Cristyan Costa, Revista Oeste
Durante o fim de semana, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) invadiu quatro fazendas. Os ataques ocorreram nos municípios de Macaíba, Riachuelo e Ielmo Marinho, no Rio Grande do Norte (RN), e em Boa Vista do Tupim, na Bahia (BA). Ao anunciar os atos nas redes sociais, o MST disse que as terras são “improdutivas”.
“A Fazenda Boa Esperança (BA) estava abandonada havia 18 anos e possui uma extensão de 1,3 mil hectares de terra improdutiva”, justificou o grupo, no domingo 30. “A ocupação foi uma forma de pressionar o poder público a realizar a desapropriação da área para fins de reforma agrária.”
No RN, a invasão realizada por 70 famílias ocorreu em uma área da prefeitura. “A ação faz parte da 26° Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária, que tem como lema: ‘Contra a Fome e a Escravidão: por Terra, Democracia e Meio Ambiente’, que reafirma a centralidade da luta pela terra no Brasil”, disse o MST, na sexta-feira 28.
Essas e outras invasões fazem parte do movimento chamado “Abril Vermelho”. Os ataques tiveram início já nos primeiros meses do governo Lula, simpático ao MST.
Tampouco figuras públicas escaparam do terror no campo. A fazenda da senadora Tereza Cristina (PL-MS), em Terenos (MS), foi invadida por um grupo. O MST disse que não invadiu a propriedade da parlamentar.
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