por Jorge Hernández Fonseca
Nota do editor: jornalista cubano escreve sobre uma solução bélica para o caso venezuelano.
Para a análise do atual problema venezuelano é necessário partir de algumas bases:
• Primeiro, é a Cuba castrista que mantém Maduro no poder; portanto, se não há opção militar na Venezuela, seria necessário sancionar/negociar com Cuba e não com a Venezuela para obter qualquer resultado. Agora, Cuba "empurra, mas não bate";
• Segundo, Maduro na Venezuela - treinado pelos irmãos Castro em Cuba - nunca sairá "para sempre"; ele segue o postulado castrista: "o que tomamos pela força, eles têm que nos tirar à força". Sem uma opção de força, não há solução;
• Terceiro, e com base na rotunda negação da América Latina quanto ao "uso da força" na Venezuela, os EUA não vão intervir com tropas enquanto a região não acender luz verde à guerra, como um parceiro (opção preferida) ou não;
• Quarto, há o interesse eleitoral de Trump neste evento, que garantiria, sem discussão, a vitória do voto latino dos EUA e do estado da Flórida. Para isso seria preferível esperar mais um ano, o que nas aparências é quase impossível.
O que aqui está escrito é igualmente conhecido por "assessores" cubanos e por Nicolas Maduro, por isso se dão o luxo de convidar nada menos do que russos para pousar soldados uniformizados no aeroporto de Caracas. Blecautes de vários dias cobrem a capital e o resto do território nacional, proporcionando tempo ideal para uma ação armada desde o exterior. Mandam prender o segundo homem de Guaidó, e os EUA - junto com a América Latina - se comportam como se nada estivesse acontecendo. A situação é quase limite para a ditadura de Maduro, mas as circunstâncias a favorecem.
Vai muito além do medo de arriscar seus jovens em uma competição de guerra, a insistência inexplicável do Grupo de Lima em se opor pública e repetidamente ao uso da força para libertar Venezuela. Poderia o Grupo até discordar, mas explicitá-lo tantas vezes, dá garantias a Maduro. Há muito antiamericanismo remanescente (mesmo entre os militares brasileiros, os mais declaradamente pró-americanos, de acordo com seu próprio presidente). Isso desconcerta os EUA, que se sentem isolados em um problema comum, ainda mais latino-americano que americano.
Nestes momentos o tempo corre a favor de Maduro, Cuba e seus capangas. O calendário eleitoral norte-americano não incentiva a administração Trump – interessada em reeleição – numa deposição imediata por meios militares (idealmente isso deveria ocorrer no início do ano eleitoral de 2020). Soma-se a isso a correlação interna venezuelana de "forças" (aquelas que o Grupo Lima não quer) que favorece plenamente Maduro, sua polícia política e "coletivos".
Nas condições atuais, não é difícil ver que restaria um dividendo maior se os ataques (militares, sanções, palestras debaixo da mesa, etc.) fossem redirecionados contra a Cuba de Castro, porque isso resultaria em um dividendo mais elevado. Dado que o esforço contra Cuba seria muito menor do que contra a Venezuela. O êxito de golpes bem sucedidos contra o poder de Castro resultaria em uma vitória tripla, pois significariam provavelmente a simultânea e desejável libertação de Cuba, Venezuela e Nicarágua. Não seria irrracional redirecionar as ações contra Cuba, a base de tudo. Ela, hoje, tão u mais fraca do que a Venezuela e detém todo o andaime.
Nas condições atuais, não é difícil ver que restaria um dividendo maior se os ataques (militares, sanções, palestras debaixo da mesa, etc.) fossem redirecionados contra a Cuba de Castro, porque isso resultaria em um dividendo mais elevado. Dado que o esforço contra Cuba seria muito menor do que contra a Venezuela. O êxito de golpes bem sucedidos contra o poder de Castro resultaria em uma vitória tripla, pois significariam provavelmente a simultânea e desejável libertação de Cuba, Venezuela e Nicarágua. Não seria irrracional redirecionar as ações contra Cuba, a base de tudo. Ela, hoje, tão u mais fraca do que a Venezuela e detém todo o andaime.
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*Traduzido do original em espanhol pelo editor.
extraídadepuggina.org
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