#vamosmudarbrasilia
Aileda de Mattos Oliveira
A primeira Constituição da República, de 1891, não permitia o voto
do analfabeto. Vedada a sua participação no sufrágio para a escolha dos
dirigentes da Nação, impossível, então, candidatar-se a algum cargo eletivo.
A Primeira República engatinhava, mas compunha-se de políticos
cultos e não entreguistas. Homens que lutavam por causas, e não por coisas.
Ao contrário, a atual República abriga, no seio maternal, o mais
apátrida e corruptor grupo de malfeitores e depredadores da Nação. “Anões
políticos”, como são conhecidos internacionalmente.
Tiremos o chapéu aos romanos, pela precisão das palavras e de seus
correspondentes significados, reflexos delas. Companheiro (‘o que come
do mesmo pão’) indicava solidariedade entre amigos. Não é que o PT a elegeu
para designar os seus rapaces membros?
Nem essa palavra escapou à habitual ação de subtrair do líder da
raposada. A voz engrolada do “nosso guia”, como o bajula Celso Amorim, arrancou
dela algumas letras e, mutilada, tornou-se “cumpaero”. Divisão do pão
individual? Nem pensar! De imediato, socializou o negócio pela multiplicação do
pão federal. Daí, a enxurrada de novos ricaços no país.
Culpa da dúbia letra da Constituição de 1988, batizada por Ulysses
Guimarães, de “Cidadã”. No Capítulo IV, Artigo 14, § 1.º, Inciso II, Alínea a),
diz que é “facultativo” o voto dos analfabetos, certamente, não como um
democrático direito equitativo, mas como uma porta aberta às manobras políticas
futuras.
Enredado pela orgia de promessas, o iletrado acaba cumprindo o seu
dever facultativo de cidadão e, coagido pelas artimanhas dos candidatos,
entrega-lhe o voto em troca de alguns mimos e de um abraço debochado, mas
vitorioso.
No mesmo Capítulo, no § 4.º, determina que “São inelegíveis os
inalistáveis e os analfabetos”. Se a Constituição valesse, Lula teria sido um
presidente inconstitucional, a menos que se considere dentro das exigências
aquele que assina o próprio nome.
Assim, iguais a seus potenciais eleitores, os sem luzes
candidatos, porém, nutridas raposas, são eleitos e reeleitos à custa de
absurdas falácias e do desrespeito à letra da lei, chamada Carta Magna.
Essa é a razão da existência de um ex-presidente Lula, o ‘Colete
de Aço’, blindagem que o protege das leves ‘plumas’ da lei e que afirmou, com
ar de deus fanfarrão, se fosse nascido em 1500, teria descoberto o Brasil. Será
isto coisa de alfabetizado? A soberba desse indivíduo merece um analítico
estudo de um psiquiatra.
Pode estar certo, Lula, de que você esteve por essas bandas,
naquela época, e que é visível em “meos cumpaero”, que até podemos admitir seja
uma forma arcaica da língua, sua herança daqueles tempos, embora nos idos do
arcaísmo, já existisse concordância.
É claro que não desceu das caravelas levantando a bandeira da
Ordem de Cristo, nem a do reino português, nem como auxiliar do escrivão da
frota. Esta última hipótese, descartada, por absoluta incompetência, já que a
Carta, do culto Caminha, é um belo registro de tomada de posse.
Você foi, sim, um daqueles enviados pela justiça lusitana como
degredado que, para não perder a cabeça nas ultramarinas terras, preferiu a
opção que a Coroa lhe ofereceu: prevaricar no desconhecido Pindorama.
Daí o legado malévolo da corrupção desenfreada que lhe turva a
alma e domina esta terra. Só pode ser esta a explicação para a endêmica doença
moral que você e “seos cumpaero” semearam no País.
(Dr.ª em Língua Portuguesa e membro da Academia Brasileira de
Defesa)
0 comments:
Postar um comentário