Liberalismo Brazuca
A narrativa comum sobre a criação de Israel é muitas vezes imprecisa e envolta em equívocos.
Frequentemente, essa história é ilustrada por mapas em livros didáticos, mostrando uma pequena área antes de 1947 que é retratada como “território judaico”, cercada por uma área que se supõe ser destinada a um Estado palestino. Conforme avançamos no mapa com a linha do tempo, Israel parece crescer, o que pode sugerir que está reprimindo o espaço dos palestinos. No entanto, esse mapa é enganoso e apresenta uma falsa narrativa.
Primeiramente, é essencial notar que nunca existiu um Estado palestino formalmente reconhecido. Embora a região tenha sido chamada de Palestina desde os tempos romanos, nunca foi um Estado independente.
Após a Primeira Guerra Mundial, essa área, que era anteriormente controlada pelos Otomanos, tornou-se território sob controle britânico, assim como muitas outras regiões do Oriente Médio. Essa situação persistiu até 1947, quando o movimento sionista, que ganhou força desde o século XIX, culminou na Resolução da ONU, que foi apoiada pelo Brasil. Essa resolução propunha a criação de dois Estados, um judeu e um árabe.
No entanto, a resolução foi rejeitada pelos Estados árabes da região, como Egito, Síria, Líbano e Jordânia. Cada um desses países reivindicava a região para si e tinha planos para seu próprio controle. Por exemplo, a Jordânia estava disposta a reconhecer o sionismo e conceder cidadania jordaniana a judeus que se mudassem para lá. A ideia de um Estado palestino independente não estava entre as prioridades desses Estados árabes, que desencadearam uma guerra contra o novo Estado de Israel.
Após a guerra, a Jordânia ocupou a Cisjordânia, e o Egito controlou a Faixa de Gaza. Essas áreas mudaram de mãos ao longo de conflitos subsequentes, até os Acordos de Oslo de 1992, que estabeleceram uma autoridade palestina sobre partes da região. Mais recentemente, o Hamas assumiu o controle da Faixa de Gaza.
Portanto, a crença de que um Estado palestino já existiu é equivocada. A formação de um governo representativo e, eventualmente, o Estado da Palestina, ocorreram apenas nas décadas mais recentes.
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