Jornalista Andrade Junior

sábado, 28 de outubro de 2023

A sepulcral doença juvenil

  Alex Pipkin 


Dezembro próximo completo 58 anos. Não vivenciei o período das grandes guerras, embora como judeu, desde pequeno tenha sentido, literalmente na pele, seus desdobramentos.

O antissemitismo sempre dormiu entre nós, mas confesso que, neste momento, da carnificina israelense pelos covardes terroristas assassinos do Hamas, realizo exatamente o sentimento do povo judeu naquela desprezível atmosfera nazista.

O ódio aos judeus é histórico; somos capitalistas malvados, avarentos e fazemos parte de uma conspiração mundial para dominar o mundo. O corolário e a resposta são, portanto, “a solução final”.

Por aí se constata que o antissemitismo é uma doença que contagia e contamina pessoas de todos os níveis sociais, inclusive, mentes que se dizem superiores, intelectual e moralmente. Portanto, a doença do racismo, do antissemitismo, parece-me, é uma doença mental, na medida em que suprime a razão e deixa que sejam aflorados sentimentos puramente instintivos, animais. 100% de regateiras emoções: grotescas e, claro, sádicas.

Nesse evento macabro, tenho percebido, claramente, duas revelações.  A primeira é a de que os enrustidos estão mostrando suas afiadas e imorais – embora mortais – garras. A segunda revelação é que a juventude idealista, com seus supostos ideais de igualdade e de liberdade, aparenta-me estar sendo rápida e fortemente seduzida e contaminada pela doença do antissemitismo. O ódio por Israel – e pelos judeus (apesar de ser negado) – parece ser a coqueluche do momento para os “justiceiros sociais” de pouca idade.

A outra doença fantasiosa do socialismo fisga e encanta a juventude doutrinada por professores marxistas, na profecia irrealizável do paraíso da igualdade na Terra.

Alguns, no processo de contato com a realidade objetiva, dão-se conta, um pouco mais tarde, do grande engodo.

Assim como nessa questão do apego à ideologia do fracasso, penso que a juventude enganada tem surfado intensamente a onda nefasta do antissemitismo. Eles são facilmente aliciados e, como não conhecem quase nada de história, dão de ombros para a justiça e a igualdade, acabando por engolir o prato frio da “opressão israelense” sobre os palestinos. A lavagem cerebral é tão intensa que a matança de bebês, de crianças e de mulheres torna-se desimportante. Somente um deformado cognitiva e moralmente pode pensar – se é que pensa – dessa maneira.

Notoriamente, a exemplo do período nazista, essa podridão de grande (ex) mídia nacional tem atuado com afinco para, como de costume, omitir, inverter e/ou inventar fatos, a fim de glorificar os “combatentes” do Hamas.

Um dos finais de semana atrás, participei de uma manifestação contra o terror e o massacre de judeus; praticamente só havia a presença de judeus.

Já nas dantescas manifestações promovidas pelos partidos esquerdistas, impressionou-me – apesar de não me surpreender – a maciça participação de jovens – doutrinados!

Fico imaginando o aparecimento de uma suástica nesses encontros, algo que, funestamente, não seria nenhuma surpresa para mim.

Os moçoilos, as moçoilas e os membros do grupo LGBTQIA+ (imaginem essa turma no Irã!), “justiceiros sociais”, não sentem absolutamente nada pelo rapto e pela decapitação de bebês, afinal, são judeus.

Não ando bem. Nunca tinha presenciado a doença antissemita em sua natureza mais nua e crua. Meu Deus, os progroms, a banalização nazista de mortes de pessoas, pelo simples fato de serem seres judeus! Horror!

A tragédia é, antes de mais nada, moral. Mesmo em alguns – dos vários e diferentes – grupos de que participo, a solidariedade ao povo judeu é mínima. A turma não se expõe, com exceções daqueles que apoiam, abertamente, o massacre judeu. Sempre há o “MAS”…

É. Estamos em uma época “moderna e progressista”, de uma nova consciência SEM CONSCIÊNCIA!

O veneno antissemita se propaga como baratas, especialmente, entre os mais jovens, doutrinados até o último fio de cabelo.

Essa doença mental sempre foi objeto para a manipulação de monstruosos ditadores em busca de mais poder. Além de ser, barbaramente, alimentado por espúrias questões ideológicas rubras, o antissemitismo sempre foi o esporte favorito de alguns “intelectuais”, ou melhor, dos cúmplices do poder.

Evidente que o partido vermelho, e o próprio Da Silva, são francos apoiadores de terroristas do Hamas, do Irã e de outros “benfeitores”. Vergonhoso. O sectarismo ideológico de esquerdistas doentios, que a juventude inepta e iludida faz crescer, nutre, cada vez mais, a doença do antissemitismo.

Tal doença dos “modernos” que não é moderna, é incurável, creio eu! Desse modo, minha esperança é que aqueles que efetivamente pensam com o sistema 2 – lógico – levantem-se contra a matança de judeus, afinal de contas, não se trata de uma guerra contra os judeus, e sim contra a genuína humanidade.

Só se espera a solidariedade ao que é certo. Simples deste jeito.
















PUBLICADAEMhttps://www.institutoliberal.org.br/blog/politica/a-sepulcral-doenca-juvenil/





















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