Roberto Rachewsky
“Comunismo é uma ótima ideia que não funciona na prática”, dizem. Ora, o que não funciona na prática é uma péssima ideia. Comunismo é uma péssima ideia não porque não funciona, mas porque é desumano. Nega liberdade aos indivíduos para pensarem e agirem de acordo com seu próprio julgamento.
Governos comunistas são totalitários, monopolizam a propriedade dos meios de produção, inclusive da força de trabalho dos seres humanos, que são desprovidos de vontade própria, para servirem à sociedade como escravos na busca de um inexistente bem comum. O mantra marxista “de cada um, de acordo com a sua capacidade, para cada um, de acordo com a sua necessidade” só gera escassez material, infelicidade existencial, guerras e genocídios.
Evidências históricas atestam: comunistas são genocidas em potencial. Matam opositores. Submetem a população à inanição quando os planos dão errado. Sempre dão errado. Comunismo tem relação causal propositada com a miséria do povo, a concentração de poder e a acumulação de riqueza dos governantes que exploram suas vítimas, contabilizadas aos milhões.
A ética coletivista, que vê o indivíduo como um meio, embasa o comunismo e o fascismo. Fascistas, porém, são mais pragmáticos. Propõem uma sociedade de economia mista, em que monopólios estatais convivem com “parcerias público-privadas”. O governo concede a propriedade dos meios de produção à iniciativa privada, mas propõe a escravidão voluntária, manifestada na regulação e tributação do que vier a ser criado e produzido. Fascismo é um socialismo no qual os opressores contam com a sanção das vítimas. Nazismo é fascismo impregnado de antissemitismo.
O único sistema social compatível com a natureza racional do ser humano é o capitalismo, cuja base ética diz ser o indivíduo um fim em si mesmo, capaz de escolher os valores que promoverão sua vida, o mais elevado padrão moral que há. Governos devem proteger a livre iniciativa e a propriedade privada, com a coerção retaliatória, sob o império de leis objetivas, para que não fiquem à mercê dos parasitas violentos – principalmente, dos que, fazendo parte do governo, tentam subverter o Estado de direito através do processo democrático.
Quando se entende que no capitalismo o governo protege quem cria e produz da violência de quem parasita, fica fácil reconhecer o que pretendem os socialistas quando exaltam a democracia em detrimento da república constitucional que limita o poder do governo e dá primazia aos direitos individuais.
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