Jornalista Andrade Junior

terça-feira, 2 de agosto de 2022

Bolsonaro diz que inquéritos de Moraes (indicado ao STF por Temer, vice de Dilma, laranja de Lula, mais depravado ladrão da história do Brasil) sobre vazamento são 'ilegais' e 'imorais'

  Presidente elogiou pedido da PGR para arquivamento de investigação a seu respeito sobre dados eleitorais sigilosos

Revista Oeste


O presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou nesta terça-feira, 2, a ação da Procuradoria-Geral da República (PGR), que voltou a pedir que o Supremo Tribunal Federal (STF) arquive o inquérito do ministro Alexandre de Moraes sobre vazamento por sua parte de dados sigilosos de uma investigação da Polícia Federal (PF). As declarações foram dadas em em entrevista à Rádio Guaíba, do Rio Grande do Sul.

Bolsonaro elogiou a iniciativa vice-procuradora-geral, Lindôra Araújo, que na última segunda-feira apontou que Alexandre de Moraes “contaminou” provas de uma investigação contra o presidente. A integrante da PGR, braço direito do procurador-geral, Augusto Aras, argumentou que o ministro do STF violou o sistema acusatório ao determinar novas medidas na apuração.

Nesta terça, Bolsonaro disse que os inquéritos comandados por Moraes sobre o tema são “ilegais, imorais”. O presidente ainda afirmou que o pedido de arquivamento solicitado por Lindôra Araújo aconteceu porque a investigação “não tem fundamento”.

“São inquéritos completamente ilegais, imorais. É uma perseguição implacável por parte dele (Moraes). A gente sabe o lado dele”, disse Bolsonaro.

“Estamos jogando dentro das quatro linhas (da Constituição). Falei agora, na minha convenção lá no Rio de Janeiro, vamos pela última vez às ruas para mostrar àqueles surdos, poucos surdos, que o povo tem que ser o nosso norte. Essa população aí tem que ser respeitada”, acrescentou o presidente, em menção à convocação para atos de 7 de Setembro.

BOLSONARO INVESTIGADO POR MORAES

Em agosto de 2021, Jair Bolsonaro expôs nas redes sociais a íntegra de um inquérito da Polícia Federal, três anos antes, que apura suposto ataque ao sistema interno do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Por lei, qualquer servidor público tem obrigação de proteger informações sigilosas, independentemente de hierarquia.

À época, os ministros do TSE enviaram uma notícia-crime endereçada a Alexandre de Moraes relatando a suposta conduta criminosa do presidente. Então o ministro do STF decidiu abrir um inquérito para investigar o caso.

Na entrevista desta terça-feira, Bolsonaro voltou a destacar as suspeitas sobre segurança do sistema eleitoral brasileiro, falando que a Polícia Federal tem indícios de atividades de hackers dentro de computadores do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Ficaram lá por oito meses”, disse o presidente.

Neste ano, o procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou em seu parecer que, mesmo que as informações tenham sido divulgadas pelo presidente de forma ‘distorcida’, não houve crime na conduta.

Já em um relatório preliminar encaminhado pela PF ao Supremo, no começo do ano, a delegada Denisse Ribeiro afirmou que reuniu elementos sobre a ‘atuação direta, voluntária e consciente’ do presidente ao divulgar informações sigilosas de uma investigação em andamento.

A delegada também apontou o envolvimento do deputado federal Filipe Barros (PSL-PR), que participou da live com o presidente em 2021, além do ajudante de ordens da Presidência, Mauro Cid, que, segundo a investigação, foi o responsável por divulgar o inquérito na internet.

“Quebraram o sigilo do meu ajudante de ordens. Isso não vou adjetivar aqui, que é um crime o que essa pessoa (Moraes) cometeu. O objetivo não é ajudante de ordens, é ver as mensagens que eu troco com ele, algumas confidenciais. Ele está fazendo tudo de errado, tudo de errado e, no meu entender, não vai ter sucesso no seu intento final”, concluiu Bolsonaro na entrevista desta terça-feira.










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