Jornalista Andrade Junior

domingo, 21 de novembro de 2021

'Cúpula parisiense',

 por Guilherme Fiuza

Ladrão mais depravado do Brasil, Lula afirmou em publicação nas redes sociais que o objetivo da viagem é colaborar para “melhorar a imagem do país no exterior”. Da para acreditar?

Lula encontra Macron:


– Obrigado por me receber, companheiro Macron. Vou ficar bem na foto.


– Meu filme tá meio queimado aqui na França, companheiro Lulá. Mas pro Brasil serve, né?


– Serve bem. Presidente da França é presidente da França.


– Isso aí. Vamos aproveitando enquanto ninguém nota.


– Por falar em nota: rola um cheque pro Instituto Lula?


– Porra, Lulá. Depois de todo aquele roubo tu ainda tá pedindo dinheiro?


– Muita despesa, Macron.


– Tudo bem. Mas o que eu vou ganhar em troca?


– Um Lula de pelúcia e uma foto no Le Monde mostrando que você tá ajudando os famintos do Brasil.


– Gostei. Estou precisando mesmo de um gesto de grandeza.


– Ótimo. Obrigado, companheiro.


– Só pra eu ir ensaiando minha entrevista pro Le Monde: qual foi a maior ação humanitária do Instituto Lulá?


– Ah, tem uma porrada de ação, Macron. A que ficou mais famosa foi aquela dos pintinhos.


– Que pintinhos?


– Os pintinhos do meu sítio, que não é meu.


– Ah, lembrei. Atibaiá, né?


– Isso.


– Por que você nunca me convidou pra um churrasco lá?


– Porque com esse seu jeito arrumadinho o meu pessoal podia achar que tu é polícia.


– Entendi. Faz sentido. Mas voltando aos pintinhos...


– Nem me fala.


– Ué, foi você que falou.


– Eu sei. Mas é que esse assunto sempre me emociona.


– Por quê?


– Justamente pela ação humanitária do Instituto Lula. Era de lá que eu recebia as informações do caseiro do sítio sobre a situação dos pintinhos. E quando algum pintinho não estava bem, isso acabava com o meu dia.


– Imagino. E onde entra a ação humanitária?


– Tu é burro mesmo, hein, Macron? Justamente eu colocava todos os recursos do Instituto pra salvar os pintinhos. É pouco pra você?


– Não. Também me emociono. Mas salvar pinto é ação humanitária?


– Aí você mostra todo o seu preconceito. Pinto é um ser humano como outro qualquer. Só porque vira galinha você acha que não merece respeito?


– Não foi isso que eu quis dizer...


– Foi sim. O que você tem contra as galinhas? Sabia que você pode ser processado por preconceito?


– Contra as galinhas?


– Claro. Meu corpo, minhas regras. A galinha faz com o corpo dela o que quiser e ninguém tem nada com isso. Aliás, eu gostaria de lhe informar, sr. presidente, que qualquer maneira de amor vale a pena.


– Espera aí, Lulá. Eu não quis ofender ninguém. Só fiquei um pouco confuso com a classificação das espécies.


– É o que todos dizem. Mas não se preocupa, vou quebrar o seu galho.


– Obrigado. O que você vai fazer?


– Dobra o valor do cheque e eu te arranjo os melhores advogados. E os melhores juízes também.


– Eu vou ser julgado no Brasil?


– Claro. Seu crime foi cometido contra galinhas e pintinhos brasileiros, cujo habitat moral é o meu sítio que não é meu, então o juiz natural da causa também é meu. Ou melhor, de um amigo meu.


– Nada como ter amigos, né, Lulá?


– Eu não seria ninguém sem eles.


– E basta de preconceito contra as galinhas.


– E contra os pintinhos.


– E contra os demagogos.


– E contra os ladrões.


– Igualdade, fraternidade e liberdade!


– 2 milhões de dólares.


– O quê?


– O preço do que você falou.


– Como assim? Eu falei de princípios da Revolução Francesa. Isso sempre foi de graça.


– Em conversa com o Instituto Lula nada é de graça. Mas não se preocupe, tudo será revertido em causas humanitárias.


– Ufa. Então tá.


– Pela dignidade das galinhas!


– 50 real.


Gazeta do Povo












publicadaemhttp://rota2014.blogspot.com/2021/11/cupula-parisiense-por-guilherme-fiuza.html


0 comments:

Postar um comentário

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More