Percival Puggina
Existem detalhes que são importantes. Isso acontece comumente na indústria da moda e, notadamente, na moda feminina. Há detalhes que chamam o olho do observador como que apagando tudo mais.
Na comunicação, não é raro que certos detalhes da notícia a envolvam de tal forma que ela se torna irreconhecível.
Desde as primeiras notícias sobre as mobilizações de rua pelo impeachment, em defesa da Lava Jato, etc., alguns veículos (Globo, Folha, Zero Hora, entre outros) destacam a presença dos intervencionistas. Aqui no Rio Grande do Sul, as imagens divulgadas no noticiário do dia seguinte àqueles eventos, dentre a miríade de cartazes portados pelos participantes, pescavam algum postulando intervenção militar. Ele não era representativo, mas servia como uma luva às intenções ocultas da matéria que pretendiam expressar o que, mais tarde, seria o mote de toda a reação da esquerda derrotada no processo de impeachment e nas eleições de 2018: o “golpe” de 2016.
Agora, com referência à manifestação do próximo dia 26 (estarei em viagem, fora do Brasil nesse dia), volta-se ao detalhe e as matérias destacam algumas postulações sobre a aplicação do Art. 142 da CF.
Até as crianças sabem que o intuito dos eventos é o apoio popular ao Presidente. Esse é o fato. Esse é o objeto. Mas o detalhe vem sendo apresentado de modo a capturar o olho do observador, como se estivéssemos lidando com moda feminina e não com a política nacional.
extraídadepuggina.org
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