diz J.R Guzzo
O Congresso Nacional, que já é um dos grupos humanos mais detestados do Brasil, continua a fazer tudo o que pode para piorar a sua reputação. No conforto costumeiro que os crimes coletivos oferecem aos seus autores, rejeitou o veto presidencial sobre um projeto-delírio dos parlamentares – e com isso jogou mais uma bomba mortal sobre as finanças do país.
A novidade dobra, praticamente, o número dos que são habilitados a receber um auxílio direto do Tesouro Nacional, no valor de um salário mínimo mensal e em dinheiro, caso comprovem a própria pobreza.
De um lado, é demagogia em estado puro: os deputados e senadores dizem, sem o menor constrangimento, que estão querendo ajudar os mais pobres, quando querem mesmo é se beneficiar eleitoralmente do cartaz que imaginam estar ganhando junto aos miseráveis.
De outro lado, é uma agressão direta ao interesse público, que neste momento precisa desesperadamente de um mínimo de equilíbrio nas contas do governo, e à legalidade – pela qual o Congresso só pode criar novas despesas se definir a fonte de receitas para pagá-las.
A delinquência dos parlamentares vai tirar mais R$ 20 bilhões por ano de um Estado já está em situação de falência. Fazem isso de caso pensado e com irresponsabilidade consciente. Depois reclamam que o povo vai para a praça pública agredir “as instituições”.
Metrópoles
EXTRA[ODADEROTA2014BLOGSPOT
0 comments:
Postar um comentário