JOSINELIO MUNIZ
Tudo começou há seis anos. Ante o olhar Verde/Amarelo caiu um império.
O poder articulado se ajoelhou aos pés de um homem simples, por nome Sérgio Moro.
Em um tempo surpreendente os heróis deixaram de ser jogadores de futebol e artista de TV e se tornaram juízes, policiais federais, promotores, procuradores, um verdadeiro arsenal batizado de Operação Lava Jato.
Aparentemente simples, pequena, em comparação aos investigados poderosos, a Lava Jato fez tremer a corrupção e encheu o coração brasileiro de alegria. Aparentava o fim da impunidade.
Não, não era mero discurso. Pela primeira vez na história o povo viu na cadeia bilionários, doleiros, políticos renomados e até um ex-presidente corrupto.
Motivado pelas constantes conquistas, o povão, foi às ruas e exigiu a queda da quadrilha, conseguiram.
De quebra, surpreenderam o mundo ao colocar na alta patente um homem simplório como Bolsonaro.
Sim, eram novos tempos. O Brasil largou as mãos da amante impunidade e por fim se cumpria o texto constitucional: todo poder emana do povo.
Brilhou no céu da Pátria o raio vívido.
Entretanto, na madrugada, quando todos dormem, a “gente” aparentemente caída, se recompõe. Já na luz do dia toma a frente com ousadia, como quem não teme nada, nem ninguém, de braçada revela que o império nunca ruiu, inverte o jogo, o herói Sérgio Moro é quebrado ao meio e a operação Lava Jato sucumbe ante ao verdadeiro poder.
A ideia recém surgida na mente brasileira sobre heroísmo e justiça, sobre esperança renascida; pois é, cabisbaixo, enxergam a justiça boca a boca com a antiga paixão. Foi curto! Curto prazo longe desse beijo.
Preocupados, os brasileiros, voltaram às ruas mais uma vez. Digo: seguidas vezes. Mas, não resultou como a primeira. Inclusive, irão novamente agora dia 1º de Maio. Porém, não tem trazido resultado. Não há sequer demonstração de temor.
Até porque, o poder que protestam não precisa de voto. O ministro do STF nesse instante é o cargo político com maior privilégio.
Ingressa sem voto e só sai com aposentadoria. Esse é o verdadeiro poder.
Tal poder, fez ajoelhar ante a si a casa do povo, Câmara dos Deputados e o Centro da política, o Senado.
O poder do STF engoliu os outros poderes e revelou que nunca houve autonomia.
Ante o olhar Verde/Amarelo, o poder, libertou seu padrinho-mor. Sim, sete dos onze, deviam a ele esse favor. Em aparente gratidão, o honraram grandemente agraciando Lula com maior dádiva a ponto de removerem as condenações.
Fato, removeram mesmo, pois esses processos prescreverão.
O olhar Verde/Amarelo contemplou Sérgio desmoralizado, a Lava Jato amortecida, os direitos políticos do criminoso comprovado por instâncias sobre instâncias, renovado e com chances de indenização pelos 580 dias que passou na prisão. O STF transformou o bandido no mocinho.
As cenas do próximo capítulo prometem punir quem antes era herói. Sim, Sérgio Moro ainda pode sofrer dissabores inacreditáveis. O STF transformou o mocinho no bandido.
O juiz de carreira perdeu para os juízes empossados pelo réu.
E o cidadão brasileiro, como está se sentindo?
Sentindo que o crime compensa.
O povo heroico de brado retumbante está com medo de perder o sol da liberdade, querendo saber como se defender.
O comunismo derrubado em 1964 achou guarida e, parafraseando Ives Gandra, o STF é o advogado.
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