Jornal da Cidade
Com 537 óbitos na segunda “onda” da Covid-19, a Argentina bateu recorde, na quinta-feira (22), por mortes em virtude do coronavírus. De acordo com dados oficiais, desde o surto da segunda onda, no início do mês de abril, o país já registrou um total de 4.679 óbitos por Covid-19, uma média diária de mais de 200 mortos, com picos que vão de 383, no dia 15 e 368 no dia 14.
Na quinta, dia em que o número foi recorde, Buenos Aires teve 327 mortes, seguida da capital, tida como jurisdição à parte, com 58, e da província de Santa Fé, com 37. Curiosamente, essas regiões, aliás, sempre foram as que mais registraram o maior número de óbitos desde o início da pandemia.
Buenos Aires teve 30.625 mortes, mais da metade de todo o país, à frente da cidade homônima, com 10.209, e de Santa Fé, com 4.375. O presidente da Argentina, Alberto Fernández, admitiu ser um momento muito difícil e pediu para os argentinos continuarem cuidando de si mesmos.
“Passo o dia todo procurando laboratórios, chefes de Estado para me darem vacinas, vendo como os contágios crescem a cada dia, vendo quantas vidas este maldito vírus leva a cada dia… Mas este é o tempo que coube a nós, um tempo muito difícil”, lamentou.
O secretário de Saúde de Buenos Aires, Fernán Quirós, afirmou neste sábado (24), que o aumento das mortes em pessoas com mais de 60 anos é muito significativo. Porém, segundo ele, nos últimos oito meses, a cidade conseguiu reduzir a taxa em quase 30% em todas as faixas etárias.
“Isso porque há muitas pessoas vacinadas e protegidas e, portanto, adoecem menos seriamente. Cuidamos muito dos idosos, porque a medicina está avançando e porque o sistema de saúde está cada vez mais preparado para fornecer cuidados mais adequados”, explicou Quirós, acrescentando que centros de saúde privados e previdência social estão suspendendo os atendimentos e intervenções médicas por 30 dias.
Apesar disso, o secretário defendeu que o número de infecções na capital está estabilizado, com uma média diária de 3.103 casos.
“O que pode ser visto muito claramente é que nos últimos sete a dez dias a curva parou de crescer, está praticamente estabilizada”, alegou, mas manteve as aulas suspensas na Região Metropolitana de Buenos Aires.
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