Ministro alemão da economia foi ao Oriente Médio tratar de negócio que pode atenuar a atual dependência para a Rússia
Revista Oeste
A Alemanha conseguiu um novo acordo para receber o gás do Catar, em alternativa à dependência energética que atualmente tem na relação com a Rússia. O ministro alemão da economia, Robert Habeck, se reuniu no domingo com o emir xeque Tamim bin Hamad Al Thani no Oriente Médio para tratar as bases do negócio.
Desde o início da invasão russa à Ucrânia, a Alemanha começou a repensar sua dependência de gás da Rússia. As tensões políticas do conflito complicaram o relacionamento com o país presidido por Vladimir Putin.
Robert Habeck viajou a Doha para tratar das relações bilaterais com o país do Oriente Médio e conseguiu avanços no setor energético. “As empresas que vieram com o ministro agora entrarão em negociações de contrato com o lado do Catar”, disse um porta-voz do governo alemão.
A expectativa é que os dois países assinem uma relação de longo prazo no fornecimento de gás. Também participou do encontro Saad Sherida al-Kaabi, principal autoridade do Catar para o setor energético.
Atualmente, a Rússia é o principal fornecedor de gás da Alemanha, além de liderar o ranking dos maiores exportadores do planeta. O Catar aparece em terceiro lugar nesta relação.
Em meio às indefinições energéticas provocadas pelo conflito Rússia-Ucrânia, o chanceler alemão, Olaf Scholz, anunciou no final de fevereiro a construção de dois novos terminais de gás natural liquefeito.
Depois de a Rússia deflagrar a invasão militar da vizinha Ucrânia, a Alemanha anunciou que suspendeu o projeto do gasoduto Nord Stream 2, projetado para levar gás natural russo diretamente para a Alemanha através do Mar Báltico.
Em paralelo à questão russa, a Alemanha também pretende eliminar gradualmente sua produção de energia nuclear até o final deste ano. No entanto, o país ainda terá de apresentar à sociedade e aos parceiros internacionais soluções de como vai reconfigurar o setor energético.
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