Roberto Rachewsky
Tem gente usando seu judaísmo, se dizendo sobrevivente do Holocausto, num caso clássico de falácia da autoridade, para falar mal de Israel e perverter fatos históricos e inverter padrões básicos de moral. Não se deixem enganar pelos que dizem assim: “eu que sou judeu e sobrevivi ao Holocausto quando era menino, posso afirmar que os judeus expulsaram os palestinos de suas casas quando a ONU decidiu criar dois estados”. Talvez seja uma crise existencial, uma síndrome de Estocolmo no qual a vítima do nazismo parece amar o nazista que há no terrorista que ele defende.
Os judeus residiam em paz com os árabes desde o domínio Otomano, a população e o desenvolvimento eram esparsos. Com o antissemitismo veio o sionismo, movimento que visava proteger da perseguição, da escravidão, da extinção, os judeus da Europa. Esses dois fenômenos motivaram a primeira “aliyah” para a Palestina Otomana, na qual, entre 1881 e 1903, cerca de 25000 judeus migraram para onde viviam não mais do que 20000 judeus que lá estavam há séculos.
Ajudados pelos banqueiros judeus que compraram terras de seus donos, milionários árabes, e financiaram os projetos, estabeleceram assentamentos e formaram colônias agrícolas que, com trabalho e tecnologia, transformaram em solo fértil, pântanos fétidos, infestados de mosquitos transmissores da malária.
Na segunda “aliyah”, que durou de 1904 até 1914, outros 35.000 judeus imigraram, desta vez, concentrando-se nos vilarejos que eram modestos. Novamente, passaram a adquirir glebas de terra com recursos provenientes de doadores como os filantropos Jacobus Kann, banqueiro holandês e líder sionista, que morreu no Holocausto, ou Nathan Strauss, empresário americano, dono da Macy’s, para transformá-las em centros urbanos, cidades modernas, onde antes só havia desertos áridos, habitados por nômades que viviam em tendas, perambulavam sobre camelos, e tinham o mesmo estilo de vida desde os tempos bíblicos.
O recrudescimento do antissemitismo na Polônia, os pogroms na Rússia e Ucrânia, a violência dos comunistas russos, entre 100.000 e 500.000.judeus foram mortos, o fim do Império Otomano e o apoio da Grã-Bretanha a um estado judeu depois da I Guerra Mundial, além das restrições impostas pelos Estados Unidos da América com a adoção de cotas de imigração levaram à terceira “aliyah” que durou 4 anos, de 1919 a 1923, nos quais outros 40.000 judeus se foram para a região da Palestina, agora sob Mandato Britânico.
Foi a partir de 1920 que as entidades sionistas, financiadas por filantropos, como o banqueiro judeu francês Edmond de Rothschild, passaram a adquirir vastas áreas de terra, entre elas os arredores de Jaffa, todo o Vale de Jezreel, da baía de Haifa ao mar da Galileia, na chamada “Aquisição Sursock”, quando Rothschild e a família Sursock, árabes cristãos de Beirute fecharam uma transação equivalente hoje a mais de $200 milhões de dólares.
A quarta “aliyah” correspondeu a uma onda migratória específica que direcionou majoritariamente os judeus vindos da Europa para as cidades, principalmente Tel Aviv. A partir de 1927, Israel sentiu fortemente os efeitos de uma depressão econômica, o fluxo crescente de imigrantes e a desaceleração econômica mundial trouxeram um período de dificuldades que acabou sendo superado eventualmente.
Levantes árabes, até então raros começaram a se intensificar. Com a ascensão do nazismo na Alemanha e a intensificação das restrições americanas para a imigração de judeus, cerca de 350.000 judeus acabaram migrando para a Palestina, o que aumentou a preocupação dos árabes na região.
A quantidade de judeus que imigraram para a Palestina só foi possível por conta de um acordo feito em 1933 entre uma agência judaica e o governo nazista alemão que aceitou liberar a saída de judeus mediante a promessa de ter seus produtos exportados para a Palestina. Além disso, ajudou o fato do novo administrador do Mandato Britânico, Arthur Wauchope, ser pró-sionismo. A violência na Palestina Britânica que começara com um levante árabe em 1929 e se intensificara entre 1936 e 1939, fez com que os ingleses restringissem a imigração para 75000 judeus nos próximos 5 anos, o que acalmou a situação entre árabes e judeus, até estes descobrirem o que ocorria na Europa, com os nazistas dizimando os judeus nos campos de concentração.
Revoltados com as restrições britânicas que fizeram com que um navio de refugiados tivesse que voltar a Hamburgo, porto de origem, para cair nas mãos dos nazistas assassinos, os judeus iniciaram a chamada “aliya bet”, uma operação clandestina para abrigar na Palestina refugiados da guerra na Europa. Mais de 100.000 judeus entraram na Palestina como contrabando. Do lado árabe, o Mufti de Jerusalém, interessado no extermínio dos judeus, se aliou a Hitler e teve que amargar a derrota dos nazistas.
Com o fim da guerra, a revolta dos judeus com os britânicos pela política restritiva que impediu que algumas centenas de milhares de judeus pudessem ser salvos do Holocausto e a aversão à aliança entre o Mufti e Hitler, fez os judeus tentarem expulsar os ingleses, terminando com seu Mandato na Palestina. Quando os britânicos abandonaram a Palestina e a ONU decidiu dividir a região em dois estados, Israel declarou a independência e os árabes declararam guerra ao recém fundado Estado de Israel imediatamente.
Os árabes que moravam na região consignada à Israel deixaram tudo o que tinham para trás, muitos foram se alistar nos exércitos que atacavam, esperavam voltar assim que a guerra terminasse com a vitória árabe, o que não aconteceu. Enquanto isso, centenas de milhares de judeus foram expulsos apenas com a roupa do corpo dos países árabes onde moravam em paz há séculos. Depois de 8 meses, Israel vencera o Egito, Iraque, Jordânia, Líbano, Síria e Arábia Saudita, retendo terreno conquistado para garantir melhor segurança. Novamente isso ocorreu em 1956, 1967 e 1973. Israel conquistou o Sinai, Gaza, Golan e a Cisjordânia. Acordos de Paz com Egito e Jordânia foram alcançados, e neles constavam a autonomia da Cisjordânia e Gaza com intenções de que ali se formasse o estado que eles haviam rejeitado em 1948 e seguem rejeitando porque, mais importante do que florescer e prosperar como Israel fez com as terras que comprou, os palestinos querem aterrorizar e exterminar os judeus.
Judeus, o mesmo povo que fornece para Gaza, água, luz, energia, tratamento médico-hospitalar e empregos, recebe de presente 1400 cadáveres assassinados com requintes de crueldade que só se via em filmes do tipo “o massacre da serra elétrica” ou “sexta-feira 13”. Mas não, o que se viu foram cenas reais que talvez nem os nazistas alemães tenham conseguido igualar. Israel não está atrás dos palestinos terroristas para puni-los. Não é caso de polícia. Não foi uma gangue atacando suas vítimas. Israel foi invadido por um exército, o braço militar de um estado nacional cujo governo é teocrático, totalitário, genocida na sua formação política. Israel não deve punir Gaza, não deve punir o Hamas, partido político que governa e mata quem atravessar seu caminho.
A resposta para os terroristas não é um tribunal em Haia, é guerra! Israel deve buscar a vitória derrotando e exterminando o inimigo de forma implacável. A justiça que eu tenho pedido em vez da paz, não é a justiça que se quer com o devido processo legal. É a justiça do olho por olho, do dente por dente, a justiça que para os que perderam seus entes queridos também é chamada de vingança. A justiça neste caso, é dar aos que, com sua barbárie irracional, ousaram desafiar Israel e a civilização, o que eles desejam, o extermínio. Não o extermínio de um povo, mas de uma cultura maligna que se reproduz a cada inocente que nasce.
O povo palestino deveria acordar de seu transe. Israel tem muito mais a lhe oferecer do que os terroristas que eles elegeram como governantes. Israel deve fazer com Gaza o que os americanos fizeram com Alemanha e o Japão durante e depois da II Guerra Mundial. Aniquilar suas lideranças, em Gaza ou onde estiverem se escondendo. Aniquilar as forças de combate, 30 mil, 40 mil, 100 mil terroristas. Aniquilar os ideólogos teocratas que exalam, que vertem ódio e doutrinam crianças e jovens para o autossacrifício e a morte. Educar a sociedade para o respeito à vida, à liberdade, à propriedade e à busca da felicidade e os princípios morais que tornam os direitos individuais indispensáveis para uma sociedade civilizada. Israel é a primeira e a última fronteira contra a barbárie. Israel é o bastião da moralidade.
Se Israel cair, cairá o mundo que já está a um passo de ser conquistado por totalitários místicos religiosos e seculares.
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