por Alex Pipkin, PhD
Todos cidadãos deveriam compreender e agir com racionalidade. Tão singelo como assumir o controle da própria vida e atuar com responsabilidade. Na vida privada, quando eventos espontâneos e incontroláveis modificam a receita familiar, compulsoriamente, tomam-se medidas para reduzir custos. Sem tais ações não há como sobreviver. (Claro que no Brasil, indivíduos foram "treinados" para recorrer ao Estado provedor!). Nas empresas privadas, quando se deseja e necessita-se inovar para criar mais utilidade para os consumidores e, simultaneamente, superar concorrentes, é preciso repensar o modelo de criação de valor. A Toyota, por exemplo, a fim de ganhar em produtividade e rentabilidade, pesquisou modelos americanos e europeus de fabricação de veículos, com suas conhecidas táticas ocidentais de redução de custos, e percebeu que a única forma de competir e sobreviver seria desenvolvendo um modelo de negócios diferente e inovador: sistema Toyota da cadeia de abastecimento, logrado por meio da formação de estreitas associações colaborativas com fornecedores, redução total do desperdício e dos famosos métodos kanban e just-in-time. Inovou incentivando a base de fornecedores, pois depende de provedores de sistemas integrados que se envolvem o mais cedo possível no planejamento e desenvolvimento de novos produtos. No nível de país, a própria China comunista, entendeu que era fundamental inovar e adentrar a economia de mercado para crescer e progredir.
No Brasil aparenta inexistir racionalidade. Errar uma, duas vezes, natural. Insistir no erro, burrice. Também não é surpresa. Desde os tempos de colônia portuguesa a mentalidade estatista e intervencionista encontra-se na massa do sangue dos brasileiros. De fato, a efetiva economia de mercado só deu os ares da graça por essas bandas no tempo do Império, como um mercado vibrante por meio de empresários de todos os portes que faziam a economia girar e prosperar, mesmo assim, sendo um negócio à parte do patrimonialismo e intervencionismo da Coroa, com seus empresários clientelistas e interesseiros; aquilo que estamos acostumados a identificar atualmente. Verdadeiramente, nunca as elites políticas e a sociedade se preocuparam com a liberdade, livre iniciativa e a limitação do Estado e do governo e do próprio papel a ser desempenhado pelas Forças Armadas. Em terras pau brasilis, sempre empresários eficientes de verdade - fora aqueles do compadrio - devem perder para que o negócio seja bom para o Estado. A mentalidade estatista e intervencionista influencia sobremaneira os brasileiros - especialmente políticos populistas, demagogos e corruptos - que acreditam e confiam que o governo existe para resolver problemas individuais. Quanto mais problemas a receita quimérica ideal: mais Estado!
Desde a "grande democracia" republicana que se instalou no Brasil, ou temos políticos juristas intervencionistas ou populistas despreparados que precisam subornar os eleitores com seus programas assistencialistas e seus parceiros políticos corruptos com cargos e nomeações. Até quando se resistirá ao tradicional toma lá, dá cá? A democracia no país, pelo que se observa faz muito tempo, é a fonte de populismo, corrupção desenfreada e de serviços públicos caros, escassos e ineficientes.
No período da ditadura militar, apesar do investimento e construção da infraestrutura e indústrias básicas, as custas da supressão das liberdades individuais, a direita sempre foi dirigista, com pensamentos e ações utópicas centralistas e planificadoras. O amor pelo estatismo e intervencionismo fez - e faz - parte de uma espécie de religiosidade política da direita militar, dos social-democratas e dos socialistas tupiniquins. Desde 1500, percebe-se que a agenda política, econômica, social e cultural brasileira põe em relevo os tais direitos individuais acima dos deveres e da responsabilidade. Os brasileiros sempre foram doutrinados a acreditar no governo como provedor da liberdade e de seus "extensos direitos", longe de ser uma conquista individual. Infantilização e imbecilização de indivíduos por meio do desestímulo a educação, cultura, trabalho, espírito e descoberta empreendedora e consequente pouca geração de crescimento econômico com criação de emprego, renda e riqueza. Coerção e extorsão popular! Quem quer trabalhar cinco meses para sustentar o patrão Estado?!
O país está sempre a espera do redentor que nos livre da insana tradição estatista, patrimonialista e intervencionista. Até mesmo o social-democrata FHC, com a estabilização da moeda, algumas - importantes mas insuficientes - privatizações e abertura comercial tímida, revelou como as pessoas mais livres conseguem resolver melhor seus problemas econômicos e sociais quando os obstáculos e impedimentos estatais deixam de atrapalhar.
Prosaicamente, aqueles que se são taxados de egoístas e contra uma sociedade mais igualitária. É a experiência, doutrinação e opõem a esse nefasto status quo ineficiente, corrupto, patrimonialista e intervencionista o espírito de manada reagindo fortemente. O hábito e interesses fazem o monge!
Agora assistimos parte dos brasileiros esperneando contra uma tentativa de reação e transformação desse estado caótico das coisas no Brasil. A real agenda de liberalização da economia, capaz de inibir a presença e interferência estatal nos mercados e nas diversas esferas da vida social é rejeitada por todos aqueles da "elite" política, pelos grandes magistrados, por intelectuais, por professores, estudantes e pelos empresariado - dos laços - que se recusam a pensar no país, confiando numa "mágica" e em mais endividamento, menos riqueza e prosperidade geral, a fim da manutenção de seus benefícios e privilégios impagáveis logo adiante. Essas são as verdadeiras instituições extrativistas verde-amarelas!
A maioria da população escolheu um projeto novo para o país. Justamente optou pela maioria em detrimento de uma minoria e casta estatal de privilegiados.
O nobre "povo" foi as ruas para protestar contra os "cortes" na educação. O mesmo povo não entende que, na verdade, trata-se de contingenciamento necessário e previsto. Educação? Bem, essa quase sempre esteve aparelhada. Por vezes, contra a ameaça comunista. No mínimo tínhamos amor a bandeira verde-amarela, matemática e português... Seguramente, o aparelhamento mais ferrenho deu-se com a doutrinação de jovens inexperientes quanto ao mesmo pensamento estatizante, intervencionista e da exigência de direitos adquiridos sem a correspondente responsabilização individual. Faz parte da cartilha social-democrata e socialista, a mesma desde sempre no país, populista e enganadora, desejosa do "poderoso" Estado, a grande instituição benevolente, assistencialista e eleitora na grande democracia brasileira. O mindset estatista está encrustado na retina de incautos, desletrados, corporativistas e interesseiros com suas apaixonadas bandeiras partidárias.
O momento é crítico! Para que o mal estatista continue a defraudar a bandeira verde-amarela só é necessário que os bons homens não façam nada! A genuína elite pensante - grupo social mais valorizado e de qualidade reconhecida - despida de desejos corporativistas precisa reagir, conjuntamente com a população que votou contra o eterno estatismo empobrecedor! Primordial que a elite se posicione claramente a favor da efetiva transformação deste Estado ineficiente, caro, patrimonialista, intervencionista e gerador de pobreza e de menos oportunidades. Dessa forma, pelo menos, teremos maiores chances de apostar em uma economia mais livre, mais empreendedora, geradora de mais renda e riqueza para todos. O estatismo de sempre é receita certa para o fracasso, pobreza e submissão.
Rogai por nós! Livre-nos do pensamento colonial! Urge inovar para o bem geral da nação!
Rogai por nós! Livre-nos do pensamento colonial! Urge inovar para o bem geral da nação!
Alex Pipkin, PhD
extraídadepuggina.org
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