Jornalista Andrade Junior

sábado, 22 de janeiro de 2022

'Dead man walking',

 por Ana Paula Henkel

Há um ano na Casa Branca, Joe Biden já conseguiu transformar sua curta Presidência numa longa lista de escândalos, falhas e deslizes


Em 20 de janeiro de 2021, o presidente americano, Joe Biden, estava diante de um Capitólio vazio e sinistro, fazendo o juramento de posse em um momento em que o país enfrentava uma polarização política histórica. Naquele dia, ele prometeu provar que a própria democracia da nação ainda funcionava e que ele poderia restaurar a unidade de um país dividido. Biden declarou que os Estados Unidos poderiam ter fé em seu governo novamente, enquanto diminuiria a temperatura em uma “Washington inflamada” por seu antecessor, Donald Trump.

Há um ano na Casa Branca, ele já conseguiu tornar sua curta Presidência conhecida por uma longa lista de escândalos, falhas, deslizes e previsões tão óbvias que não é preciso ser um expert em história americana ou política para ler o que 2021 seria se o democrata fosse eleito em 2020.

Confesso que está bem difícil restringir a lista a um ou dois principais fracassos neste primeiro aniversário da administração Biden, embora a catastrófica retirada do Afeganistão das tropas americanas possa ser o deslize mais fatal. Mas, no topo da lista, também temos a inflação, com os piores índices dos últimos 40 anos, uma das razões que jogaram no chão os índices de aprovação de Biden nos últimos meses. Embora seus erros sejam muitos, não é difícil listar os que viraram um fantasma para sua administração, tornando-o um presidente já chamado de pato manco (lame duck), mesmo com três anos de Presidência pela frente.

Bem, não foi por falta de leitura nem de aviso. Tudo era óbvio e o mapa do desastre estava diante dos olhos. Quantos artigos você encontrou aqui em Oeste mostrando o caminho catastrófico que o fraco ex-vice de Obama seguiria nos braços de um Partido Democrata desvirtuado e que perdeu a identidade por completo, entregando-se à extrema esquerda americana?

Logo em janeiro de 2021, assim que entrou no Salão Oval, Biden mostrou que as políticas que eram apenas “teorias conspiratórias” dos republicanos não eram tão irreais assim. Em seu primeiro dia no cargo, o presidente democrata assinou uma lista de ordens executivas de extrema esquerda, incluindo uma exigindo que as escolas ignorassem as diferenças biológicas entre alunos do sexo masculino e feminino — dos campos de atletismo e quadras esportivas aos banheiros e vestiários — se quisessem continuar recebendo recursos federais.

Também nesta primeira semana como presidente da nação mais poderosa do planeta, Biden fez questão de apontar os planos do governo de restabelecer o financiamento federal para clínicas de aborto nos Estados Unidos e em todo o mundo, recurso cortado por Donald Trump; mostrou que reverteria as políticas de imigração que estabeleciam que qualquer pessoa com pedido de asilo deveria aguardar o julgamento em sua cidade de origem; e ajoelhou-se à turba ambientalista, que jamais apresentou relatórios pertinentes, cancelando o oleoduto de Keystone — e ceifando imediatamente mais de 11 mil empregos. Tudo isso você leu aqui em Oeste, assim como a chocante informação de que, nas primeiras 48 horas no cargo, o novo governo lançou 17 ordens executivas — mais do que o primeiro mês das Presidências de Donald Trump, Barack Obama, George W. Bush e Bill Clinton combinadas.

Em fevereiro de 2021, o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) sob Biden anunciou diretrizes rígidas de reabertura da sociedade. As ordens manteriam muitas escolas e universidades em todo o país fechadas. Segundo a administração que prometeu o impossível, acabar com vírus, apenas algumas escolas em áreas com transmissão baixa do vírus poderiam reabrir para o aprendizado presencial, desde que o distanciamento físico e o uso de máscaras fossem aplicados. Qualquer taxa de transmissão além do que era designado como moderado pelo CDC (até hoje ninguém soube em quais estudos ou pesquisas o governo se embasou para tomar as medidas) estabeleceu áreas que deveriam obedecer às diretrizes de aprendizagem virtual ou frequência reduzida, limitando o número de crianças na sala de aula. Só o tempo nos dirá como essa geração, forçada a usar máscaras até hoje, foi afetada — mental e academicamente. Enquanto pais se esforçavam de maneira histórica entre empregos perdidos e filhos em casa, sindicatos de professores de extrema esquerda arquitetavam e trabalhavam para manter os alunos fora das escolas, demandando mais recursos financeiros para a categoria, em uma lista de exigências que nada tinha a ver com o ensino remoto ou a pandemia.

Após as perdas democratas na Virgínia e em Nova Jersey, James Carville disparou: “O que deu errado foi esse ‘wokeism’ estúpido

No fim de abril, Biden anunciou seu “Plano de Famílias Americanas”, uma lista de prioridades de gastos da extrema esquerda, muitas das quais se tornariam marcas registradas de sua agenda radical. As metas da farra de gastos proposta, de US$ 1,8 trilhão, incluíam estender a educação governamental para a pré-escola e dois anos de faculdade comunitária fornecidos pelo contribuinte. Foi nessa época que a Casa Branca de Biden começou a planejar, junto com algumas corporações, o desenvolvimento de um sistema de “passaporte vacinal”, para forçar os americanos a mostrar o comprovante da vacina contra a covid para participar plenamente da sociedade.

Crise em família

Pouco tempo depois, mais uma “teoria conspiratória” dos republicanos e de articulistas da Revista Oeste se transformou em realidade. Recordemos que, ainda em 2020, o jornal The New York Post publicou informações contundentes recuperadas de um laptop que o filho do presidente americano, Hunter Biden, supostamente havia deixado em uma loja para manutenção. Revelações sobre a caótica vida de Hunter surgiram, aumentando a coleção de comportamentos desagradáveis que poderiam complicar o caminho à Casa Branca do candidato Biden e, posteriormente, do próprio presidente. Além de fotos comprometedoras de Hunter, em orgias sexuais e consumindo drogas, novos e-mails do computador suspeito publicados pelo New York Post (jornal fundado por Alexander Hamilton) mostravam que Joe Biden havia se encontrado com parceiros de negócios da Ucrânia, da Rússia e do Cazaquistão em um jantar em Washington, DC, enquanto ele ainda era vice-presidente de Barack Obama, em abril de 2015. No laptop do filho de Biden, a seguinte mensagem foi encontrada: “Caro Hunter, obrigado por me convidar para DC (Washington) e prover a oportunidade de conhecer seu pai e passar algum tempo juntos”, escreveu o executivo Vadym Pozharskyi, da empresa de energia ucraniana Burisma, em que Hunter fazia parte do conselho sem ter a menor qualificação técnica para o cargo de diretor da empresa. Não custa recordar que a agenda das big techs, cada dia mais óbvia, derrubou o perfil do jornal pouco antes da eleição presidencial americana e censurou todos os perfis nas redes sociais que tentaram publicar, comentar ou questionar a história.

Junho de 2021 chegou, e, em menos de seis meses no cargo, Biden entrava para os livros com uma crise histórica na fronteira sul. Em junho, as apreensões ultrapassaram 1 milhão de pessoas no ano fiscal de 2021. As travessias ilegais bateram os níveis mais altos desde 2006. Somente em maio, 170 mil pessoas foram capturadas, marcando uma alta de 20 anos. Foi em junho também que os americanos viram o Estado fronteiriço do Texas declarar emergência pela crise na fronteira que Biden ajudou a causar ao reverter posições da era Trump, como a política de “Permanecer no México”. À medida que a crise avançava, a vice-presidente, Kamala Harris, elevada ao posto de encarregada da fronteira, não se deu ao trabalho de visitar a linha real EUA–México, retrucando: “Não estive na Europa” — quando os repórteres a pressionaram sobre o assunto e perguntaram se ela não iria ao local. Kamala finalmente cedeu e agendou uma viagem, mas só depois que o ex-presidente Donald Trump anunciou seus planos de ir à região.

Em julho, mês em que os americanos orgulhosamente celebram o 4 de Julho, independência do país declarada sob os pilares da liberdade, o governo Biden gabou-se de conspirar com as big techs para suprimir as perspectivas com as quais o governo discorda. Em uma coletiva de imprensa, Jen Psaki, secretaria de imprensa da Casa Branca, elogiou a política do governo de trabalhar com as big techs em “sinalizar postagens problemáticas para o Facebook que espalham desinformação”. Psaki admitiu que não havia nada “fora da mesa” no esforço para manchar a dissidência como “desinformação” e removê-la das mídias sociais. Ainda no mês de julho, os números projetados para a vacinação na população americana não chegaram perto dos esperados pelo governo, e questões como eficácia, efeitos colaterais e coação para a vacinação entraram de vez no radar dos americanos. As respostas não chegavam, apenas ordens.

O fiasco no Afeganistão

E foi em agosto, então, que o mundo assistiu horrorizado à retirada dos Estados Unidos do Afeganistão, com imagens de tumulto e violência. O governo tentou apresentar a ação como uma peça estratégica de sucesso, num esforço para retratar o encerramento “positivo e corajoso” da guerra mais longa do país. Mas a série de erros nesse evento foi politicamente prejudicial e devastadora. Seus números de pesquisa ainda não se recuperaram desde que americanos, democratas e republicanos, assistiram atônitos às terríveis imagens vindas do Afeganistão. A retirada desorganizada também deixou 13 militares americanos mortos e milhares de cidadãos americanos e aliados afegãos presos sob o controle do Talibã.

A decisão, amplamente criticada no Congresso, mostrou uma série de erros inacreditáveis, como a decisão do governo de desocupar a Base Aérea de Bagram antes de evacuar os americanos do país, até deixar armas e equipamentos para nas mãos do Talibã. Biden ainda teve a falta de sensibilidade de ir à TV proclamar uma vitória que não aconteceu. Ainda em agosto, o governo realizou um ataque de drone contra agentes do Estado Islâmico e que matou pelo menos dez civis, entre eles sete crianças.

Os americanos não esquecerão tão cedo as imagens angustiantes de pessoas desesperadas atropelando umas às outras na caótica corrida para o Aeroporto de Cabul, de gente agarrada ao trem de pouso de aeronaves americanas e caindo indefesas do céu, ou de um helicóptero solitário saindo do telhado da embaixada americana. Há sangue nas mãos de Biden, e aliados também não esquecerão dessas cenas tão cedo.

A derrota na Virgínia

Já em setembro, as ações de Biden podem ter causado a perda nas importantes eleições para o governo da Virgínia. Em 29 de setembro, o Conselho Nacional das Associações Escolares (National School Boards Association) enviou uma carta à Casa Branca pedindo a Biden que usasse o FBI e outras autoridades federais para ameaçar pais que ousassem questionar os currículos escolares enfaticamente. Poucos dias depois, em resposta à carta, o procurador-geral dos EUA, Merrick Garland, orientou o FBI e procuradores federais a investigar pais e abordar “um aumento perturbador de assédio, intimidação e ameaças de violência contra administradores escolares, membros do conselho, professores e funcionários”.

No entanto, investigações mostraram que o próprio secretário de Educação de Biden, Miguel Cardona, solicitou secretamente a carta ao Conselho Nacional das Associações Escolares (que emitiu um pedido de desculpas posteriormente), para, presumivelmente, usar como pretexto para o esforço do governo em atingir pais insatisfeitos com o fechamento de escolas públicas, mandatos de máscaras e o descontentamento com extremistas com currículos de ideologias de gênero e teoria crítica racial (CRT). A ira dos pais, que temeram que sua autoridade sobre as decisões que afetam seus filhos fosse corroída, tomou conta de muitos Estados. Numa eleição histórica e com a campanha feita na defesa dos pais e de suas opiniões e preocupações curriculares, três republicanos varreram as eleições estaduais no democrata Estado da Virgínia, que elegeu o governador, a vice e o procurador-geral do Estado do partido de oposição ao presidente.

O partido woke

Recentemente, o estrategista democrata de longa data James Carville criticou membros de seu próprio partido sobre a agenda estagnada de Joe Biden, mesmo com maioria em ambas as Casas legislativas. Durante meses, Carville vem alertando os democratas sobre as armadilhas de ser um partido woke (algo como “politicamente correto”), descrevendo-o como “um grande ‘problema’ do qual todos estão cientes”. Ele também alertou que “as pessoas estão muito mais interessadas em suas vidas e em como melhorá-las do que no pronome de outra pessoa ou algo assim”. Após as perdas democratas na Virgínia e em Nova Jersey (outro Estado que vota com os democratas há anos) em novembro de 2021, bem como os ganhos do Partido Republicano em outros lugares, Carville disparou: “O que deu errado foi esse ‘wokeism’ estúpido. Vocês estão prejudicando o partido”.

Outra democrata, a ex-deputada Tulsi Gabbard, do Havaí, candidata presidencial nas primárias democratas, concordou, dizendo: “Acho que o povo americano, como vimos claramente na Virgínia, está dando um sinal claro de que rejeita esse tipo de divisão, a ‘racialização’ de tudo neste país, o fomento da raiva e do ódio, que, infelizmente, estou vendo vir de muitos dos meus colegas democratas. Os americanos estão se levantando e dizendo: ‘Ei, queremos escolher um futuro otimista, um futuro esperançoso, um futuro em que possamos viver de acordo com o sonho de Martin Luther King sobre julgar uns aos outros pelo nosso caráter, não pela cor da nossa pele, respeitando uns aos outros como colegas americanos, democratas e republicanos, realmente se unindo para trabalhar em direção a um objetivo comum’. Essa é a direção que precisamos seguir. E acho que a eleição do governador da Virgínia foi uma indicação de que os eleitores se posicionaram e deixaram suas vozes serem ouvidas através das urnas”

Mas não pense que o que está ruim não pode piorar. Em meu artigo da semana passada, mostrei em detalhes o que aconteceu com a ordem vacinal tirânica da agência de Administração de Segurança e Saúde Ocupacional (OSHA), braço que o governo usou para tentar emplacar uma ordem inconstitucional. Depois de emitir um comunicado à imprensa, em setembro de 2021, ameaçando um mandato de vacina para empresas privadas com 100 ou mais funcionários, a agência divulgou um boletim temporário de emergência, em 4 de novembro, que exigiria que as empresas cumprissem até 4 de janeiro a ordem ou incorreriam em multas de até US$ 14.000 por violação. Como sabemos, a Suprema Corte Americana derrubou essa ordem na última semana. Obviamente, o governo Biden sabia que a medida era flagrantemente inconstitucional o tempo todo — mas explorar os atrasos do sistema judicial permitiu que o governo intimidasse muitas empresas a cumprir a ordem de qualquer maneira, sem se importar com o fato de que o próprio governo Biden prometeu, durante a campanha, que jamais exigiria a vacina contra a covid.

Máquina de imprimir dólares

Dezembro de 2021 chegou e, junto com o último mês do ano, o clímax (até agora) da inflação e da crise da cadeia de suprimentos — duplamente causada pelos gastos radicais do governo, que mantém a impressora de dinheiro ligada 24 horas por dia e pelos eternos lockdowns dos democratas. Com os americanos enfrentando a escassez de produtos e os atrasos nas remessas durante as compras de Natal, o Departamento de Trabalho divulgou os números de novembro, revelando uma inflação de 6,8% ao ano, ou “o maior aumento de 12 meses desde o período de junho de 1982”. Os números da inflação de dezembro foram ainda maiores, chegando a 7%. O Federal Reserve reconheceu que sua leitura inicial de que a inflação seria transitória se mostrou excessivamente otimista. O banco central está a caminho de iniciar um ciclo de aumentos regulares das taxas de juros em sua reunião de março. O desafio para o Fed será fazer isso sem ser tão agressivo a ponto de causar uma recessão e alimentar o desemprego. Uma pesquisa do Wall Street Journal no mês passado mostrou que os eleitores estavam pessimistas em relação à economia e à condução do país nas mãos dos democratas. Resta saber se Biden vai lidar com as consequências políticas dos eleitores, que culpam o presidente e os democratas pelos preços mais altos antes das eleições de midterms, em novembro.

As gafes, os erros e os tropeços dessa administração já compõem uma vasta lista. Imaginei que, avaliando esse primeiro ano de Joe Biden na Casa Branca, meu artigo ficaria mais longo do que o normal, e nem entramos com detalhes na política internacional do democrata. Os EUA estão lidando com uma Rússia mais agressiva, que está concentrando tropas na fronteira com a Ucrânia, e ameaçou o presidente russo, Vladimir Putin, com extensas sanções se Moscou invadir a Ucrânia. As movimentações são tensas, e os que manipulam os tentáculos bélicos do partido do presidente já torcem por uma intervenção militar americana. Com a China, após uma tensa reunião inicial no Alasca entre seus ministros das Relações Exteriores, os EUA procuraram encontrar áreas para trabalhar com o país, principalmente em mudanças climáticas, mas uma longa lista de diferenças permanece intocada sobre direitos humanos, comércio e tecnologia. Os americanos não mandarão oficiais para as Olimpíadas de Inverno, agora em fevereiro, em Pequim.

Não podemos deixar de mencionar os piores números dos últimos anos na segurança, principalmente nos crimes cometidos contra policiais. O ano de 2021 registrou o maior índice da história na violência contra forças policiais, e as grandes cidades sob administração democrata sofreram com um combo perigoso: a alta criminalidade aliada às históricas baixas policiais, com números cada vez maiores de renúncia de membros dessas forças. A conta da agenda “defund the police”, iniciada em 2020, chegou.

A cereja do bolo

Para finalizar, o desemprego continua elevado, mesmo com tantos postos de trabalho abertos em 2021; veículos da mídia associados ao Partido Democrata já questionam os muitos erros dessa administração em tão pouco tempo, enquanto republicanos exploram os baixíssimos números de aprovação da dupla Biden/Harris. Para a cereja de um bolo que derrete à luz do dia, em um discurso em 11 de janeiro deste ano, pedindo ao Senado dos EUA que abandone as regras de obstrução, para aprovar uma proposta de federalização radical e inconstitucional das leis eleitorais, o presidente Biden comparou os críticos de sua agenda — que incluem o senador democrata Joe Manchin, de West Virginia, e Kyrsten Sinema, do Arizona — ao ex-governador do Alabama George Wallace e ao líder confederado Jefferson Davis, nomes de segregacionistas da era da Guerra Civil Americana. “Como você quer ser lembrado em momentos importantes da história? Você quer estar ao lado do Dr. King (Martin Luther King) ou de George Wallace? Você quer estar ao lado de Abraham Lincoln ou Jefferson Davis?”, disparou Biden, aos senadores democratas que, diante de uma agenda radical de transformação dos pilares americanos e do absoluto desrespeito à Constituição Americana, se recusaram a votar com o presidente. Uma das medidas no projeto democrata de federalização das eleições nos EUA, ignorando a autonomia dos Estados, é que não seja obrigatória a apresentação de um documento de identidade na hora da votação.

Nesta semana, aqui nos Estados Unidos, é celebrado o feriado que homenageia exatamente Martin Luther King Jr., ícone dos direitos civis e da liberdade. Em umas de suas muitas frases célebres, proclama: “A verdadeira medida de um homem não é vista na forma como ele se comporta em momentos de conforto e conveniência, mas em como ele se mantém em tempos de controvérsia e desafio”.

Administrações ruins passam, embora suas consequências possam perdurar por anos. Mas, pelo menos, enquanto o espírito de MLK estiver em homens e mulheres, como os senadores democratas Manchin e Sinema, que não se aqueceram no aplauso fácil, a liberdade e o respeito às leis sempre antes de tudo respirarão em algum canto do mundo.

Revista Oeste










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