Alex Pipkin
Um cético não aceita as “verdades” impostas pela autoridade e/ou pela popularidade. É preciso julgar pela lógica da “realidade” aquilo que é verdadeiro e o que é falso.
Basta uma simples análise da história política brasileira e, em especial, do atual momento da completa reversão do combate à corrupção na política brasileira, a fim de realizar que a imensa maioria dos quadros políticos só tem uma real preocupação: a manutenção de seus próprios interesses e, portanto, a reeleição.
A lógica da realidade demonstra que o zelo pelo efetivo bem comum é um mero exercício de retórica política. Escárnio.
Esse é um dos motivos pelos quais grande parte das políticas públicas implementadas no país são políticas populistas e que favorecem, genuinamente, pequenos grupos e indivíduos, mas que de verdade trazem consequências danosas para a maioria dos brasileiros.
As políticas bom-mocistas são sedutoras, e enganam enormemente uma população que é majoritariamente iletrada.
A política de ensino nacional, comprovadamente de péssima qualidade, corrobora a lógica ilógica quantitativa – quanto mais gente melhor -, ao invés da necessária qualidade do ensino. Sem dúvida, uma das razões para esse quadro desalentador.
Políticas públicas acertadas são, muitas vezes impopulares, e que geram benefícios invisíveis no curto prazo.
Evidente que se sabe que os políticos não arcam com as consequências desastrosas de suas políticas, sejam essas não-intencionais e até mesmo intencionais.
Vejam o arcabouço – ou calabouço – fiscal proposto pelo atual governo, por exemplo. Por detrás do aumento dos gastos em prol da população, está-se assinando um terrível aval para a gastança governamental. Não há dúvida. Já se assistiu esse filme de terror.
De maneira comprovada, quanto maior o tamanho e os gastos do governo, menor é o desenvolvimento econômico e social de um determinado contexto.
O Estado deveria se concentrar na sua missão precípua de garantia dos direitos individuais, e do fornecimento de serviços de qualidade na segurança, na saúde e na educação. A verdadeira melhoria nos resultados econômicos de um país, advém da liderança do setor privado, criando os empregos necessários para impulsionar a cobrança de impostos e fornecer os serviços públicos de qualidade para a população.
É deprimente perceber que os brasileiros ainda creem no salvador da pátria, e na existência de almoço grátis.
Todo o recurso que é utilizado de forma equivocada, elimina seu uso em outro lugar que verdadeiramente produziria maiores e melhores benefícios para toda a população.
Apesar da aparente – e farsante – preocupação do presente governo com o povo, o país caminha a passos largos para o retrocesso, prejudicando toda a pátria verde-amarela.
Mais Estado, maior tributação e, evidente, a maior gastança do dinheiro público, hipotecando, mais uma vez, o futuro da nação.
Justamente indo de encontro a receita do crescimento: níveis justos de tributação, regulamentação sensata, e a liderança do setor privado.
Salta aos olhos – pelos menos aos meus – que essa turma de políticos rubros joga para a torcida, implementando e inventando políticas populistas – sobretudo econômicas – e mal-sucedidas, mas que lhe garante votos e eleições.
Como acreditar em políticos tupiniquins, especialmente, naqueles que vestem camisas coloradas? Difícil…
O cético não crê nas paixões e na fantasia do Estado, muito menos de “políticos salvadores”.
Pois é, baseado nisto, como parece ser imensa a escassez de serenidade verde-amarela!
PUBLICADAEMhttps://www.institutoliberal.org.br/blog/politica/politicos-e-politicas-economicas-populistas/
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