MIRANDA SÁ
“O conquistador dá leis aos povos obedientes” (Virgílio)
A História com “H” maiúsculo, desmente tudo aquilo que a desvirtuada educação colonial vem ensinando às crianças brasileiras. Nada mais é tão detestável como encucar nas cabeças infantis que o Brasil foi “descoberto” e não “conquistado”.
Descoberta por descoberta, o nosso território foi conhecido nas eras anteriores ao calendário gregoriano, imposto ao Ocidente pelo papa Gregório XIII. Assim como a América do Norte teve a presença dos vikings antes de Colombo, estudos escondidos mostram que estiveram povos navegadores no litoral brasileiro, entre eles os fenícios cartagineses.
A paleografia registra símbolos e inscrições com letras fenícias e demóticas egípcias gravadas em vários pontos do País, sendo que alguns petroglifos datam de séculos antes do almirante Pedro Álvares Cabral aqui aportar. Há registros documentados nos Cariris Velhos paraibanos e na Pedra da Gávea, no Rio de Janeiro.
Este material, com desenhos e fotos com dizeres decifrados, está em exibição na Brandeis University, de Boston (EUA), colhido pelo professor Cyrus Gordon.
Também foram encontradas inscrições rupestres em fenício pela coluna do marechal Rondon que percorreu o Mato Grosso levando consigo os arqueólogos R. O. Marsh (americano), A. Frot, (francês), e o brasileiro Bernardo da Silva Ramos. Meu avô, Henrique Miranda Sá, participou desta marcha.
A presença antiga não basta para desmentir a “descoberta”. Muito antes dos portugueses, os bretões e os normandos já negociava o pau brasil com os índios, levando-o para a Europa, concorrendo com a púrpura oriental.
Além disto, está mais do que provada a presença espanhola anterior à portuguesa, nas viagens de Vicente Yañez Pinzôn e Diego de Lepe, ignoradas pela historiografia oficial, segundo Eduardo Bueno, no seu livro “Náufragos, Traficantes e Degredados”.
No trabalho de Bueno, a presença de Pinzôn foi bem documentada e “cronistas do século 16 se referem a ela com detalhes. O próprio Capitão Espanhol descreveu seu desembarque no Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco.
Deixemos de lado as referências arqueológicas e históricas, e vamos nos prender à sugestão de uma polêmica entre a “descoberta” e a “conquista”, mostrando que nossa base geográfica já era habitada desde a pré-história.
Estudiosos da História do Brasil pré-cabralina sugerem inclusive que há vestígios de civilizações antigas, mais evoluídas do que nossos índios no estágio da Idade da Pedra, encontrando nos desenhos geométricos da cerâmica marajoara traços de grafias egípcias.
No interior de Pernambuco situa-se as ruínas de um monumento, conhecido como Santuário da Lapa, citado pelo historiador Cândido Costa no livro “As Duas Américas”, que precisa de uma pesquisa mais aprofundada para esclarecer se são restos de um antigo templo de civilização pré-histórica.
Oficializou-se, porém, a conquista portuguesa, abençoada pelo Vaticano, do território que os Guaranis e ando-peruanos davam nome de Pindorama – Terra das palmeiras. O território ocupado por Portugal recebeu os nomes de Ilha de Santa Cruz, Terra de Santa Cruz e finalmente Brasil, em homenagem ao pau brasil, cuja tinta enriqueceu Portugal nos primeiros anos da conquista.
A verdade é que fomos conquistados por aventureiros, principalmente europeus esfomeados pelas nossas riquezas, do Pau Brasil aos metais preciosos, ouro, prata e cobre. Ainda ocorre até hoje com as ONGs que atuam na Amazônia declarando amor ao meio ambiente, a flora e a fauna, quando na realidade visam apenas o subsolo…
EXTRAÍDADEBLOGDOMIRANDA
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