Jornalista Andrade Junior

domingo, 28 de abril de 2024

A insegurança dos judeus no Brasil

  Alex Pipkin 


Que país é esse? Vergonhoso e nojento; desculpem-me as ácidas palavras. Uma nação decadente dominada por uma ideologia do fracasso que se infiltrou – e ganhou fragorosamente a guerra cultural – em todas as instituições, em especial na mídia, nas universidades e no poder judiciário, suposto defensor dos direitos individuais.

O Judiciário, que deveria resguardar a Constituição, assegurando e protegendo as liberdades individuais, transformou-se no poder ditatorial que censura e prende vozes divergentes à sua “democracia tailored made”.
Em nome da defesa da democracia, a única coisa que não se faz é preservar os direitos democráticos do livre pensamento e expressão.

Há um flagrante, grotesco e desumano desrespeito à lei que assegura os genuínos direitos humanos. Até cego enxerga. Por conta dos ditadores de plantão, prendem-se e se condenam a dezenas de anos velhinhas do WhatsApp, taxadas como terroristas. Similarmente, prendem-se pessoas pobres, que, por um desejo particular, foram protestar pacificamente contra os absurdos e as inconsistências verde-amarelas, mas que, por um acidente de percurso, encontravam-se na “cena do crime”.

São todos rotulados como homens e mulheres perigosos para a manutenção do Estado “cleptocrático” tupiniquim. De fato, este país é a nação da piada pronta, evidente, se a situação não fosse extremamente grave.
Para essa trupe de coletivistas ditadores, o Estado de Direito está ameaçado.

Na verdade, eu e todo o povo judeu deste país somos quem nos sentimos ameaçados por esse desgoverno que se alia e apoia terroristas. Nossa (in)Justiça classifica como terroristas indivíduos comuns, que não têm direito ao devido processo legal, enquanto dá de ombros para adolescentes, jovens e velhos apologistas do extermínio do Estado de Israel e, por consequência, do povo judeu.

Não, não há liberdade de expressão quando alunos e professores marxistas proclamam o extermínio de um povo, utilizando-se, além das palavras, da violência contra homens e mulheres judias. Dentro da doutrinação coletivista universitária, estudantes são instigados a pensar que todo homem branco é um opressor que se beneficia de um “sistema racista”.

Eles não sabem de quase nada, embora pensem que entendem de tudo. Desconhecem judeus negros; para eles, judeus são uma minoria que deve ser excluída, pois conspira e explora a maioria. Esses incautos foram radicalizados por marxistas de carteirinha e, do alto de suas mentes ocas, desejam reparar toda e qualquer coisa que lhes ensinaram como sendo uma “injustiça social”.

Eu defendo o direito de palestinos a terem um Estado e respeito manifestações pró-Palestina. Isso representa liberdade de expressão. O grande imbróglio é que, nas manifestações que vi com os meus próprios olhos, há vários jovens doutrinados, apoiando terroristas do Hamas e sectários religiosos iranianos.

Pobres mentes da manada! Eles foram iludidos e acreditam que terroristas sanguinários do Hamas são apenas “a resistência”. A pergunta que se impõe é o que a Justiça brasileira está de fato fazendo para proteger os judeus brasileiros da violência factual de genuínos terroristas, que desejam o fim de Israel e dos judeus?

Penso que nada. A apologia ao extermínio de Israel e dos judeus anda livre, leve e solta. Basta mirar os cartazes de “ativistas” nessas manifestações de apoio ao Hamas, disfarçadas de suporte aos palestinos. Por aqui, isso não é tratado como declarada e grave ameaça, inclusive, com o emprego de violência contra os judeus. É, pois é, são os direitos (des)humanos verde-amarelos.

Neste contexto surreal, claro que eu não me sinto seguro como antigamente. O antissemitismo saiu do armário e o consequente ódio aos judeus é abissal. Todos aqueles de quaisquer religiões devem ser livres para expressarem suas visões de mundo, suas crenças e rituais, discordemos ou não destas.

Porém, para o meu povo judeu, não há mais lei. Violência não se alinha com liberdade de expressão. Nossa situação é mesmo perigosa, para dizer o mínimo. Não há lei que nos proteja e, aliás, o mau exemplo – tenebroso – vem de cima. O desgoverno que aí está tem um lado e é aquele que apoia terroristas.










PUBLICADAEMhttps://www.institutoliberal.org.br/blog/politica/a-inseguranca-dos-judeus-no-brasil/

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