Júnia Turra
Meu avô paterno trabalhou a vida inteira. Era veterinário e pesquisador: o responsável pelo Departamento da Universidade Federal onde se estudava as doenças caninas e o tratamento delas. Era de família portuguesa. Minha avó era professora. Tiveram três filhos. Duas mulheres e um homem.
Meu avô materno trabalhava no Banco Central no Rio de Janeiro. Ele era um dos responsáveis por assinar as notas de dinheiro.
Minha avó professora, depois funcionária da Rede Ferroviária Federal.
Meu avô levava no bonde do Centro do Rio para as Laranjeiras, onde morava, duas malas cheias todas as sextas-feiras para não deixar o trabalho acumular. Nunca foi roubado e nunca roubou.
Era um italiano-brasileiro que foi pai após os 40 anos. Teve uma filha só.
Meus avós pagavam impostos. Eram homens e mulheres íntegros. Quando eu era pequena, a minha avó mostrava anéis onde estava escrito "dei ouro para o bem do Brasil", lá dos tempos em que a minha mãe era criança.
Meus avós compraram imóveis, pagaram impostos corretamente para o Estado todos os meses, todos os anos. Taxas, impostos, sobretaxas.
Quando morreram, os filhos pagaram impostos de transmissão de propriedade e mais taxas, taxas e taxas e impostos e um valor que a cada ano se tornava mais absurdo e que ia para um 'grupo cartorário' e para o Estado.
E quando esse dinheiro entra nos cofres públicos, sabemos o que acontece...
E sabemos muto bem o agravamento do que passou a acontecer com o dinheiro público desde o início do revezamento no poder entre o grupo do "Boca de Godê Duplo" e "O Que Nunca Foi Retirante" .
Você tem Bens?
Eu herdei propriedade.
Paguei impostos altíssimos de transmissão.
Eu comprei imóveis.
Paguei impostos altíssimos de transmissão.
Todos os anos pago impostos pelo que possuo.
Impostos cada vez mais altos.
Independente da economia ir bem ou mal.
Sabemos...
Você pagou o IPTU esse ano?!
Em São Paulo, o valor das vagas na garagem é o equivalente ao IPTU de muito imóvel no interior por aí...
Mas o interior "por aí" colocou o valor na estratosfera. Logo, equivalente a muito imóvel da maior capital do país.
O "grandioso" Calça Enfiada nas Pregas e a turma dele coligada aquela outra e a mais outras (porque são inúmeras siglas partidárias para confundir o cidadão), jogou para a estratosfera o aumento de impostos, retirou o tombamento da maioria dos imóveis tombados (isso lá quando prefeito) e acelerou o esquema de enfiar gente pra morar na rua.
Espalhou a Cracolândia.
Com direito a banheiros públicos, local pra banho, para alimentação gratuita e ainda para receber o "up" de cada dia. E com barracas de marca numeradas.
Você conta ou eu conto o que essa turma política pretende?
Vão ocupar e invadir propriedades. Estão fazendo isso nos prédios públicos no centro das grandes cidades e na área rural.
E querem acabar com o direito de transmissão da propriedade e de possuir propriedade. Essa que nós pagamos para manter todos os meses a preços de arrancar o couro. Essa que nossos pais e avós pagaram tanto com suor do trabalho deles e dando até "ouro pelo bem do Brasil".
O Estado quer manter as mordomias para os funcionários do povo tirando tudo do povo.
O discurso de políticos da esquerda caviar tem por objetivo ter sem merecer, se apropriar do que é do outro, pago com o suor do outro.
É o mesmo modus operandi dos parentes picaretas que toda família tem e que querem se apropriar do alheio que nunca suaram para ter. Está na hora de mudar a lei também.
Nem o Estado e nem parente serpente deve ficar com o que não lhes pertence. Querem o ouro e o seu couro!
* Publicado originalmente na página da autora no Facebook
PUBLICADAEMhttps://www.puggina.org/outros-autores-artigo/vou-falar-com-propriedade:-sobre-propriedade__17783
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