Jornalista Andrade Junior

sábado, 24 de dezembro de 2022

A virtude de não saber nada

 João Batista Pinheiro


Às vezes ficamos andando a esmo pelos mistérios da vida, sem acreditar no que está acontecendo ao redor de nós.  Aos 92, já enxergando a linha de chegada, a nossa estiagem de vida parece que foi uma mentira. Tudo o que nós aprendemos nesse longo caminho não serviu para nada. Cada dia que passa, um absurdo desponta no horizonte de nossa virtude do não saber nada. Será que ainda estamos vivos ou já morremos e não sabemos?

Em um país que enfrentou tantos perigos nos últimos quatro anos e subsistiu bravamente com alguns arranhões, fica difícil acreditar que o órgão máximo da nossa Justiça STF, coadjuvante do Poder Central, fosse buscar no cárcere para presidir o Brasil, um indivíduo desagradável, velho, doente, semianalfabeto, julgado e condenado a mais de onze anos de reclusão por crime contra o patrimônio financeiro nacional. Ficamos de queixo caído ao meditar como pode acontecer tanta incoerência e insensatez nas hostes da política brasileira. Nessa última eleição para presidente da nossa República, seria normal qualquer brasileiro derrotar o candidato da situação presidente Bolsonaro. Anormal foi constatar que o inelegível, incompetente e desagradável Lula da Silva fosse derrotar todos os candidatos.

Não gostaríamos de ver os mesmos fantasmas de um passado esquecido, voltar ao picadeiro do circo da vida para dar cambalhotas no ar e receber os apupos da plateia entorpecida. A nossa insistência em retornar ao mesmo assunto da eleição do Lula à presidência do Brasil é para lembrar que somos uma população de 215 milhões de brasileiros, habitando um dos países mais ricos do mundo em tudo, povo ordeiro e generoso, clima, solo, vegetação, posição geográfica com 9.200 km de extensão de costa em um mar manso e belo. Não apreciamos o retorno do inelegível Lula da Silva ao poder, portador de uma ficha pessoal sempre sujíssima, especialista em corromper consciências, despedaçar novamente o Brasil, como o fez no passado, em dezesseis anos consecutivos.

Este país colossal não merece mais uma vez ser vilipendiado e estagnado por um mentiroso picareta, pouco afeito às salas de aula das escolas, ser alçado ao maior alto cargo do poder civil, em detrimento a muitos brasileiros ilustres, sob o manto protetor do órgão máximo da nossa Justiça, representada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Os demais brasileiros que frequentaram escolas regulares em todos os níveis, estão se sentindo diminuídos e injustiçados. Perdemos os melhores momentos da nossa mocidade, dos 17 aos 22 anos de idade, trancafiados entre os muros das escolas militares do Exército, levando trotes e estudando feito uns loucos, para colocar uma singela estrela de 2º tenente nos ombros. Estamos arrependidos? Não, estamos ressentidos.

Nunca imaginamos assistir a tanto retrocesso na vida política do nosso país. Sempre almejamos deixar para os nossos descendentes um Brasil em desenvolvimento, governado por mãos competentes, com futuro garantido. Vamos ter mais quatro anos de estagnação. Grande tristeza para quem está vislumbrando o manto protetor da eternidade.

*        O autor é Cel. do Exército Brasileiro, Ref., articulista do jornal Inconfidência.










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