Alex Pipkin
Parece-me fundamental colocar luzes sobre as mentiras e as falácias “progressistas”. Elas são muitas e variadas, porém, em especial, aquela relacionada à “justiça social” e à consequente redução da pobreza. Boa parte da mídia, notoriamente “progressista”, adora e vive de narrativas e de sensacionalismos baseados no puro lado negro das emoções.
Por sua vez, as pessoas adoram compartilhar notícias sensacionalistas, uma vez que isso as faz parecerem inteligentes e benevolentes. Em primeiro lugar, seria necessário pontuar de que pobreza está se tratando. “Eles” desconhecem. Há uma enorme diferença entre pobreza absoluta e pobreza relativa.
Baseado nos fatos, na vida vivida, é sintomático que houve uma diminuição da pobreza absoluta. Basta olhar ao redor. Similarmente, sempre existirão indivíduos relativamente mais pobres do que outros. Não há nada mais natural, visto que as pessoas são diferentes, possuindo recursos, conhecimentos, habilidades e atitudes distintas. O fato de existirem pessoas mais ricas do que outras não significa que esses “outros” estejam morrendo de fome, como querem fazer parecer.
O padrão de consumo dos “modernos pobres” também é bastante revelador. Possuem celulares, carros populares, televisões “inteligentes”, ares-condicionados, tênis e roupas de marcas conhecidas, entre outros artefatos “burgueses”. O padrão de consumo dos pobres é um indicador objetivo do nível de vida desses indivíduos.
Todo o costumeiro alarde, claramente, tem endereço certeiro: o aprofundamento do coletivismo e o aumento do poder e das garras do Leviatã sobre as vidas privadas e econômicas dos indivíduos. O conjunto de narrativas e retóricas objetiva aumentar o já mastodôntico Estado, fazendo com que eleve seus gastos com programas assistencialistas – boa parte contraproducente.
Pior do que isso: o Estado grande ceifa as liberdades das pessoas e corrói a responsabilidade individual, transformando os indivíduos numa legião de escravos dependentes do “pai dos pobres”. O governo “progressista” esteve no Planalto por mais de 15 anos aplicando o receituário do fracasso, ou seja, instigando e incrementando a dependência estatal. A pergunta que não quer calar: por que, então, não ocorreu a eliminação/redução da pobreza? A resposta é clara. O aumento da dependência não se traduz, genuinamente, em redução da pobreza e no aumento do bem-estar populacional. O que ele causa, efetivamente, é a morte do estímulo ao esforço, à responsabilidade e ao desenvolvimento individual dos cidadãos. Mas os fatos e os dados são desimportantes nesta era da hipocrisia e da mentira vermelha.
“Progressistas de araque” insistem com suas narrativas e seus discursos falaciosos a fim de aumentar o tamanho e a sanha estatal, em especial a tributária, a pretexto de diminuir os níveis da propalada pobreza. A ressalva que precisa ser feita, é claro, é a de que a (des)elite estatal enriqueceu às custas de todos, especialmente, dos descamisados. Eles só pensam em seus próprios umbigos e em seus interesses particulares.
É evidente que a turma de populistas “progressistas” está sempre de plantão para “jogar para a torcida rubra”. Nessa direção, uma das grandes falácias diz respeito ao aumento do salário mínimo. Verdadeiramente, o salário mínimo afasta grande parte dos jovens que desejam ingressar no mercado de trabalho – por vezes, a fim de aprender e adquirir habilidades profissionais -, além de outros trabalhadores comuns. Somente “protege” aqueles que já estão empregados – muitas vezes, defasados. Atua como desestímulo para que o empresariado contrate, operando como um incentivo à redução de pessoas e/ou à busca da automação de processos.
A ideologia do fracasso, com suas mentiras e falácias, é o caminho seguro para a pobreza e a servidão. Cristalino como a água, o segredo – que não é segredo, é comprovado – para a redução da pobreza é, indubitavelmente, o crescimento econômico! Justamente aquilo que às politicas anti-crescimento “progressistas” impedem de ser alcançado. Somente por meio da liderança da economia pelo setor privado, com a presença das liberdades individuais e econômicas, num contexto de efetivo Estado de Direito, com a limitação da ação devastadora das garras do Leviatã, é que floresce um empreendedorismo pujante, possibilitado pela criação de um ambiente de negócios favorável e estimulador.
O mantra “progressista” da pobreza extrema faz parte de uma narrativa ideológica falaciosa; mas não adianta. Como afirmou, certeiramente, o escritor russo Alexander Soljenítsin, “para fazer o mal, um ser humano deve, antes de mais nada, acreditar que o que ele está fazendo é bom… Ideologia, é isso que dá a justificativa moral há muito buscada e dá ao malfeitor a firmeza e determinação necessárias”. Infelizmente, a ideologia do fracasso persiste em cegar jovens, adultos, velhos, homens, mulheres, brancos, negros, héteros, gays…
PUBLICADAEMhttps://www.institutoliberal.org.br/blog/economia/e-a-pobreza-malandro/
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