Com informações da Agência Reuters
O mercado de ações dos Estados Unidos sofreu nesta quarta-feira (17) a maior queda percentual diária em três meses. As perdas foram ampliadas com a divulgação do comunicado de política monetária do Fed (banco central americano).
Desde que o democrata Joe Biden assumiu a presidência dos Estados Unidos as bolsas começaram a despencar. E não por coincidência! O anúncio de medidas que sugerem retrocesso assustam o mercado.
Além do mais, o FED expressou preocupação com o ritmo da recuperação econômica do país, sinalizando uma potencial desaceleração no ritmo da recuperação.
"A atual crise de saúde pública continua pesando sobre a atividade econômica, o emprego e a inflação, e apresenta riscos consideráveis para as perspectivas econômicas", disse o Fed em comunicado.
Embora o programa de vacinação contra o coronavírus possa ajudar a economia a reabrir e se recuperar mais plenamente neste ano, por enquanto as autoridades do Fed sentem que a atividade permanece em um buraco profundo, com altos níveis de desemprego, pequenas empresas em dificuldades e um aumento recente de infecções pelo vírus chinês exigindo uma resposta em nível de crise por parte do banco central.
Em entrevista coletiva após a divulgação do comunicado, o presidente do Fed, Jerome Powell, enfatizou que a autoridade monetária não planejava realizar alterações em sua política monetária até que estivesse claro que a economia está apresentando uma melhora sustentada.
Os Estados Unidos registraram perda de empregos em dezembro e muitos indicadores de contratações e gastos estagnaram desde que o aumento das infecções pelo coronavírus começou no outono.
Powell observou que o destino da economia estava ligado ao sucesso do programa de vacinação dos EUA.
"Não há nada mais importante para a economia agora do que pessoas sendo vacinadas", disse ele, acrescentando que os segmentos mais fracos da economia são os setores em que as pessoas precisam trabalhar próximas umas das outras.
Powell disse a repórteres que havia recebido a primeira dose da vacina contra o vírus chinês e esperava receber a segunda dose em breve.
Também pesou para o viés negativo a queda de 3,97% dos papéis da Boeing, que reportou prejuízo recorde em 2020, e o desmonte de posições compradas por fundos hedge (proteção contra oscilações de determinados ativos).
O Dow Jones caiu 2,05%, o S&P 500 perdeu 2,65%, e o Nasdaq caiu 2,61%. Estes são os maiores declínios percentuais diários desde 28 de outubro.
Com o tombo desta quarta, o S&P 500 passou a acumular recuo em 2021, de 0,14%.
O índice de volatilidade da CBOE, frequentemente usado como indicador da ansiedade do investidor, chegou a tocar 34,38, nível mais alto desde 4 de novembro.
No Brasil, o Ibovespa caiu 0,49%, a 115.882 pontos. Este é o sexto pregão seguido de queda do índice, igualando a sequência de janeiro de 2020, que foi a pior desde o impeachment de Dilma Rouseff, em 2016, com sete quedas seguidas.
A Vale recuou 2,78%, em dia de queda dos futuros do minério de ferro na China, reflexo de preocupações com uma provável redução na produção de siderúrgicas em razão dos elevados custos de produção e de demanda fraca. Usiminas cedeu 2,66%, CSN perdeu 2,73% e Gerdau caiu 1,83%.
Já a Cielo saltou 13,35%, após abrir a safra de balanços do Ibovespa com resultado bem avaliado por analistas. Executivos da maior empresa de meios de pagamentos do país prometeram vender alguns ativos não essenciais enquanto aguardam aval do Banco Central para uso do WhatsApp em pagamentos e ampliam a oferta de produtos de crédito.
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