Recebi este manifesto de um amigo e assíduo leitor do blog. Li, reli e decidi dividí-lo com os leitores. Peço que depois de ler, que o divulguem, compartilhem. Ele é intitulado como Manifesto da CONFAMIL aos Surdos
A
Confederação Nacional da Família Militar – CONFAMIL, vem em nome dos cinco
milhões e duzentos mil inativos das três Forças Armadas agregados às 28
entidades que integram o Sistema CONFAMIL, colocar a público mais uma
deslealdade para com os militares ao estabelecerem um ridículo percentual de
reajuste salarial que mais afronta do que socorre a situação aflitiva em que
eles se encontram. Como sempre acontece nessas ocasiões, o pano de fundo é a
crise que se instalou no mundo e que, como não poderia deixar de ser,
espertamente contaminou a tão propalada blindagem da economia, cujos reflexos
extrapolam o mandato presidencial.
Não adiantaríamos divagar sobre essas
questões, pois além de fugir da racionalidade, elas evidenciam o ranço mal
cheiroso da ideologia financeira que o governo se locupleta, sob a égide de uma
estúpida e facciosa Comissão da Verdade, que mais se destina a auferir
indenizações oficiais àqueles que traíram a Pátria.
Este foi o mote de fundo que o governo
se valeu para ceder aos Comandos Militares a concessão de mais uma migalha
salarial, de triste memória, pois partiu de um desqualificado que, por
conveniência e por interesse de folgar o orçamento para favorecer a corrupção,
não hesitou em sugeri-la em território estrangeiro.
Lamentavelmente, todos os estudos
realizados por determinação dessa aprendiz de dirigente, serviram apenas para
conduzir os idiotas que fomos induzidos pelos nossos chefes a ser, acreditando
que o Estado estava ciente do que deveria fazer para a pacificação da tropa
diante de tantas dificuldades.
A sensação primeira de que essa linha de
conduta seria universalmente aplicada a todas as categorias se desfez quando,
por exemplo, se soube pela mídia de recado que outras já estariam aquinhoadas
com 56% de reajuste ainda em janeiro.
Não está em discussão o mérito dessas
categorias, mas sim o quanto o governo se desinteressa pelos militares que
servem ao Estado. Infelizmente, em sua profunda ignorância, mesmo centrados
nessa ideologia de oportunidade, de que é exemplo emblemático o “mensalão”, não
têm o descortino de distinguir entre a função de governo e a de Estado. Chamar
isso de ignorância talvez seja até um elogio, pois se poderia pensar que existe
um conflito de conceituação, o que não é o caso.
Entendemos que, em todo esse contexto de
acomodações de atitudes, ficou uma grande tristeza para a Família Militar ao
ver que seus Comandantes de Força foram incapazes, seja por omissão,
indiferença, “solidariedade”, ou prevalência de interesses subalternos, de
mostrar e fazer valer as suas condições de instituições permanentes para exigir
decisões que dessem uma resposta a seus comandados. O que se viu foi apenas uma
estranha e surpreendente manifestação de “agrado” pelo reajuste concedido.
A Família Militar, através deste
manifesto, quer levar a público a sua imensa insatisfação pelo ocorrido,
lamentando não existir um segmento oficial que responda por suas agruras
financeiras.
Saibam a quantos virem este manifesto,
que a sua divulgação não se limitará apenas a todos os estados da federação,
mas também a 23 outros países da Europa Ocidental, Europa Central, Europa
Oriental e países do Oriente médio. O que pretendemos não é simplesmente
esclarecer o público interno, mas levar o nosso grito de revolta a um número
ponderável de países, para que eles vejam a realidade de uma administração sem
máscara para ocultar suas inúmeras mazelas.
Um País onde se tem um dirigente
sindical que tem a ousadia de chamar os ministros do Supremo Tribunal Federal
de “elite suja”, definitivamente perdeu o senso crítico de olhar para si
próprio e suas origens.
Estamos cansados de nos dirigir a
surdos, sem desmerecer aqueles que têm isso como lamentável deficiência, mas
sim àqueles que não ouvem porque nada sabem sobre a responsabilidade que têm de
conduzir um País de diversidade cultural e étnica e de tantas outras
inteligências dentre as quais sequer podem figurar com as suas.
As urnas, se não fraudadas, podem ser
uma alternativa para acabar com essa farra moral, mas existem alternativas que
não a violência que de nada serviria para por um fim a tanta irracionalidade.
Waldemar da Mouta Campello Filho
Capitão-de-Mar-e-Guerra
Presidente da CONFAMIL
Coordenador do Sistema CONFAMIL
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