Jornalista Andrade Junior

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

MANIFESTO AOS SURDOS


Recebi este manifesto de um amigo e assíduo leitor do blog. Li, reli e decidi dividí-lo com os leitores. Peço que depois de ler, que o divulguem, compartilhem. Ele é intitulado como Manifesto da CONFAMIL aos Surdos
A Confederação Nacional da Família Militar – CONFAMIL, vem em nome dos cinco milhões e duzentos mil inativos das três Forças Armadas agregados às 28 entidades que integram o Sistema CONFAMIL, colocar a público mais uma deslealdade para com os militares ao estabelecerem um ridículo percentual de reajuste salarial que mais afronta do que socorre a situação aflitiva em que eles se encontram. Como sempre acontece nessas ocasiões, o pano de fundo é a crise que se instalou no mundo e que, como não poderia deixar de ser, espertamente contaminou a tão propalada blindagem da economia, cujos reflexos extrapolam o mandato presidencial.
        Não adiantaríamos divagar sobre essas questões, pois além de fugir da racionalidade, elas evidenciam o ranço mal cheiroso da ideologia financeira que o governo se locupleta, sob a égide de uma estúpida e facciosa Comissão da Verdade, que mais se destina a auferir indenizações oficiais àqueles que traíram a Pátria.
        Este foi o mote de fundo que o governo se valeu para ceder aos Comandos Militares a concessão de mais uma migalha salarial, de triste memória, pois partiu de um desqualificado que, por conveniência e por interesse de folgar o orçamento para favorecer a corrupção, não hesitou em sugeri-la em território estrangeiro.
        Lamentavelmente, todos os estudos realizados por determinação dessa aprendiz de dirigente, serviram apenas para conduzir os idiotas que fomos induzidos pelos nossos chefes a ser, acreditando que o Estado estava ciente do que deveria fazer para a pacificação da tropa diante de tantas dificuldades.
        A sensação primeira de que essa linha de conduta seria universalmente aplicada a todas as categorias se desfez quando, por exemplo, se soube pela mídia de recado que outras já estariam aquinhoadas com 56% de reajuste ainda em janeiro.
        Não está em discussão o mérito dessas categorias, mas sim o quanto o governo se desinteressa pelos militares que servem ao Estado. Infelizmente, em sua profunda ignorância, mesmo centrados nessa ideologia de oportunidade, de que é exemplo emblemático o “mensalão”, não têm o descortino de distinguir entre a função de governo e a de Estado. Chamar isso de ignorância talvez seja até um elogio, pois se poderia pensar que existe um conflito de conceituação, o que não é o caso.
        Entendemos que, em todo esse contexto de acomodações de atitudes, ficou uma grande tristeza para a Família Militar ao ver que seus Comandantes de Força foram incapazes, seja por omissão, indiferença, “solidariedade”, ou prevalência de interesses subalternos, de mostrar e fazer valer as suas condições de instituições permanentes para exigir decisões que dessem uma resposta a seus comandados. O que se viu foi apenas uma estranha e surpreendente manifestação de “agrado” pelo reajuste concedido.
        A Família Militar, através deste manifesto, quer levar a público a sua imensa insatisfação pelo ocorrido, lamentando não existir um segmento oficial que responda por suas agruras financeiras.
        Saibam a quantos virem este manifesto, que a sua divulgação não se limitará apenas a todos os estados da federação, mas também a 23 outros países da Europa Ocidental, Europa Central, Europa Oriental e países do Oriente médio. O que pretendemos não é simplesmente esclarecer o público interno, mas levar o nosso grito de revolta a um número ponderável de países, para que eles vejam a realidade de uma administração sem máscara para ocultar suas inúmeras mazelas.
        Um País onde se tem um dirigente sindical que tem a ousadia de chamar os ministros do Supremo Tribunal Federal de “elite suja”, definitivamente perdeu o senso crítico de olhar para si próprio e suas origens.
        Estamos cansados de nos dirigir a surdos, sem desmerecer aqueles que têm isso como lamentável deficiência, mas sim àqueles que não ouvem porque nada sabem sobre a responsabilidade que têm de conduzir um País de diversidade cultural e étnica e de tantas outras inteligências dentre as quais sequer podem figurar com as suas.
        As urnas, se não fraudadas, podem ser uma alternativa para acabar com essa farra moral, mas existem alternativas que não a violência que de nada serviria para por um fim a tanta irracionalidade.
Waldemar da Mouta Campello Filho
Capitão-de-Mar-e-Guerra
Presidente da CONFAMIL
Coordenador do Sistema CONFAMIL


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