no sentido de que os últimos tenham agido deliberadamente por ordens dos primeiros, e que as depredações a que o país assistiu naquele fatídico dia fizessem parte de um plano maior, claro e definido.


O plano intitulado Punhal verde amarelo, que implicaria os assassinatos de Lula, Alckmin e Moraes, é, como ideia (pois, é claro, não foi concretizado), o que há de mais grave no relatório da Polícia Federal sobre as tratativas golpistas, e esse plano, bem como tudo o que foi até agora revelado sobre as intenções golpistas para o ano de 2022 (visando a manter Bolsonaro na presidência), não dependia de elementos civis para sua consecução. Por óbvio, não se pretendia confiar aos radicais aloprados acampados nas portas de quarteis a execução da coisa. Há um salto muito grande entre o que foi deliberado pelos aspirantes a golpistas em 2022 e as ações de quebra-quebra empreendidas por elementos difusos da sociedade civil, já sob a vigência do governo eleito — forçoso lembrar.


No relatório da Polícia Federal, há um total de 27 menções ao 8 de janeiro, incluindo menções à CPMI do 8 de janeiro, citações repetidas e algumas outras relevantes para nossa análise. O que destaco desde o princípio é que, como argumento, não há nada no vasto relatório de quase 900 páginas que demonstre um nexo de causalidade entre as tratativas golpistas e o 8 de janeiro. O que vemos, na verdade, é uma tentativa de converter um vínculo ideológico em uma prova de que os atos de depredação seriam uma continuidade do intento golpista abortado em 2022.


O general Mário Fernandes, que se encontra preso pela suposta “tentativa” de golpe, é um dos personagens mais relevantes na investigação. Foram encontrados em sua residência arquivos criados no dia 07/11/2022, que conteriam mensagens destinadas a tentar convencer o então comandante do Exército Brasileiro, Freire Gomes, a embarcar na aventura golpista. Aqui temos um padrão argumentativo que se seguirá por todo o relatório: “Na mensagem, que se foi propagada em vários aplicativos de mensagens, MARIO FERNANDES incita claramente o comandante do Exército a aderir a um golpe de Estado, indicando a realização de um “evento disparador como no passado, possivelmente, fazendo referência ao golpe de Estado de 1964. Tentou-se esse evento disparador no 08 de janeiro de 2023”. Vejam como se faz um salto, sem nexo de causalidade algum, entre um arquivo criado em novembro de 2022, ainda durante o governo Bolsonaro, e o 8 de janeiro. A única coisa que a mensagem prova é que Mário Fernandes estava ativo na conspiração golpista em 2022; sequer faz sentido pensar no 8 de janeiro como o tal “evento disparador”, no contexto da mensagem, já que, nessa data, nem Bolsonaro estava mais no poder nem Freire Gomes mais no comando do exército.


Chega-se ao extremo, para não dizer ridículo, de se apontar a leitura de determinadas matérias jornalísticas como fator contra os investigados. Segundo consta, o advogado Amauri Feres Saad, que seria um dos autores da famosa minuta golpista, a qual teria sido apresentada a Bolsonaro em 2022, acessou uma matéria da colunista Malu Gaspar, do jornal Estadão, sobre relatório da CPMI de 8 de janeiro. Isso é sintomático. Temos um advogado que seria um mentor intelectual da minuta, que, insisto em dizer, preconizava um golpe em 2022 (portanto, não em 2023), e a única conexão que conseguem fazer entre ele e o 8 de janeiro é o fato de ter lido uma matéria a respeito do tema.


Como havia de fato um ânimo golpista entre integrantes do governo (e possivelmente o próprio presidente), não é de se estranhar que tenha havido interlocução entre estes e manifestantes que, após a derrota de Bolsonaro nas urnas, começaram a se amontoar em portas de quarteis pedindo justamente um golpe. No dia 11 de novembro de 2022, por exemplo, Mauro Cid encaminhou um áudio ao então comandante do Exército Brasileiro, Freire Gomes, elogiando a nota à imprensa assinada pelos três comandantes (nota que Cid claramente entendeu ao avesso) e se expressando nestes termos: “Então, com a Carta das Forças Armadas, o pessoal elogiou muito, eles estão se sentindo seguro pra dar um passo à frente. Então, os organizadores dos movimentos vão canalizar todos os movimentos previstos (inaudível) o dia 15 como ápice, a partir de agora, lá pro Congresso, STF, Praça dos Três Poderes basicamente”. Referindo-se aos manifestantes, Cid foi além: “estão sentido o respaldo das Forças Armadas, porque agora esses movimentos, e, e é o que os caras querem, eles vão botar o nome deles no circuito pra aparecer lideranças que puxa o movimento pro, pro, pro, pro, pro STF e pro…para o Congresso”.


É compreensível que, à primeira vista, alguém veja nisso uma prova de que havia uma coordenação dos movimentos, de tal modo que isso tenha sobrevivido ao fim do governo Bolsonaro e desencanado no 8 de janeiro; Cid, afinal, fala em “dar um passo à frente”. Novamente, recordo o leitor de dois pontos importantes: o receptor da mensagem foi Freire Gomes, o qual, como o próprio relatório destaca muito bem, se manteve irredutível ante o ímpeto golpista de baderneiros como Cid; Cid falava motivado, como é patente, pelo desejo de impedir a posse de Lula.


Há também uma troca de mensagens aparentemente comprometedora entre Mauro Cid, e Rafael de Oliveira, então major. Rafael pergunta: “Ae… o pessoal tá querendo a orientação correta da manifestação. A pedida é ir para o CN e STF? As FFAA vão garantir a permanência lá??. Perguntas recebidas”. Cid responde: “Cn e stf. Vão”, indicando que os manifestantes deveriam deslocar-se para o Congresso Nacional e o STF.


A conclusão da PF é que tais diálogos “demonstram que já havia uma interlocução entre lideranças das manifestações antidemocráticas e integrantes do governo do então Presidente JAIR BOLSONARO, por meio de militares “Kids pretos”, para dar respaldo e intensificar os movimentos de ataque às instituições. Percebe-se que no dia 11 de novembro de 2022, já havia a intenção de que as manifestações fossem direcionadas fisicamente contra o STF e o Congresso Nacional, fato que efetivamente ocorreu no dia 8 de janeiro de 2023”. Por mais questionáveis que sejam as mensagens, não há qualquer indicativo de que os manifestantes estivessem sendo orientados a depredarem o patrimônio público, ou coisa que o valha. O que parece claro é que naquele momento se tentava dar respaldo popular para as maquinações golpistas que teciam nos bastidores. Tais maquinações, devo seguir insistindo, referiam-se a 2022. Mesmo que aquiesçamos com a conclusão da PF de que os diálogos demonstram um direcionamento dos manifestantes “fisicamente contra o STF e o Congresso Nacional” na data referida, isto é, 11 de novembro de 2022, é preciso um salto especulativo para dizer que tal fato ocorreu em 8 de janeiro. Haveria lógica nisso se Bolsonaro ainda estivesse no poder na ocasião, ou se as Forças Armadas tivessem ido ao socorro dos vândalos, mas, como todos estão carecas de saber, não foi isso que aconteceu. Se, com o apoio popular, esperava-se que o presidente agisse no sentido do golpe, com o apoio das Forças Armadas, é simplesmente lógico que não haja paralelo com o 8 de janeiro, quando Bolsonaro já não era mais presidente.


Sintomático da fragilidade do vínculo entre as tratativas golpistas e o 8 de janeiro, o relatório usa conversas claramente especulativas, como se revelassem algum plano “oculto”.  Dessa forma, uma troca de mensagens entre o tenente-coronel Sérgio Cavaliere e Mauro Cid no dia 04/01/2023, em que o primeiro pergunta se “Ainda tem algo para acontecer?”, o que, segundo a PF, se referiria a uma possível ruptura institucional, e Cid responde, de forma afirmativa, concluindo que o que iria acontecer seria “bom” para o Brasil, é tratada como um possível indicativo de que os conjuradores de outrora pudessem estar por trás do que aconteceria quatro dias depois. Se isso acabar sendo usado como uma evidência de que o 8 de janeiro foi arquitetado por esse pessoal, trata-se de coisa muito frágil, em que absolutamente nada que se pareça com um plano é apresentado, sendo nada mais do que “pensamento positivo” de quem gostaria de ver uma ruptura, mas sem os meios para produzi-la.


A PF afirma o seguinte: “A expectativa entre os investigados de que um Golpe de Estado, apoiado pelos militares, ainda pudesse ocorrer perdurou já na vigência do novo governo, principalmente quando se desencadearam os atos golpistas do dia 08 de janeiro de 2023.” Ora, não tenho nada a contestar aqui. Há algo de surpreendente ou inesperado em pressupor que pessoas que haviam mantido conversas e tratativas de teor golpista ainda no final de 2022 alimentassem ainda em 2023 a “expectativa” de que um Deus ex machina viesse a produzir a tão sonhada ruptura? A chave aqui é expectativa, que tem como sinônimo a esperança. Ter expectativa, torcer por um desfecho, não significa que você concorrerá ou concorreu para produzir tal desfecho. Então gente que antes queria um golpe continuava querendo? Grande coisa. A não ser que o mero desejo seja transformado em uma prova (algo bem possível no Brasil alexandrino), não é porque secretamente você desejou a morte do imperador que você tem parte com o regicida que efetivamente o esfaqueou.


Para além de trocas de mensagens com caráter totalmente especulativo e que só fazem demonstrar a falta de controle sobre os desdobramentos, a PF parece tratar o recebimento de fotos dos atos do 8 de janeiro por Mauro Cid, enviados por sua esposa, como algum indicativo de que ele teria alguma ingerência no que ali aconteceu. Ora, o próprio teor da conversa demonstra, sem margem de dúvida, que ele não tinha protagonismo, papel ou poder algum e que os atos de vandalismo não faziam parte de um plano orquestrado com os militares. Em resposta a um post enviado por sua esposa, contendo um tweet de Olavo de Carvalho, Cid responde: “Se o EB sair dos quarteis…e para aderir [sic]” “Se o EB sair dos quartéis” é frase de quem torcia para que saísse, mas não poderia saber se sairia nem ter qualquer influência na decisão de sair ou não dos quartéis. “Se” revela incerteza; “se” sair é para “aderir”, revela pura especulação e “pensamento positivo”. Como agora sabemos, o exército saiu e não foi para aderir, mas sim para atuar contra os vândalos e manifestantes.


A Polícia Federal segue então apresentando supostas “ações dos investigados para embaraçar as investigações relacionadas à tentativa de golpe de Estado, inclusive a apuração dos fatos desencadeado no dia 08 de janeiro de 2023.” Ora, o leitor certamente deve compreender que ações de investigados para ocultar coisas que poderiam ser interpretadas como comprometedoras, por parte de autoridades, sobretudo autoridades nas quais não confiam, não é por si só uma prova de cometimento de crime. Não, há por exemplo, no fato de que Mauro Cid apagou mensagens trocadas com Sérgio Cavaliere no dia 04/01/2023, cujo conteúdo tratei alguns parágrafos acima, prova de que os atos do dia 8 fossem parte de um plano golpista, com participação ativa (não apenas como “torcedor”) de Cid ou demais conjuradores de outrora.


Fato é que a PF chega ao cúmulo de usar estratégias da oposição, no âmbito da CPMI do 8 de janeiro, como um indício de uma tentativa de “embaraçar as investigações”. É como se não fosse lícito que os parlamentares de oposição fizessem oposição ou criticassem o modus operandi adotado pelo STF em relação aos implicados.


Afirma-se no relatório, por exemplo que “Um dos objetivos descrito seria imputar os atos golpistas ao governo eleito, afastando a responsabilidade do grupo investigado e, com isso, desgastar o governo com o afastamento de ministros e conseguir o impeachment do atual presidente da República.” Ora, pensem o que quiserem dessa suposta estratégia, não há nada de golpismo ou tentativa de embaraçar as investigações (mesmo porque a CPMI, por óbvio, não é a PF e, portanto, não era responsável pela investigação policial de fato, funcionando em caráter puramente parlamentar) em uma narrativa, natural, de parte da oposição. A própria defesa de impeachments de ministros do STF, bem como uma tentativa de “desgastar o STF e o ministro Alexandre de Moraes” é, pasmem, tratada no relatório como uma tentativa de embaraçar as investigações. Críticas à atuação da Polícia Federal também se transformam em “prova”, na narrativa apresentada no relatório: “Outrossim, o documento tenta disseminar uma ação de intimidação e coação contra a Polícia Federal, criando a narrativa de que o órgão policial cometeu abuso ao cumprir ordens ilegais por ocasião da prisão dos golpistas do 08 de janeiro, tendo como finalidade anular as referidas medidas cautelares”. Basicamente, a crítica pacífica, legítima e parlamentar é tratada como uma mancomunação contra as instituições, como se as referidas autoridades estivessem acima do escrutínio público e seus atos não pudessem ser questionados e apontados como abusivos.


O resto dessa parte do relatório segue a mesma toada, apontando conversas e estratégias políticas da oposição bolsonarista como uma tentativa de atrapalhar as investigações. Novamente, não há nada que apresente qualquer ingerência de nenhum destes personagens no sentido de demonstrar “causalidade” nos atos de 8 de janeiro de 2023.


Por fim, não obstante a falta de nexo de causalidade entre uma coisa e outra, a Polícia Federal conclui o relatório, na parte concernente aos indiciamentos, tratando o 8 de janeiro como uma continuidade das conversas golpistas travadas em 2022, em desafio à lógica e aos próprios fatos apresentados.


Fato é que, de todos os documentos compilados, incluindo o plano Punhal verde amarelo, o evento Copa 2022, as diferentes versões de decretos golpistas que teriam sido elaborados por Bolsonaro, bem como a famosa minuta golpista, referem-se a 2022, a uma pretensão de impedir a posse de Lula e Alckmin e manter Bolsonaro no poder, pretensão não levada a cabo, por óbvio. Todas aquelas tratativas, o próprio teor das conversas, versam sobre o mesmo fato: impedir a posse de Lula. Lula assumiu, Bolsonaro saiu do país e não há nenhum documento, nenhum plano, nenhuma minuta, nada, absolutamente nada, que demonstre que o 8 de janeiro foi orquestrado pelos elementos de outrora. A única coisa que a PF logra demonstrar é que estes ainda nutriam uma “expectativa”, um desejo de que a sublevação pudesse ocorrer, o que, além de não ser prova nenhuma, é chover no molhado: se tinham espírito golpista nos últimos dias de dezembro, por óbvio que seguiam tendo nos primeiros de janeiro, mas isso não significa que tenham planejado o 8 de janeiro.


Fontes:


https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2024/02/09/como-foi-reuniao-bolsonaro-ministros-investigada-pf.htm


https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2024/02/09/general-augusto-heleno-virar-mesa-eleicoes-reuniao-ministerial.htm


https://g1.globo.com/globonews/estudio-i/noticia/2024/11/21/mauro-cid-relembre-a-trajetoria-do-ex-ajudante-de-ordens-de-bolsonaro-entre-prisoes-e-depoimentos.ghtml


https://www.poder360.com.br/justica/pf-ve-tentativa-de-anular-provas-com-audios-de-mauro-cid/


https://oglobo.globo.com/politica/noticia/2024/11/21/ex-comandantes-do-exercito-e-aeronautica-revelaram-a-pf-que-bolsonaro-apresentou-plano-de-golpe-veja-os-depoimentos.ghtml


https://www.cnnbrasil.com.br/politica/novo-depoimento-de-mauro-cid-ganha-forca-apos-ex-comandantes-confirmarem-reuniao-para-discutir-minuta-golpista/


https://www.cnnbrasil.com.br/politica/ex-comandante-do-exercito-confirma-reunioes-sobre-minuta-do-golpe-dizem-fontes-da-pf/


https://www.cnnbrasil.com.br/politica/ex-comandante-do-exercito-ameacou-prender-bolsonaro-se-ex-presidente-insistisse-em-plano-de-golpe/


https://www.poder360.com.br/poder-justica/leia-a-integra-com-as-884-paginas-do-inquerito-do-stf-sobre-golpe/


https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm


https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2024/11/20/quem-e-mario-fernandes-general-preso-pela-pf-envolvido-em-trama-golpista.htm


https://www.metropoles.com/colunas/guilherme-amado/suposto-autor-de-minuta-defende-em-livro-remocao-de-ministros-do-stf


https://www.cnnbrasil.com.br/politica/em-mensagens-obtidas-pela-pf-militar-explica-recuo-de-bolsonaro-citando-golpe-fracassado-no-peru/











publicadaemhttps://www.institutoliberal.org.br/blog/politica/nao-ha-nexo-de-causalidade-entre-trama-golpista-e-o-08-de-janeiro-parte-2/

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