Guilherme Fiuza:
Quem toma vacina de Covid pode ficar cego? Os eventos adversos pós-vacina de Covid estão sendo amplamente investigados e divulgados para a população, de forma que ela possa fazer o balanço dos riscos que corre? Todas as pessoas são livres para decidir com seu médico se inoculam ou não uma substância cujos estudos de eficácia e segurança ainda não foram concluídos? Você está cansado de ouvir esse tipo de pergunta porque acha que esse assunto já morreu?
O que podemos (e devemos) dizer é que esse assunto não morreu (e nunca morrerá) para muita gente, muita mesmo, como Cleuza Caetano Soares Fernandes, 42 anos, de Barretos (SP). Veja o relato dela:
“No dia 31/05 recebi uma ligação do Centro Municipal de Reabilitação do município de Barretos e me informaram que o recebimento do benefício do BPC-Loas estaria condicionado à vacinação contra Covid-19. Diante de tamanha pressão, como sou deficiente física e não posso mais trabalhar, o benefício é o único meio de sobrevivência meu e do meu filho de 10 anos.
Então, no dia 05/06/2021 tomei a 1ª dose da vacina AstraZeneca. Vinte e oito dias depois comecei a passar mal, muita dor no corpo e nas pernas, dores de cabeça intensas, dificuldade de locomoção, câimbras, formigamentos, visão embaçada e dificuldade para engolir. Procurei assistência 5 vezes entre o período de 30 de junho e início de outubro, sem receber nenhum diagnóstico ou tratamento.
Quem toma vacina de Covid pode ficar cego? Os eventos adversos pós-vacina de Covid estão sendo amplamente investigados e divulgados para a população, de forma que ela possa fazer o balanço dos riscos que corre?
No início de setembro começaram novamente as ligações da UBS do meu bairro para que eu tomasse a 2° dose. Porém eles deixavam claro que a AstraZeneca estava em falta e eu tinha de tomar a Pfizer, mesmo sob minha insistência em aguardar a AstraZeneca.
No dia 20/10/2021 tomei a 2° dose de Pfizer. A partir daí, uma semana depois meu estado de saúde piorou muito. As dores no corpo ficaram insuportáveis, as câimbras e formigamentos aumentaram, a dor de cabeça cada vez mais forte, dificuldade de engolir e dor no estômago. Comecei a sentir muita dor na perna esquerda, inchaço, vermelhidão. Além de tudo isso, minha visão só piorou, já não conseguia enxergar para ler nem escrever.
Procurei ajuda inúmeras vezes no Pronto Socorro. Teve médico que chegou a rir dos sintomas que eu estava relatando. Finalmente procurei socorro na UPA. Fui atendida por uma médica que entrou com o anticoagulante intravenoso, o que me salvou de uma trombose.
Hoje estou com refluxo venoso, diagnóstico confirmado de cegueira total, lentificação do fluxo sanguíneo, arritmia cardíaca e anemia. Eu tenho vários exames do mês de maio/2021 confirmando que eu não tinha naquela data nenhuma alteração no meu estado de saúde. Também tenho o exame Anti-Heparina PF4 com resultado positivo. Ou seja, eu tenho a confirmação que meus problemas decorreram da vacina. E como vocês podem observar no meu relato, eu nunca quis tomar a vacina, nunca quis fazer parte desse experimento.”
Gazeta do Povo
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