escreve Luiz Carlos Nemetz
Quem conhece um pouco da história do Brasil, sabe que desde Getúlio Vargas uma casta política tomou as entranhas do poder no Brasil e segue encravada nele até hoje.
Uma imensa minoria egoísta, atrevida e sem limites que pensa ser a dona do país.
São pequenas oligarquias que chamo de aristocracia medieval brasileira.
Pequenos exemplos: Fernando Henrique Cardoso é filho e sobrinho de generais que conspiraram para derrubar Getúlio, levando-o ao suicídio, por terem seus interesses pessoais contrariados.
Rodrigo Maia é genro do genro do genro de Getúlio. O líder gaúcho que criou essa cultura. Dava cartórios, capitanias hereditárias e sustentava a imprensa para conseguir governar.
É um grupelho acostumado no bem bom. Quase sempre líderes de sem votos, mas hábeis na arte da malandragem (andar pelo mal), da chantagem, do compadrio, do aparelhamento das estruturas do Estado, que se perpetuam ao longo das décadas agarrados as mamatas e gordas mordomias vindas do poder público.
O mais hábil destes grupos tem sua gênese na ala ruim da antiga UDN (que tinha uma ala boa), ainda viva e atuante como a velha “banda de música”, sempre prontos para em simuladas contendas, tomarem o poder na mão grande, criando crises artificiais para dividir o butim. Que quando não conseguem o que querem, partem para derrubar governos.
Fizeram o levante militar em 64. Deram o tapa, mas depois, esconderam a mão, quando viram seus interesses e o acesso ao baleiro ser dificultado.
São malabaristas na arte da manipulação. Na sua grande maioria são líderes com grande repulsa popular, figuras abjetas. Põe a frente para representa-los líderes de ocasião aos quais comandam com rédeas curtas, espora e mango via das “instituições” das quais nunca desgrudam, como o comando do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal.
Aliaram-se a democratas legítimos se passando por eles para restabelecer a democracia quando perceberam que poderiam novamente montar no petiço e mamar nas gordas tetas do erário no movimento das Diretas Já.
Levaram sorte e um dos seus mais representativos líderes, Sarney, num acaso do destino abocanhou o poder.
Ato seguinte, sob os auspícios de Roberto Marinho, levaram um inconsequente à Presidência. Fernando Collor de Mello, Filho de Arnon de Mello (Ministro de Getúlio), embaixador da família global na então capitania hereditária das Alagoas.
O jovem tresloucado chutou o balde e quis reinar sozinho. Dividiram-se. E, insatisfeitos com a partilha do poder, derrubaram o caçador de marajás sem dó nem piedade.
Sempre sob a editoria da Globo, elegeram o maior enganador que o país já viu: Fernando Henrique Cardoso, cuja maior habilidade é sempre falar sem dizer absolutamente nada. Mas como vive bem essa peça...
Sem líderes para suceder aquele que melhor distribuiu o butim, perceberam que ninguém mais seguraria Lula depois de ter sido derrotado em 3 eleições seguidas.
O líder operário, vadio, guloso, caipira, radical, percebeu que perderia novamente se não aderisse às dinastias que mandavam no Brasil.
Transmutou-se em “Lulinha paz e amor”, que se revelou um misto de comunista inculto e analfabeto com capitalista ganancioso.
O sapo barbudo cumpriu o dito de Maquiavel e se aliou aos adversários de fígado. E vice-versa. Cada lado com o claro propósito de enganar uns aos outros.
Por meio de juras recíprocas Lula acenou com obediência. E os conspiradores deram-lhe apoio. Lula partilhou o Estado e o afano comeu solto.
Falso líder, vaidoso e com ambição desmedida, Lula levou os seus ao poder. E a petezada conheceu o pistache, os bons vinhos, as lagostas e “dolce far niente”. E se lambuzaram ficando sem unhas de tanto raspar os cofres. E pouco a pouco foi colocando os oligarcas de lado, substituindo-os aqui e ali no começo, e por todos os lados no fim, no comando do erário.
A Dilma foi uma espécie de sucessora hereditária deste reino com muitos reis. As coisas saíram do controle. Derrubaram-na.
Hoje podemos perceber que neste teatro de operações foram inseridos vários líderes e peças chaves.
Somente para não deixar sem registro, surge o juiz paladino, Sérgio Moro, que hoje se sabe, agiu a serviço e a mando da casta, para cumprir o papel bem desenhado, legitima e seletivamente bem feito, de cortar a cabeça das serpentes que saíram do controle e quebraram os acordos de partilhar a pacoteira de dólares.
Ávida a minoria egoísta que se move somente pelas vantagens, ensaiou novos líderes. Contudo, nunca, jamais, em tempo algum, tiveram por foco o bem-estar do povo ou a felicidade geral da nação.
De cheiradores a bons moços de fala mansa, buscaram fabricar líderes que tentaram ser levados a sério, buscando engodar o eleitorado como os artistas de circo e de espetáculos saltimbancos fazem com suas plateias.
Tudo com um só objetivo: assegurar a preservação dos seus interesses e seguir no controle do poder central, seus ministérios e empresas públicas.
Mas eis que surge um “offside” com o qual não contavam e que não aparecia nos radares dos mais hábeis analistas. É Bolsonaro.
Tentaram de todas as formas não deixar acontecer a candidatura. Buscaram derrotá-lo nas urnas. Agora, sob o perverso código de honra que sempre une os conspiradores, tentam impedir que governe, buscando confiscar seus poderes com machadadas seguidas de machadadas.
Nesta altura da história os camaleões já tinham duas cabeças: a de sempre e a nova representada pela união retrógrada da desmoralizada esquerda. Mas o que se vê é que a aliança do mal está dividida e dissipada ainda que o PT e PSOL se abracem tentando botar fogo no circo onde tem uma baleia adestrada.
Todos sabiam, como ainda sabem, que um governo de um líder independente, patriota, com significativo e participativo apoio popular, seria o fim do jogo de cartas marcadas.
A esquerdalha perdeu a boquinha. As castas corruptas e oligarcas usaram da inteligência de sempre. Acionaram seus tentáculos de várias formas para por a encilha no burro indomável.
Foram de Sérgio Moro de infiltrado no governo a dissidente em bulha ao controle do Congresso. Sempre tentando impedir o Governo de governar.
Do terrorismo diuturno e ininterrupto da mídia que míngua sem o abastecimento das gordas verbas de publicidade ao mais indecente e escancarado ativismo judiciário jamais visto na história da nossa República.
E seguem tentando de todas as formas possíveis e imagináveis refazer o sistema podre.
Mas, apesar dos defeitos, da falta de polidez e por vezes até da aparente (mas não real) inabilidade política, estamos vendo o aperfeiçoamento do governo.
Se não como sonhamos, mas como está sendo possível. Está diante de nós a extinção dos privilégios, a ausência de corrupção, o cumprimento das promessas e compromissos de campanha, ungidas pelas urnas.
Sem caça às minorias, sem racismo, sem machismos, tudo dentro de uma enorme paciência de Jó, fôlego de gato e normalidade constitucional e democrática.
Bolsonaro cumpre a missão que tem pela frente se mostrando um paciente reformador. Não um rei ditador e déspota, mas um líder “reinento” que não teme a repressão de uma minoria autocrática.
Um Presidente que não cede à violência da ameaça revolucionária.
Que mal ou bem, com acerto e erros, passa à nação uma sensação de virtudes cívicas e de patriotismo nunca vistas nos últimos séculos.
É de surpreender? Sim, é! Tentam de todas as formas apagar-lhe a chama.
Ora com a libélula cintilante como lantejoulas expostas ao sol, vestido com suas calças apartadas e portando-se como um homem dama em constante estado de TPM e de conspiração como é o caso do tresloucado João Dória.
Ora com as editorias mordazes, desleais da Rede Globo e do seu patético grupelho de palpiteiros comentaristas.
Olhemos pela janela. E observemos: quem é que brada? Seguramente quem perdeu uma bocada ou uma boquinha é que está latindo ou uivando. Ou quem não tem leitura política nem percepção histórica. Observem um por um.
A verdade é que hoje temos um governante que mesmo transpassado pelas setas (e pela faca) dos seus inimigos, tal qual como São Sebastião, defende com um sorriso por vezes desnecessariamente provocativo, a sua autoridade com todos os parcos recursos dos quais dispõe. Mas, dentre eles, ainda detém o mais poderoso fuzil que existe numa democracia: o apoio popular expresso pela única arma da qual deixaram o homem comum ser portador: o voto!
Esperemos para ver! Quem está ao lado da nação e tem a nação ao seu lado, não vai ceder para as intrigas de gabinetes, aos conchavos dos partidos, aos interesses dos corruptos e corruptores, às editorias de jornais falidos e sem credibilidade, ou aos conspiradores em desespero. Bolsonaro, como diria Churchill quando se referia à Laurence da Arábia:
“O mundo sente, não sem uma certa apreensão, que ali está alguém de fora de sua jurisdição; alguém diante do qual as tentações podem-se espalhar em vão; alguém estranhamente emancipado, indomável, descompromissado com convenções, movendo-se livre das correntes da ação humana; um ser capaz, num ápice, da mais violenta revolta ou de um sacrifício supremo; um homem solitário, austero, para quem a existência não é senão um dever, e dever para ser fielmente cumprido”.
Alguns podem achar ruim com ele. Mas todos teriam a certeza que seria muito pior sem ele.
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