Ann Coulter: uma arma na mão de uma mulher maltratada muda a dinâmica do poder
O New York Times não quer que as mulheres tenham uma chance de lutar. Em vez disso, continua fazendo pressão por políticas desarmamentistas.
O jornal New York Times causou surpresa com seu longo artigo de 17 de março escrito por Michael Luo a respeito da recusa dos tribunais estaduais de tirar as armas das mãos de homens em situações de violência doméstica.
O
objetivo principal do artigo era alfinetar a mais antiga organização de
direitos civis dos EUA, a Associação Nacional de Rifles (National Rifle
Association), por se opor a algumas das propostas desarmamentistas mais
avançadas sendo discutidas nos legislativos estaduais, como a que
permite aos tribunais confiscar as armas de uma pessoa com base em uma
liminar.
É uma posição nova para os esquerdistas, a de se opor aos direitos do acusado. Geralmente o jornal Times
pede para que até criminosos condenados tenham direito a voto,
sentenças brandas, operações de mudança de sexo e refeições vegan (sem
nenhum tipo de proteína animal) na prisão.
Outro artigo recente do Times
sobre as comunidades que estão tentando manter criminosos sexuais fora
de suas vizinhanças citava o dito esquerdista: “É contraproducente para a
segurança pública, pois quando não temos nada a perder, estamos muito
mais propensos a cometer um crime do que quando estamos reconstruindo a
vida”.
Mas isso foi sobre estupradores de crianças condenados. Isto é sobre armas, então valem outras regras.
Como
costuma ser o caso quando esquerdistas começam a propor restrições a
armas, presumem que apenas os homens serão desarmados pelas leis que
pretendem tirar armas de pessoas sujeitas a liminar. Mas essas liminares
não são tão difíceis de se conseguir. Mas não ocorre para os
esquerdistas que um homem violento poderia também conseguir uma contra a
esposa, sendo suas acusações verdade ou não.
Em vez de ajudar as vítimas de violência doméstica, essa proposta (e outras do New York Times
sobre armas) só irá garantir que mais mulheres sejam assassinadas. Uma
arma na mão de uma mulher maltratada muda a dinâmica do poder muito mais
do que tirar uma arma das mãos do seu agressor, que geralmente pode
matar a esposa de diversas formas.
A
grande maioria dos estupradores, por exemplo, não se dá ao trabalho de
utilizar uma arma porque, conforme destacou o famoso criminalista Gary
Kleck, eles costumam ter “uma grande vantagem de poder sobre a vítima”,
tornando o uso da arma redundante.
Como o Times
chega a admitir no parágrafo 400: “Na verdade, nem sempre ficou claro
que tal ordem (tirar armas do acusado de maltratar a esposa) teria
evitado as mortes”.
Não diga! Em um dos casos citados pelo Times,
Robert Wigg arrancou uma porta da dobradiça e a usou para ameaçar a
esposa, Deborah, depois de tê-la jogado no chão pelos cabelos.
Deborah
Wigg saiu de casa, conseguiu uma ordem de restrição contra o marido e
pediu o divórcio. Mas as portas não foram um impedimento para Robert
Wigg. Ele apareceu em sua nova casa e rapidamente arrombou a porta e a
assassinou.
Por
acaso ele utilizou uma arma, mas poderia ter usado os punhos. Ou uma
arma ilegal, caso a justiça tivesse tirado sua arma legal. Ou outra
porta.
Enquanto
seu marido estava arrombando a porta, Deborah ligou para os pais e para
a polícia. Seus vizinhos também ligaram para a polícia. Mas não
chegaram a tempo. Até seus pais chegaram à casa antes dos policiais, e
encontraram o corpo da filha assassinada.
A
ordem de restrição não ajudou Deborah Wigg; a polícia não ajudou; os
vizinhos e pais não ajudaram. Se apenas ela tivesse uma arma e soubesse
usá-la, depois de ignorar tudo o que Joe Biden disse sobre o assunto,
talvez tivesse salvado a própria vida.
Vários
estudos, incluindo um realizado pelo Instituto Nacional de Justiça,
órgão de pesquisa do Departamento de Justiça americano, mostra que
vítimas de crimes que reagem com uma arma possuem menos chances de sair
feridas do que as que não resistem de forma alguma, ou que resistem
desarmadas. Isso vale até para quando o assaltante está armado.
O conselho dos esquerdistas para as vítimas de estupro e violência doméstica é: “Relaxa e goza”. O conselho do Times
é: Consiga uma ordem de restrição. O conselho da Associação Nacional de
Rifles é: Estoure os miolos do desgraçado. Ou, para os mais delicados:
Reaja com uma arma, somente pelos meios necessários para impedir o
ataque.
Aparentemente,
muitas das mulheres abusadas preferem não relaxar e deixar acontecer.
Observando os dados de Detroit, Houston e Miami, o casal de psicólogos
Margo Wilson e Martin Daly descobriu que a grande maioria das mulheres
que mataram seus maridos não foi sequer processada, muito menos
condenada, porque se descobriu que elas agiram em autodefesa.
Mas o New York Times
não quer que as mulheres tenham uma chance de lutar. Em vez disso,
continua fazendo pressão por políticas desarmamentistas que não apenas
não irão impedir homens violentos de assassinar suas esposas, mas também
irão desarmar suas vítimas almejadas.
Tradução: Luis Gustavo Gentil
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